terça-feira, agosto 31, 2010

Alta noite já se ia...

Para quem gosta tanto de dormir como eu, a insônia é um castigo. De todas as coisas que consomem a minha beleza, nada é como ela. O que poderia ser pior do que perder noites e mais noites pensando no que não tem solução? No que você não terá coragem de dizer ou fazer? Naquelas que mesmo se tivéssemos coragem, não poderíamos fazer? Idealizando situações e futuros próximos... Revisar passados quase que presentes - Revisar passado, para mim, é um martírio.

Sem contar que normalmente, junto com o precioso sono perdido, perde-se também a concentração - o que me obriga literalmente a matar o tempo, preocupada tão somente em não dormir, sem pensar em nada que possa ser realmente útil.

Outra coisa que escorre pelo ralo é o senso crítico: só Deus sabe o quanto pode ser ridículo aquele monólogo noturno. Fora o estresse com os barulhos que insistem em aparecer na calada da madrugada quando estamos sem sono e sozinhos.

Mesmo assim, considero que tenho uma vizinhança muito solidária às minhas noites insones... Sempre tenho com o que me distrair:

Os da direita costumam sair sem levar as chaves. Retornam tarde da noite e ficam esmurrando a porta como se morassem isolados no mundo. Chamam baixinho, jogam pedrinhas na janela, escalam o muro para entrarem pelo terraço e constatam que a porta de lá sempre está trancada... Com eles, isso sempre é assim... Quem ficou em casa, provavelmente hiberna - incrível. Isso acontece religiosamente, há meses, há anos, pelo menos uma vez por semana. Agora, numa boa... Por quê não levam as chaves? Será que não fizeram cópias?

Os de esquerda, costumam ser mais quietos, mas o movimento de entra e sai é grande, e claro, incomoda... Tiram meu sono desde bem jovens... Sempre gostaram de diversões ilícitas e eu, claro, tenho medo que aconteça alguma coisa realmente grave tão próximo. Na verdade já aconteceu algo grave, mas nem cabe escrever aqui.

Além de gatos que namoram no telhado e de cachorros que resolvem se comunicar no silêncio da madrugada, daquele galo com relógio biológico desregulado e da moto do segurança do condomínio que tem uma busina ridícula. Também têm os shows com entrada franca: volta e meia rola um bate boca. Marido x esposa, pai x filho, mãe x filha, irmão x irmã, namorado x namorada...

Se gosto deles? Claro que sim, ou nem escreveria sobre isso... Vizinho é o parente que mora mais perto, e sim, eles sempre nos socorrem quando estamos precisadas.

4 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Labelle! Também sofro com insônia. Certa vez numa terapia, fui indicada prá assistir TV quando estivesse assim, resultado: amanheceu o dia! kkkk

Sobre os meus vizinhos, alguns tenho contato mais próximo e outros nem conheço. De noite, digo altas horas da noite, tem uma criatura que mora no ap de cima que simplesmente deve ter uma bola de gude, acredita? ela fica rolando na casa... a sorte é que tira minha concentração, mas, ainda não a paciência kkkkk

bjs

Beth Blue disse...

Menina, vou te contar um segredo: se você gosta tanto de dormir (e eu também adoro), não tenha filhos!!! Passei o primeiro ano do meu filho insone...sem brincadeira. Claro que vale a pena mas a gente fica igual um zumbi.

Sério, rsrsrsrs. Hoje em dia até dá pra rir.

Anônimo disse...

somos muito parecidas. tbem fico remoendo coisas e situações na cama. pessimo ne?? meus vizinhos são ok, mas tenho intolerancia total com gente que resolve ficar conversando de madrugada na praça em frente meu apto, voz de gente me irrita e atrapalha o sono.( felizmente isso é raro acontecer, normalmente são adolescentes que fazem isso).... bjs

tania disse...

Insônia é horrível. Ficar rolando na cama de um lado pra outro quando se está cansado e nada do sono vir, é péssimo. Não acontece muito comigo porque tenho horários tão irregulares que nem saberia bem se estou com insônia ou não. Mas, simplesmente não permaneço deitada se não estiver caindo de sono mesmo. Ligo a tv, leio um livro, vou pro computador, qualquer coisa. Menos ficar de luz apagada tentando dormir. Acho muito ruim. Ficar remoendo coisas no travesseiro, nem pensar...