Ao mesmo tempo, não sei nem por onde começar. Prefiro ficar quieta nesses momentos de tanta inquietude.
As palavras têm me assustado. As coisas que tem acontecido também têm me assustado. Nossas bocas sempre falam do que está cheio nossos corações, né? Nossas mãos também só escrevem o que está explodindo aqui dentro do peito...
É. É isso mesmo! Que seja assim, então. A semana está apenas começando!
segunda-feira, abril 30, 2007
domingo, abril 29, 2007
Bom isso ou Bom aquilo...
Bom dia, boa tarde ou boa noite!
Bom dia. O sol resolveu não aparecer e acordei mesmo assim. Ainda tem estrelas no céu e já estou de olhos abertos. Bem abertos - mesmo que isso não signifique ver muitas coisas diante da penumbra que se faz.
Boa tarde. A preguiça resolveu não chegar como normalmente. O almoço não tinha nem se acomodado no meu estômago e eu já estava correndo de um lado para o outro. Correndo muito, mesmo que isso não signifique chegar a algum lugar.
Boa noite. O sono resolveu que não era hora de dormir. Os lençóis da cama nem tinham sido amarrotados ainda, e eu já sentia que a noite seria muito longa. Longa demais, mesmo que eu estivesse sempre sonhando acordada.
Porque para ver alguma coisa e correr por alguma coisa, é preciso estar acordada. Só que no meu caso, para sonhar, não preciso estar dormindo.
Pelo menos não caio da cama. Bastam os meus tombos diários e o apelido que ganhei por causa desse meu "desequilíbrio"!
Bom dia. O sol resolveu não aparecer e acordei mesmo assim. Ainda tem estrelas no céu e já estou de olhos abertos. Bem abertos - mesmo que isso não signifique ver muitas coisas diante da penumbra que se faz.
Boa tarde. A preguiça resolveu não chegar como normalmente. O almoço não tinha nem se acomodado no meu estômago e eu já estava correndo de um lado para o outro. Correndo muito, mesmo que isso não signifique chegar a algum lugar.
Boa noite. O sono resolveu que não era hora de dormir. Os lençóis da cama nem tinham sido amarrotados ainda, e eu já sentia que a noite seria muito longa. Longa demais, mesmo que eu estivesse sempre sonhando acordada.
Porque para ver alguma coisa e correr por alguma coisa, é preciso estar acordada. Só que no meu caso, para sonhar, não preciso estar dormindo.
Pelo menos não caio da cama. Bastam os meus tombos diários e o apelido que ganhei por causa desse meu "desequilíbrio"!
sábado, abril 28, 2007
Show!
Valeu toda a correria para chegarmos na hora do espetáculo! Valeu pelo sorriso das pessoas que eu amo e que estavam comigo naquele momento! Valeu porque tudo deu certo e ainda fechamos a noite com chave de ouro numa cantina italiana p-e-r-f-e-i-t-a!!!
Algumas poucas coisas me tiraram do sério, mas talvez se isso tivesse acontecido há alguns anos, eu teria dado um tabefe na cara das mocréias... Hoje em dia, prefiro ficar apenas encarando com a minha sobrancelha direita lá no alto e o meu olhar mais arrogante e superior que eu poderia arrumar naquela hora. Foi a melhor coisa que eu fiz... Ficaram pequenininhas e se recolheram à insignificância delas imediatamente. Poupem-me!
Algumas poucas coisas me tiraram do sério, mas talvez se isso tivesse acontecido há alguns anos, eu teria dado um tabefe na cara das mocréias... Hoje em dia, prefiro ficar apenas encarando com a minha sobrancelha direita lá no alto e o meu olhar mais arrogante e superior que eu poderia arrumar naquela hora. Foi a melhor coisa que eu fiz... Ficaram pequenininhas e se recolheram à insignificância delas imediatamente. Poupem-me!
sexta-feira, abril 27, 2007
A caminho de SP!
O dia foi perfeito!
Paramos para almoçar em Penedo e tiramos muitas fotos ( para dar uma variada)... Pegamos um trânsito infernal na Marginal Tietê, até chegarmos no hotel para nos arrumarmos pro teatro... No final das contas, tudo deu certo. Que correria maravilhosa!
Só o clima nos pegou de surpresa...
** Frio demais aqui na terra da garoa **
Tive que providenciar uma meia calça fio 80 e um bolerinho de última hora - ainda bem que as lojas de rua ainda estavam abertas quando chegamos!
Paramos para almoçar em Penedo e tiramos muitas fotos ( para dar uma variada)... Pegamos um trânsito infernal na Marginal Tietê, até chegarmos no hotel para nos arrumarmos pro teatro... No final das contas, tudo deu certo. Que correria maravilhosa!
Só o clima nos pegou de surpresa...
** Frio demais aqui na terra da garoa **
Tive que providenciar uma meia calça fio 80 e um bolerinho de última hora - ainda bem que as lojas de rua ainda estavam abertas quando chegamos!
quinta-feira, abril 26, 2007
Felicidade Sim !!
Sou feliz.
Porque o sol brilha todos os dias, mesmo atrás das nuvens. Porque a lua chama a atenção mesmo quando não está completamente cheia. Porque o céu cinzento avisa que vem chuva, e um banho de chuva sempre faz um bem danado!
Porque sempre olho as estrelas brilhando no céu, mesmo que não consiga enxergar todas as que eu gostaria. Porque eu adoro sorvete de creme com cobertura de chocolate, e sempre tem, em qualquer lugar.
Porque eu adoro sorrir, e meu sorriso tem cor, mesmo que às vezes seja amarelo. Porque eu sinto no ar o cheiro de algodão doce e me remeto à minha infância nos parques de diversão... Sinto o mesmo cheiro quando eu acordo e consigo me lembrar dos sonhos bons que tive naquela noite.
Porque eu vou e venho quantas vezes quiser, para onde eu quiser, e sentir o vento no rosto é bom, bom demais. Porque é sempre simples assim. E quem complica é você.
E eu? Só posso dizer e afirmar que sou muito feliz. E estou bem, obrigada!
Porque o sol brilha todos os dias, mesmo atrás das nuvens. Porque a lua chama a atenção mesmo quando não está completamente cheia. Porque o céu cinzento avisa que vem chuva, e um banho de chuva sempre faz um bem danado!
Porque sempre olho as estrelas brilhando no céu, mesmo que não consiga enxergar todas as que eu gostaria. Porque eu adoro sorvete de creme com cobertura de chocolate, e sempre tem, em qualquer lugar.
Porque eu adoro sorrir, e meu sorriso tem cor, mesmo que às vezes seja amarelo. Porque eu sinto no ar o cheiro de algodão doce e me remeto à minha infância nos parques de diversão... Sinto o mesmo cheiro quando eu acordo e consigo me lembrar dos sonhos bons que tive naquela noite.
Porque eu vou e venho quantas vezes quiser, para onde eu quiser, e sentir o vento no rosto é bom, bom demais. Porque é sempre simples assim. E quem complica é você.
E eu? Só posso dizer e afirmar que sou muito feliz. E estou bem, obrigada!
quarta-feira, abril 25, 2007
Escolhas...
Algumas coisas a gente não escolhe...
Simplesmente nos sujeitamos às escolhas dos outros.
Isso para mim, sem dúvida alguma, é muito mais difícil do que ter a decisão nas minhas mãos.
Simplesmente nos sujeitamos às escolhas dos outros.
Isso para mim, sem dúvida alguma, é muito mais difícil do que ter a decisão nas minhas mãos.
Ah... O Mar!
Uma noite dessas, ela se sentou na beirada do mar e começou a desenhar... Nem pensou na violência que persiste na cidade em que mora, nem no perigo de ficar ali sozinha, desenhando na areia da praia.
Desenhou bolinhas, flores, bichinhos, tudo o que ela sabia... Escreveu seu nome e algumas frases que ela mais gostava... Ficou olhando as ondas batendo nos desenhos, a maré subir e o mar apagar tudo...
Grudou a mão na areia e deixou sua marca... depois a marca do seu pé. Catou conchas, sentou na areia molhada e olhou o horizonte. Sentiu a velha e boa nostalgia em doses homeopáticas que ela sempre sentiu quando olhava para o mar. Olhou para o céu, procurou a lua, pensou no apelido que lhe foi dado, que combinava com o mar e a lua, coincidentemente.
Depois, muito tempo depois, no quarto de algum lugar ela entendeu que seria sempre uma criança grande... Já tinham lhe avisado isso milhões de vezes. Ela relutava, apesar de aceitar que era a mais pura verdade.
E tinha medo de um dia envelhecer. Mas naquele momento, naquele quarto, lembrando de procurar a lua no céu, ela percebeu que jamais irá crescer.
Desenhou bolinhas, flores, bichinhos, tudo o que ela sabia... Escreveu seu nome e algumas frases que ela mais gostava... Ficou olhando as ondas batendo nos desenhos, a maré subir e o mar apagar tudo...
Grudou a mão na areia e deixou sua marca... depois a marca do seu pé. Catou conchas, sentou na areia molhada e olhou o horizonte. Sentiu a velha e boa nostalgia em doses homeopáticas que ela sempre sentiu quando olhava para o mar. Olhou para o céu, procurou a lua, pensou no apelido que lhe foi dado, que combinava com o mar e a lua, coincidentemente.
Depois, muito tempo depois, no quarto de algum lugar ela entendeu que seria sempre uma criança grande... Já tinham lhe avisado isso milhões de vezes. Ela relutava, apesar de aceitar que era a mais pura verdade.
E tinha medo de um dia envelhecer. Mas naquele momento, naquele quarto, lembrando de procurar a lua no céu, ela percebeu que jamais irá crescer.
terça-feira, abril 24, 2007
Mentiras Sinceras te Interessam?
Sabe... Não é difícil lidar comigo. Sou uma pessoa transparente, expresso o que eu sinto sem receio, não levo o menor jeito para ser atriz (apesar de ser fascinada pela criação de personagens, jamais consegui interpretá-las) e também não costumo sequer me mascarar - isso porque prezo demais relacionamentos duradouros, principalmente porque eles englobam amizade e confiança, e uma máscara não pode ser usada por muito tempo, isso é fato.
Só que há algo que torna a convivência comigo extremamente complicada (quase sempre impossível e impraticável) - a mentira. Meus pais sempre me disseram que quem mente tem três trabalhos: o de mentir, o de tentar sustentar a mentira e, depois, o de ter que contar a verdade. É exatamente assim.
Sou uma pessoa fácil de lidar ( de certa forma) porque eu me mostro e as pessoas logo descobrem se gostam de mim ou não. Isso é fato. E não existe meio-termo nesse caso, já que eu prefiro que não me suportem ao invés de deixá-las com a dúvida. Uma mentira, por menor que seja, pode quebrar todo o encantamento. Dizem por aí que os fins justificam os meios, mas isso definitivamente não cabe no meu modo de pensar. As mentiras sinceras não me interessam nem nunca interessaram. Talvez por isso me decepcionei com algumas pessoas que eu considerava.
Mas o que realmente me tira do sério é alguém subestimar a minha inteligência. Eu hein!
Eu descubro a mentira... A pessoa além de não assumir ainda faz questão de aumentá-la... Para completar, acha que conseguiu me fazer acreditar. Como eu reajo? Nossa, isso é relativo, porque depende da importância que o mentiroso ( em questão) tem para mim.
Nesse exato momento por exemplo, ainda tenho esperança de que a pessoa se dê conta, que uso muito mais do meu sarcasmo, do que da minha ignorância. E não, não sou boba, apesar de às vezes parecer. Porém, como meu humor não é lá muito estável, seria bom que essa pessoa me dissesse a verdade enquanto é tempo. Simples assim.
segunda-feira, abril 23, 2007
Aprendizado!
Tem pessoas que por mais que disfarcem, não conseguem esconder o tamanho da inveja e da vontade de te diminuir a todo custo. Independente do que for necessário, insistem, até que conseguem te dar uma desestabilizada... Por menor que seja, saem mais felizes e mais realizadas. Ninguém merece!
Perdi a paciência - que nunca tive, mas tento ter - e não consegui segurar a onda. Discuti, e discuti mesmo. Pena que não posso desaparecer assim porque a criatura é da família, mas vou dar uma sumida providencial para não falar mais umas verdades.
Tenho que aprender a só compartilhar meu entusiasmo e toda a alegria que eu sinto nas pequenas coisas, com quem merece e vai me deixar ainda mais animada. Caso contrário, desanimo só em ver como minhas palavras foram tratadas com descaso e ironia. É o que acontece comigo quando insisto em dividir as coisas com a M.
Há casos e casos, claro... Não posso e nem quero generalizar, mas sem dúvida, esse é um deles.
Perdi a paciência - que nunca tive, mas tento ter - e não consegui segurar a onda. Discuti, e discuti mesmo. Pena que não posso desaparecer assim porque a criatura é da família, mas vou dar uma sumida providencial para não falar mais umas verdades.
Tenho que aprender a só compartilhar meu entusiasmo e toda a alegria que eu sinto nas pequenas coisas, com quem merece e vai me deixar ainda mais animada. Caso contrário, desanimo só em ver como minhas palavras foram tratadas com descaso e ironia. É o que acontece comigo quando insisto em dividir as coisas com a M.
Há casos e casos, claro... Não posso e nem quero generalizar, mas sem dúvida, esse é um deles.
domingo, abril 22, 2007
sexta-feira, abril 20, 2007
Conformismo para Conformados.
Cansei de ouvir por aí, diante das situações em que as pessoas não obtinham o resultado esperado, a expressão: "Não deu certo porque tinha que ser assim".
Engraçado, mas ninguém consegue responder quando a frase é rebatida com uma pergunta básica: "Mas por quê, que tinha de ser assim?"
Claro que não tem resposta... E não tem resposta porque esta frase nada mais é do que uma visão conformista e até covarde de encarar a realidade, de se enfrentar as dificuldades e tudo o que deu errado em nossas vidas.
"Tinha que ser assim... Não era mesmo para eu ter conseguido aquele emprego". Esta é a forma mais fácil de não admitir que você não se esforçou o suficiente. Ou ainda, uma maneira de disfarçar a própria decepção de não ter conseguido o que queria.
"O namoro acabou porque tinha mesmo que ser assim"... O amor quando acaba é sempre um cenário propício para inúmeras outras frases feitas, que possuem um único intuito naquele momento - consolar. Normalmente, repudio todas. "Nada como o tempo...", "O tempo é o senhor da razão", "Ele não servia pra você"... E por aí vai.
A realidade nua e crua é a seguinte: Não... Você não vai rir disso tudo amanhã, mas vai superar algum dia sim. O tempo passa, mas você sempre se lembrará daquilo que te fez sofrer, mesmo que não doa mais o tanto que doeu, você vai lembrar. E se ele não era para você foi porque um dia ele não quis mais ser (porquê você ainda se lembra do quanto o queria), e você pode ter outro amor agora se optar por ser feliz.
Apesar de todas as formas de "alívio imediato" que uma simples frase pode tentar proporcionar, a "tinha que ser assim" sempre ganha um espaço ímpar nos casos de amores que terminam. Sempre está ali, em letras garrafais e brilhosas, pronta para aparecer quando alguém estiver sofrendo, quando alguém se desesperar.
Um amor não acaba simplesmente "Porque tinha de ser assim" - Desculpem-me os que acreditam nisso, mas terei que contrariá-los. Um amor acaba porque no meio do caminho alguém desistiu, abriu mão, ou não lutou o suficiente. Acaba porque alguém, em algum momento, esqueceu que por amor vale à pena a lealdade e a parceria. Não existem terceiros e nem existem espaços para que alguém apareça.
Acaba porque uma mágoa foi maior e está mais presente do que tudo de bom que viveram juntos. Acaba porque o orgulho superou o brilho no olhar quando se encontravam. Acaba porque o desentendimento foi mais forte do que a vontade de fazer as pazes. Acaba por coisas que parecem ter sido tolas, mas que até hoje você não entende. Nunca, em hipótese alguma, acaba simplesmente "porque assim é que era para ser".
Será que se tivessem tentado mais uma vez, se tivesse surgido mais uma oportunidade naquele momento, o cenário agora não poderia ser outro? Poderia ser o de um casal feliz e bem resolvido... Não "porque tinha de ser assim", mas porque tiveram a coragem de tentar pelo menos mais uma vez...
Engraçado, mas ninguém consegue responder quando a frase é rebatida com uma pergunta básica: "Mas por quê, que tinha de ser assim?"
Claro que não tem resposta... E não tem resposta porque esta frase nada mais é do que uma visão conformista e até covarde de encarar a realidade, de se enfrentar as dificuldades e tudo o que deu errado em nossas vidas.
"Tinha que ser assim... Não era mesmo para eu ter conseguido aquele emprego". Esta é a forma mais fácil de não admitir que você não se esforçou o suficiente. Ou ainda, uma maneira de disfarçar a própria decepção de não ter conseguido o que queria.
"O namoro acabou porque tinha mesmo que ser assim"... O amor quando acaba é sempre um cenário propício para inúmeras outras frases feitas, que possuem um único intuito naquele momento - consolar. Normalmente, repudio todas. "Nada como o tempo...", "O tempo é o senhor da razão", "Ele não servia pra você"... E por aí vai.
A realidade nua e crua é a seguinte: Não... Você não vai rir disso tudo amanhã, mas vai superar algum dia sim. O tempo passa, mas você sempre se lembrará daquilo que te fez sofrer, mesmo que não doa mais o tanto que doeu, você vai lembrar. E se ele não era para você foi porque um dia ele não quis mais ser (porquê você ainda se lembra do quanto o queria), e você pode ter outro amor agora se optar por ser feliz.
Apesar de todas as formas de "alívio imediato" que uma simples frase pode tentar proporcionar, a "tinha que ser assim" sempre ganha um espaço ímpar nos casos de amores que terminam. Sempre está ali, em letras garrafais e brilhosas, pronta para aparecer quando alguém estiver sofrendo, quando alguém se desesperar.
Um amor não acaba simplesmente "Porque tinha de ser assim" - Desculpem-me os que acreditam nisso, mas terei que contrariá-los. Um amor acaba porque no meio do caminho alguém desistiu, abriu mão, ou não lutou o suficiente. Acaba porque alguém, em algum momento, esqueceu que por amor vale à pena a lealdade e a parceria. Não existem terceiros e nem existem espaços para que alguém apareça.
Acaba porque uma mágoa foi maior e está mais presente do que tudo de bom que viveram juntos. Acaba porque o orgulho superou o brilho no olhar quando se encontravam. Acaba porque o desentendimento foi mais forte do que a vontade de fazer as pazes. Acaba por coisas que parecem ter sido tolas, mas que até hoje você não entende. Nunca, em hipótese alguma, acaba simplesmente "porque assim é que era para ser".
Será que se tivessem tentado mais uma vez, se tivesse surgido mais uma oportunidade naquele momento, o cenário agora não poderia ser outro? Poderia ser o de um casal feliz e bem resolvido... Não "porque tinha de ser assim", mas porque tiveram a coragem de tentar pelo menos mais uma vez...
quinta-feira, abril 19, 2007
Mil Novecentos e Bolinha...
Volta e meia me recordo de algo que aconteceu há tempos e que se não ouvisse aquela determinada música, ou não passasse por aquele determinado lugar, vestisse aquela roupa, ou conversasse com minha vó, com meus pais, com meus tios, já não lembraria mais...
Daria um livro tudo o que vivi e que está tão presente na minha memória.
Meu luv acha estranho porque mal consegue se lembrar do que aconteceu há meia hora, mas eu lembro perfeitamente da minha infância e da minha adolescência. Não falo da infância dos 10 anos de idade... Me lembro de quando tinha três anos e sofri a queda da escada - quebrei o nariz e meu pai desmaiou, lembro de quando a minha irmã nasceu (eu ainda tinha cinco anos), lembro de todas as minhas festas de aniversário, de vários momentos na escola, do primeiro dente que caiu, das vezes que me escondi quando o farmacêutico chegava para me dar injeções... Que coisa doida de se lembrar!
Minha vó me conta tantas histórias da vida dela.... Do meu vô e de como ele escrevia bem, dos livros que publicou, e de todos os artigos nos jornais. Do meu pai, de todas as artes que ele fazia e de tudo o que aprontava quando moleque e quando adulto... Me conta da minha mãe, de como era deslumbrante e de como todos a admiravam ( e admiram até hoje! Me orgulho demais dela). Tudo se inverte, e hoje em dia, eu que me preocupo com meus velhinhos!
Quando sento com a vovó, ela me remete à tantas lembranças boas...... Das roupinhas que eu usava, do jeito que eu falava, o que eu gostava de comer. Das festas que ela preparava para comemoração do Cosme e Damião, onde todas as crianças da rua iam para a casa dela comer todas aquelas guloseimas! Das saídas com meu pai na night, e em como eu me sentia "a" adolescente aos oito anos. Lembro-me da mamãe indo para o trabalho depois que me deixava no ônibus do colégio, e saía penteando os cabelos pela rua... Mesmo assim, continuavam lindos e parecia que ela tinha saído do salão...
Que eu tinha TODAS as dificuldades em dar estrela na aula de educação física.... Para quê na minha vida, eu usaria aquilo? Até hoje não sei... Aprendi a ler em casa, com três anos e pulei os jardins de infância. Aos quatro fiz o CA no colégio. Não tem como esquecer a coleção de livros com histórias infantis e contos de fadas, com capa dura, e ilustrada... Lembro de cada um dos contos e de todas as vezes que mamãe leu para mim antes de dormir.
Fiz um texto na segunda série, aos seis anos, que na época se chamava "redação". Escrevi sobre uma estante lotada de livros. Nela tinham dois especiais: um de capa vermelha e um de capa verde. O de capa vermelha tinha histórias de bruxas e monstros que saiam do livro e ninguém queria lê-lo. Por isso, ele era sempre fechado logo no começo da história e ficava num canto da tal estante. Lembro-me como se fosse ontem.
Já o livro verde era diferente. À cada leitura das páginas, nos encontrávamos num mundo mágico, onde os rios eram de chocolate e nas árvores, além de frutas, você poderia colher jujubas. Coisas de crianças... A minha redação deu umas 3 ou 4 páginas e a diretora chamou meus pais na escola. Disse que nunca tinha visto aquilo, que nem os alunos da 7° série escreviam coisas como eu escrevi, e que eu era uma criança especial, que deveria fazer um curso de redação e de teatro. Que deveria aproveitar o meu "talento". Eu hein...
Ainda lembro da folha em que eu escrevi. Era branca, manchada de roxo, mimiografada, com cheiro de álcool. Tinha até ajudado a professora a rodar na máquina. Eu também fazia cartões de natal personalizados. Eles não eram comercializados, eram só pros amiguinhos e para a família. Cortava a cartolina, desenhava, pintava e enfeitava com purpurina, lantejoulas e todos aqueles enfeites coloridos. Ficava feliz da vida! Minha tia guarda até hoje, a minha vela torta desenhada. E eu lembro do dia que eu fiz!
Algumas músicas, algumas datas especiais e algumas épocas me fazem lembrar de uma porção de coisas do gênero e me emociono. Choro, e choro muito. Sabe-se-lá-o-por-quê. Sou "manteiga derretida" e nem aos 30 anos, aprendi a administrar a emoção quando as lembranças vêm à tona. Ainda hei de aprender! Ou não!
Daria um livro tudo o que vivi e que está tão presente na minha memória.
Meu luv acha estranho porque mal consegue se lembrar do que aconteceu há meia hora, mas eu lembro perfeitamente da minha infância e da minha adolescência. Não falo da infância dos 10 anos de idade... Me lembro de quando tinha três anos e sofri a queda da escada - quebrei o nariz e meu pai desmaiou, lembro de quando a minha irmã nasceu (eu ainda tinha cinco anos), lembro de todas as minhas festas de aniversário, de vários momentos na escola, do primeiro dente que caiu, das vezes que me escondi quando o farmacêutico chegava para me dar injeções... Que coisa doida de se lembrar!
Minha vó me conta tantas histórias da vida dela.... Do meu vô e de como ele escrevia bem, dos livros que publicou, e de todos os artigos nos jornais. Do meu pai, de todas as artes que ele fazia e de tudo o que aprontava quando moleque e quando adulto... Me conta da minha mãe, de como era deslumbrante e de como todos a admiravam ( e admiram até hoje! Me orgulho demais dela). Tudo se inverte, e hoje em dia, eu que me preocupo com meus velhinhos!
Quando sento com a vovó, ela me remete à tantas lembranças boas...... Das roupinhas que eu usava, do jeito que eu falava, o que eu gostava de comer. Das festas que ela preparava para comemoração do Cosme e Damião, onde todas as crianças da rua iam para a casa dela comer todas aquelas guloseimas! Das saídas com meu pai na night, e em como eu me sentia "a" adolescente aos oito anos. Lembro-me da mamãe indo para o trabalho depois que me deixava no ônibus do colégio, e saía penteando os cabelos pela rua... Mesmo assim, continuavam lindos e parecia que ela tinha saído do salão...
Que eu tinha TODAS as dificuldades em dar estrela na aula de educação física.... Para quê na minha vida, eu usaria aquilo? Até hoje não sei... Aprendi a ler em casa, com três anos e pulei os jardins de infância. Aos quatro fiz o CA no colégio. Não tem como esquecer a coleção de livros com histórias infantis e contos de fadas, com capa dura, e ilustrada... Lembro de cada um dos contos e de todas as vezes que mamãe leu para mim antes de dormir.
Fiz um texto na segunda série, aos seis anos, que na época se chamava "redação". Escrevi sobre uma estante lotada de livros. Nela tinham dois especiais: um de capa vermelha e um de capa verde. O de capa vermelha tinha histórias de bruxas e monstros que saiam do livro e ninguém queria lê-lo. Por isso, ele era sempre fechado logo no começo da história e ficava num canto da tal estante. Lembro-me como se fosse ontem.
Já o livro verde era diferente. À cada leitura das páginas, nos encontrávamos num mundo mágico, onde os rios eram de chocolate e nas árvores, além de frutas, você poderia colher jujubas. Coisas de crianças... A minha redação deu umas 3 ou 4 páginas e a diretora chamou meus pais na escola. Disse que nunca tinha visto aquilo, que nem os alunos da 7° série escreviam coisas como eu escrevi, e que eu era uma criança especial, que deveria fazer um curso de redação e de teatro. Que deveria aproveitar o meu "talento". Eu hein...
Ainda lembro da folha em que eu escrevi. Era branca, manchada de roxo, mimiografada, com cheiro de álcool. Tinha até ajudado a professora a rodar na máquina. Eu também fazia cartões de natal personalizados. Eles não eram comercializados, eram só pros amiguinhos e para a família. Cortava a cartolina, desenhava, pintava e enfeitava com purpurina, lantejoulas e todos aqueles enfeites coloridos. Ficava feliz da vida! Minha tia guarda até hoje, a minha vela torta desenhada. E eu lembro do dia que eu fiz!
Algumas músicas, algumas datas especiais e algumas épocas me fazem lembrar de uma porção de coisas do gênero e me emociono. Choro, e choro muito. Sabe-se-lá-o-por-quê. Sou "manteiga derretida" e nem aos 30 anos, aprendi a administrar a emoção quando as lembranças vêm à tona. Ainda hei de aprender! Ou não!
quarta-feira, abril 18, 2007
Mimos...
Ganhei do meu luv o dvd-coleção de desenhos dos Jetsons!!!!! Sempre gostei de desenho animado, e procuro assistir os lançamentos no cinema com meus afilhados a tiracolo. Só que há séculos, eu não via nada a respeito dessa família futurista da minha infância. Impressiona como ainda é atual! Adorei! Nem esperei o final de semana para assistir com ele. Comecei a assistir sozinha mesmo... Eu e o balde de pipoca.
Cada um com seus "pobrema"...
Nossa! Como é complicado lidar com a intransigência de algumas pessoas. Cidade grande, capital, onde inevitavelmente cruzamos com milhares de pessoas todos os dias. Sempre terá alguém na sua frente, fechando o seu caminho. Mesmo assim, você tem que ter a consciência de que essa ou aquela pessoa não é responsável pelos seus problemas.
Todo mundo tem problemas! Todo mundo mesmo. Das grandes cidades e das cidades menores. Quem disser que não, que tem uma vida completamente perfeita, está mentindo. E mesmo assim você tem que ir para o trabalho diariamente, continuar estudando e continuar se relacionando com as pessoas que te cercam.
Agora imagina a situação: 08:30h de uma terça-feira na cidade maravilhosa. Milhares de pessoas a caminho dos seus trabalhos, saindo das suas casas para o colégio, para academia e..... Tiroteio! Tiroteio no caminho de muita gente. Polícia se confrotando com bandido num dos túneis principais que liga a zona norte à zona sul. Onde eu passo e outras tantas pessoas passam indo para seus trabalhos ou voltando para casa depois de um longo dia.
Nesse momento você percebe exatamente quem é quem. Qual é essência de cada um daqueles seres que ali se encontram.
Mesmo com a violência diária e a necessidade de segurança pública para poder se deslocar e chegar onde precisa, muitas pessoas vão sorrir umas para as outras. Algumas vão oferecer carona, vão ajudar a desviar o caminho num lugar que nem tem como, vão fazer comentários sobre a situação para amenizar o incômodo. Como se tudo fosse normal!
Outras vão agir diferente: vão se jogar no chão, se esconderão atrás de muros, empurrarão os outros por reflexo para se protegerem, vão se aproveitar do desespero da maioria para conseguir um lugar melhor, mesmo que algumas pessoas se machuquem.
Vão xingar o governador, o presidente, o mundo. Se mostrarão completamente ignorantes quando todos estão na mesma situação, independente da classe social. Pessoas, totalmente pobres de espírito, agem assim porque acham que são melhores que os outros em todos os momentos, mesmo nos que a ajuda mútua seria a melhor saída. Precisam de ajuda tanto quanto os que estão por perto, mas são egoístas demais para perceberem isso.
Acham que tudo e todos são responsáveis pelos seus problemas, pela sua falta de educação, pela falta de perspectiva, pela sua intransigência. E isso vai estragar o dia de alguém que sorri para todo mundo na rua, que sorri para não chorar, que sorri para se sentir menos triste.
Todo mundo tem problemas! Todo mundo mesmo. Das grandes cidades e das cidades menores. Quem disser que não, que tem uma vida completamente perfeita, está mentindo. E mesmo assim você tem que ir para o trabalho diariamente, continuar estudando e continuar se relacionando com as pessoas que te cercam.
Agora imagina a situação: 08:30h de uma terça-feira na cidade maravilhosa. Milhares de pessoas a caminho dos seus trabalhos, saindo das suas casas para o colégio, para academia e..... Tiroteio! Tiroteio no caminho de muita gente. Polícia se confrotando com bandido num dos túneis principais que liga a zona norte à zona sul. Onde eu passo e outras tantas pessoas passam indo para seus trabalhos ou voltando para casa depois de um longo dia.
Nesse momento você percebe exatamente quem é quem. Qual é essência de cada um daqueles seres que ali se encontram.
Mesmo com a violência diária e a necessidade de segurança pública para poder se deslocar e chegar onde precisa, muitas pessoas vão sorrir umas para as outras. Algumas vão oferecer carona, vão ajudar a desviar o caminho num lugar que nem tem como, vão fazer comentários sobre a situação para amenizar o incômodo. Como se tudo fosse normal!
Outras vão agir diferente: vão se jogar no chão, se esconderão atrás de muros, empurrarão os outros por reflexo para se protegerem, vão se aproveitar do desespero da maioria para conseguir um lugar melhor, mesmo que algumas pessoas se machuquem.
Vão xingar o governador, o presidente, o mundo. Se mostrarão completamente ignorantes quando todos estão na mesma situação, independente da classe social. Pessoas, totalmente pobres de espírito, agem assim porque acham que são melhores que os outros em todos os momentos, mesmo nos que a ajuda mútua seria a melhor saída. Precisam de ajuda tanto quanto os que estão por perto, mas são egoístas demais para perceberem isso.
Acham que tudo e todos são responsáveis pelos seus problemas, pela sua falta de educação, pela falta de perspectiva, pela sua intransigência. E isso vai estragar o dia de alguém que sorri para todo mundo na rua, que sorri para não chorar, que sorri para se sentir menos triste.
Embalagens...
Até as que nos parecem perfeitas, precisam ir ao salão e de um maquiador por perto. O cabelo nem sempre está do jeito que elas querem, as espinhas pipocam no rosto quando não poderiam pipocar, acordam com os olhos vermelhos, as mãos marcadas por causa da idade, ciacatrizes da vida no corpo e na alma. Tudo muito normal, como deveria ser. Mas não é.
As revistas precisam vender, os programas na televisão precisam de ibope e muitas pessoas vivem da imagem. Então, procuram nos fazer crer que a perfeição existe. Nesse caso, a perfeição estética.
Tudo é corrigido. Tudo é retocado. Algumas pessoas acreditam piamente no que vêem e fazem daquela imagem um modelo de perfeição... Se cobram diariamente, vivem em busca do que julgam absurdamente necessário para se sentirem aceitas na sociedade. O padrão de beleza já foi estipulado e nem todos se incluem nisso. Buscam a inclusão com inúmeras cirurgias reparadoras e quase sempre desnecessárias. Se submetem a riscos enormes para elevar a auto-estima - que nem sempre é o problema real.
Os retoques são feitos aqui e ali como se fosse possível retocar a vida real dentro de clínicas estéticas ou com o photoshop..
terça-feira, abril 17, 2007
Entre Quatro Paredes Coloridas...
Depois do casamento, decidimos investir na nossa casa! Contratamos o melhor arquiteto e o melhor pedreiro para modificarmos tudo o que podíamos e que conseguiríamos pagar naquele momento.
Observando o dia-a-dia da obra, acabei aprendendo a diferença entre materiais, cores, equipamentos e afins. Para apartamentos grandes, pequenos, quitinetes, casas de vila e casas com grande área externa. Tudo para todos os gostos e de acordo com o bolso do freguês.
Hoje percebi, depois de tantas porradas, que precisei aprender a pintar as paredes da minha vida, mais rápido do que muita gente por aí. Tive que aprender a pintar as paredes com a cor da minha alma.
Porém, o que eu entendi nessa história toda é que, quando a gente vai pintar uma parede da vida, não basta passar a tinta por cima da cor que estava antes. É necessário toda uma preparação para as cores não se misturarem. Se isso acontece, fica difícil saber onde começa uma e onde termina a outra.
Nas paredes da minha casa, o pedreiro retirou toda a tinta de baixo, passou massa, lixou, passou massa de novo, lixou novamente, e por fim, passou duas "demãos" de tinta. Ficaram perfeitas. Sem marcas. Parecia que alguém havia acabado de levantar aquelas paredes naquele momento.
Já as paredes da minha vida........ Posso afirmar que estão pintadas da cor que me transmite mais tranquilidade desde que comecei a prestar atenção nesse assunto.
Azul! Definitivamente, é a cor da minha alma nesse momento! Tudo azul! Mesmo que muitos teimem em dizer que as cores não interferem em nada na nossa rotina pintei minhas paredes da alma de azul. Estou calma, serena, e para mim o azul é mais que uma simples cor...
É estado de espírito. É o amor maduro. É comunhão de almas. É sabedoria. É serenidade. O azul é perfeito para ilustrar todo o meu sentimento por você. Cada dia tenho mais certeza de que tudo o que enfrentamos juntos se torna pequeno perto do que sentimos um pelo outro. Me orgulho mais e mais do homem que escolhi para mim. Te amo, meu luv!
Observando o dia-a-dia da obra, acabei aprendendo a diferença entre materiais, cores, equipamentos e afins. Para apartamentos grandes, pequenos, quitinetes, casas de vila e casas com grande área externa. Tudo para todos os gostos e de acordo com o bolso do freguês.
Hoje percebi, depois de tantas porradas, que precisei aprender a pintar as paredes da minha vida, mais rápido do que muita gente por aí. Tive que aprender a pintar as paredes com a cor da minha alma.
Porém, o que eu entendi nessa história toda é que, quando a gente vai pintar uma parede da vida, não basta passar a tinta por cima da cor que estava antes. É necessário toda uma preparação para as cores não se misturarem. Se isso acontece, fica difícil saber onde começa uma e onde termina a outra.
Nas paredes da minha casa, o pedreiro retirou toda a tinta de baixo, passou massa, lixou, passou massa de novo, lixou novamente, e por fim, passou duas "demãos" de tinta. Ficaram perfeitas. Sem marcas. Parecia que alguém havia acabado de levantar aquelas paredes naquele momento.
Já as paredes da minha vida........ Posso afirmar que estão pintadas da cor que me transmite mais tranquilidade desde que comecei a prestar atenção nesse assunto.
Azul! Definitivamente, é a cor da minha alma nesse momento! Tudo azul! Mesmo que muitos teimem em dizer que as cores não interferem em nada na nossa rotina pintei minhas paredes da alma de azul. Estou calma, serena, e para mim o azul é mais que uma simples cor...
É estado de espírito. É o amor maduro. É comunhão de almas. É sabedoria. É serenidade. O azul é perfeito para ilustrar todo o meu sentimento por você. Cada dia tenho mais certeza de que tudo o que enfrentamos juntos se torna pequeno perto do que sentimos um pelo outro. Me orgulho mais e mais do homem que escolhi para mim. Te amo, meu luv!
segunda-feira, abril 16, 2007
Wonder Woman
Quando criança eu sonhava ser a Mulher-Maravilha, nem sei exatamente quando isso começou... Tenho fotos e mais fotos com a fantasia, capa, laço e toda paramentada, dando entrevistas e falando para todo mundo que meu nome era esse. Acho que durou dos três anos aos seis mais ou menos...
Hoje eu queria que fosse realidade!! Cadê os meus super-poderes?
Hoje eu queria que fosse realidade!! Cadê os meus super-poderes?
domingo, abril 15, 2007
Muito Triste.
Dormi muito pouco essa noite e o domingo, obviamente, seria um dos mais difíceis que eu enfrentaria. Foi mesmo! Foi difícil demais. Me segurei para não desabar e chorar quando fui à casa da velhinha que eu mais amo! Me segurei para não desabar e chorar quando encontrei meus amores no cemitério! Me segurei, me segurei, me segurei. Mas quando estávamos seguindo para a sepultura, desabei. Chorei mesmo!! Tentei me manter distante de todos os que poderiam chorar se me vissem com o rosto inchado. Consegui, de certa forma. Acho que tentei proteger meus grandes amores de mais tristeza ainda por me verem sofrendo.
Quando o último enterro terminou, senti uma sensação de alívio que já não sabia mais como era. Só conseguimos sentar para almoçar às 16h. Deixei os grandes amores da minha vida em casa, para tentarem descansar e fui em busca do carro que a concessionária estava sorteando. Chegamos lá e nada! Já tinham fechado as portas e ninguém mais entrava. Pegamos a ponte e fomos fazer compras de mercado... Tudo muito fora do comum para um domingo, mas era o que eu precisava: Andar, falar bobagens e esquecer um pouco o que aconteceu. De lá, encontramos meu super-mega-power-amigo-irmão-japinha e fomos para um café. Relaxei. Precisava estar com alguém de fora da situação para mudarmos o assunto completamente.
Meu luv já dormiu. Eu, para dar uma variada, estou sem sono e angustiada, sofrendo por antecipação os próximos dias e o que virá com eles. Não sei e nem penso em tomar remédios, chás para relaxar ou algo parecido. Queria ter tranquilidade para dormir agora e conseguir forças para as reuniões de amanhã (o dia todo) no trabalho. Enfim... Que todos tenham paz e serenidade para administrar essa perda.
Quando o último enterro terminou, senti uma sensação de alívio que já não sabia mais como era. Só conseguimos sentar para almoçar às 16h. Deixei os grandes amores da minha vida em casa, para tentarem descansar e fui em busca do carro que a concessionária estava sorteando. Chegamos lá e nada! Já tinham fechado as portas e ninguém mais entrava. Pegamos a ponte e fomos fazer compras de mercado... Tudo muito fora do comum para um domingo, mas era o que eu precisava: Andar, falar bobagens e esquecer um pouco o que aconteceu. De lá, encontramos meu super-mega-power-amigo-irmão-japinha e fomos para um café. Relaxei. Precisava estar com alguém de fora da situação para mudarmos o assunto completamente.
Meu luv já dormiu. Eu, para dar uma variada, estou sem sono e angustiada, sofrendo por antecipação os próximos dias e o que virá com eles. Não sei e nem penso em tomar remédios, chás para relaxar ou algo parecido. Queria ter tranquilidade para dormir agora e conseguir forças para as reuniões de amanhã (o dia todo) no trabalho. Enfim... Que todos tenham paz e serenidade para administrar essa perda.
sábado, abril 14, 2007
Que Descanse em Paz...
Triste. Estou muito triste e preocupada ao mesmo tempo. Acordei com o toque do telefone e a pior notícia que alguém poderia me dar. Nunca me imaginei em situação parecida, e me senti muito frágil e impotente. Foi ruim demais.
Alguém que eu amava e que era amado por muitas das pessoas que mais amo, cometeu suicídio nessa madrugada. Caramba! Que dor eu estou sentindo........
Dor por imaginar a pessoa que eu mais admiro nesse mundo, no alto dos seus 84 anos, arrasada! Dor por toda a preocupação com mais duas pessoas em especial... Imagino o quanto estão sofrendo, mesmo que tentem demonstrar toda a serenidade do mundo. Sabe-se-lá por mais quanto tempo vão sofrer e remoer o que aconteceu. Foi chocante. Nos chocou realmente.
Definitivamente não sei lidar com a morte. A última vez que precisei enfrentar algo parecido, era adolescente. Talvez a dor tenha sido tão grande quanto a de agora, mas eu me sentia protegida e me protegiam na medida do possível. Hoje, percebo que aos 30 anos, quem tem obrigação de proteger quem eu amo sou eu... Mesmo querendo um colo e querendo gritar para o tempo voltar e nada disso se concretizar.
Meu luv saiu imediatamente de casa para dar um suporte e providenciar toda a documentação. Eu fiquei de molho, esperando notícias durante o dia inteiro. Que desespero! IML, delegacia, IML de novo, delegacia de novo, e depois de mais de 10h correndo de um lado para o outro, conseguiram o laudo da perícia. O corpo só será liberado amanhã, mas amanhã terei que tirar forças não sei de onde para enfrentar o enterro.
Não terá velório. Talvez seja melhor assim mesmo. Apesar de não saber mais o que é melhor ou não, ainda mais nesses momentos... Só sei que nunca imaginaria que isso aconteceria tão próximo de mim. Está sendo muito difícil e amanhã será mais difícil ainda! Peço muita força, saúde e sabedoria para enfrentar essa barra ao lado das pessoas que eu mais amo nessa vida!
Alguém que eu amava e que era amado por muitas das pessoas que mais amo, cometeu suicídio nessa madrugada. Caramba! Que dor eu estou sentindo........
Dor por imaginar a pessoa que eu mais admiro nesse mundo, no alto dos seus 84 anos, arrasada! Dor por toda a preocupação com mais duas pessoas em especial... Imagino o quanto estão sofrendo, mesmo que tentem demonstrar toda a serenidade do mundo. Sabe-se-lá por mais quanto tempo vão sofrer e remoer o que aconteceu. Foi chocante. Nos chocou realmente.
Definitivamente não sei lidar com a morte. A última vez que precisei enfrentar algo parecido, era adolescente. Talvez a dor tenha sido tão grande quanto a de agora, mas eu me sentia protegida e me protegiam na medida do possível. Hoje, percebo que aos 30 anos, quem tem obrigação de proteger quem eu amo sou eu... Mesmo querendo um colo e querendo gritar para o tempo voltar e nada disso se concretizar.
Meu luv saiu imediatamente de casa para dar um suporte e providenciar toda a documentação. Eu fiquei de molho, esperando notícias durante o dia inteiro. Que desespero! IML, delegacia, IML de novo, delegacia de novo, e depois de mais de 10h correndo de um lado para o outro, conseguiram o laudo da perícia. O corpo só será liberado amanhã, mas amanhã terei que tirar forças não sei de onde para enfrentar o enterro.
Não terá velório. Talvez seja melhor assim mesmo. Apesar de não saber mais o que é melhor ou não, ainda mais nesses momentos... Só sei que nunca imaginaria que isso aconteceria tão próximo de mim. Está sendo muito difícil e amanhã será mais difícil ainda! Peço muita força, saúde e sabedoria para enfrentar essa barra ao lado das pessoas que eu mais amo nessa vida!
Covardia!
Você desistiu! Apesar de eu não imaginar que fosse capaz de desistir. Apesar de nem passar pela minha cabeça o quanto mudamos ao longo desses 10 anos que se passaram. Éramos inocentes e até ingênuos de certa forma, mas nos respeitávamos como respeitamos quem a gente admira. Isso não acontecerá mais. Passou do limite.
Quanta covardia! Minha admiração por você acabou. Foi para o ralo quando acabou nossa conversa.
Você fez o favor de me mostrar que em nenhum momento os sonhos que dizia ter poderiam se tornar reais. Eles nunca existiram e isso não passou de conversa para boi dormir. Para quê? Para fugir da sua realidade? Para fugir da vidinha medíocre que você leva? Estou chateada e me torno agressiva verbalmente. Com razão... Óbvio!
Porque para mim, se você gosta tanto de desafios, me encare como um e mostre que tudo isso vale à pena. Não desista! Amores, amizades, parcerias, não acabam assim, através de mensagens e sem qualquer contato visual. Que ridículo. Que fragilidade. Que imaturidade. Que descaso!
Se você gosta tanto assim de mim, olhe nos meus olhos, de verdade. Pelo menos mais uma vez na vida, com toda vontade, leia minha alma como se eu não precisasse mais dizer uma só palavra. Igual àquela noite em que tudo começou e que nos entendíamos perfeitamente, como se nos conhecêssemos há séculos.
Talvez nem precise ler minha alma novamente, porque é provável que você já faça isso todos os dias. Sabe reconhecer o que está nas minhas entrelinhas mais do que eu mesma, e antes mesmo que eu as escreva.
Através das minhas palavras, das minhas linhas, das páginas que escrevo e da minha história, eu tenho o prazer de fazer acontecer, e acreditei que você me daria o prazer desse sonho se tornar mais real.
Ou a realidade que se tornaria um sonho? Todo aquele sentimento não merece ser praticado? Ele nunca existiu? Acabou de repente? Não sei... Só sei que é e que continuará sendo.
E por isso que eu digo, repito e grito para quem quiser ouvir: Não desista!
Quanta covardia! Minha admiração por você acabou. Foi para o ralo quando acabou nossa conversa.
Você fez o favor de me mostrar que em nenhum momento os sonhos que dizia ter poderiam se tornar reais. Eles nunca existiram e isso não passou de conversa para boi dormir. Para quê? Para fugir da sua realidade? Para fugir da vidinha medíocre que você leva? Estou chateada e me torno agressiva verbalmente. Com razão... Óbvio!
Porque para mim, se você gosta tanto de desafios, me encare como um e mostre que tudo isso vale à pena. Não desista! Amores, amizades, parcerias, não acabam assim, através de mensagens e sem qualquer contato visual. Que ridículo. Que fragilidade. Que imaturidade. Que descaso!
Se você gosta tanto assim de mim, olhe nos meus olhos, de verdade. Pelo menos mais uma vez na vida, com toda vontade, leia minha alma como se eu não precisasse mais dizer uma só palavra. Igual àquela noite em que tudo começou e que nos entendíamos perfeitamente, como se nos conhecêssemos há séculos.
Talvez nem precise ler minha alma novamente, porque é provável que você já faça isso todos os dias. Sabe reconhecer o que está nas minhas entrelinhas mais do que eu mesma, e antes mesmo que eu as escreva.
Através das minhas palavras, das minhas linhas, das páginas que escrevo e da minha história, eu tenho o prazer de fazer acontecer, e acreditei que você me daria o prazer desse sonho se tornar mais real.
Ou a realidade que se tornaria um sonho? Todo aquele sentimento não merece ser praticado? Ele nunca existiu? Acabou de repente? Não sei... Só sei que é e que continuará sendo.
E por isso que eu digo, repito e grito para quem quiser ouvir: Não desista!
sexta-feira, abril 13, 2007
Teletransportando...
Quem já não teve vontade de estar em outro lugar? Não estou pensando em outras vidas, nem em outras pessoas, ou em viver outras realidades... A vontade é física.
Eu penso! Nada muito frequente, mas eu queria nesse exato momento, estar em outro lugar (nada absurdo não). Não penso noutro país, nem naquela praia paradisíaca do sul da Bahia... Queria estar aqui pertinho, há algumas horinhas daqui...
Sair da rotina academia-casa-trabalho-curso-casa, reunir os amigos, uma boa conversa despretenciosa, uma boa música tocando.. De repente, nada disso. Vai saber? Apenas estar lá, sem pensar em nada!
Lá onde? Até eu me pergunto.
É muito doido! Eu estou aqui, mas morrendo de vontade de estar lá, tendo ataques de tanta saudades, deixando os amigos enlouquecidos com toda essa minha vontade. Eu estou assim desse jeito, que nem agüento mais... Aí, como num passe de mágica, entro no meu teletransportador e puft! Em segundos estou matando a saudade, revendo amigos distantes, encontrando amores...
As companhias aéreas iriam falir, os controladores de vôo não teriam mais que fazer greve de fome, os carros seriam desnecessários, o transporte público cairia em ruínas, mas e daí?
Todo ser humano que se preze teria um teletransportador, seria produto de extrema necessidade! Modelos e mais modelos sendo lançados a cada minuto, com mais tecnologia... Só que nada disso teria importância. O que importa é que eu não estaria aqui, e sim onde meu coração desejaria estar...
Agora Mulher de 30, por favor.... Pare de sonhar... Acorda e... Volta logo para a Terra!!
Vivo! Morto! Abaixa! Levanta! Cansei!
Sabe quando seu coração está completo? Sabe quando você parece acordar bem mais leve do que normalmente?
Cheio de felicidade, sensações boas e sentimentos bons... Quando seus amigos mais queridos estão felizes e parece que tudo está entrando nos eixos?
Quando nem sempre tudo está perfeito, mas você sabe que é apenas uma questão de tempo e que nada é totalmente ruim?
Quando a certeza de que tudo vai terminar bem é imensa! Tão grande, a ponto de abrirmos um sorriso no rosto, daqueles bem naturais e contagiantes que só sabemos dar quando estamos realmente muito felizes?
Quando tudo o que você poderia querer neste momento, era que o tempo parasse com essa brincadeira de "morto e vivo" e continuasse assim, repleto de energia boa?
Que simplesmente nada mudasse e tudo continuasse colorido?
Simples assim!! Tudo isso é notório porque é o que sinto quando estou com você. É o que sinto quando você está feliz. E ponto final.
Cheio de felicidade, sensações boas e sentimentos bons... Quando seus amigos mais queridos estão felizes e parece que tudo está entrando nos eixos?
Quando nem sempre tudo está perfeito, mas você sabe que é apenas uma questão de tempo e que nada é totalmente ruim?
Quando a certeza de que tudo vai terminar bem é imensa! Tão grande, a ponto de abrirmos um sorriso no rosto, daqueles bem naturais e contagiantes que só sabemos dar quando estamos realmente muito felizes?
Quando tudo o que você poderia querer neste momento, era que o tempo parasse com essa brincadeira de "morto e vivo" e continuasse assim, repleto de energia boa?
Que simplesmente nada mudasse e tudo continuasse colorido?
Simples assim!! Tudo isso é notório porque é o que sinto quando estou com você. É o que sinto quando você está feliz. E ponto final.
quinta-feira, abril 12, 2007
Protocolo da Ordem...
É de praxe desculpar-nos com os visitantes (sinceramente ou não) assim como se pergunta "tudo bem com você?" - mesmo que não haja um real interesse em saber.
Como a frase é mais um hábito, às vezes soa meio imprópria. "Não repare na bagunça" é um dos pilares do nosso protocolo caseiro ( será que em outros países também é assim?).
Certa vez fui a uma reunião de trabalho na casa de um colega da equipe, e o que espantava ali era a ordem: ele tinha pouquíssimos móveis, só os essenciais. O piso de madeira era visível na maior parte do ambiente, já que mal haviam tapetes. As paredes brancas tinham poucos quadros, as janelas não tinham cortinas. E sobre a mesa quadrada em um canto da sala, apenas dois envelopes fechados de correspondência recente. Ah, essa era a bagunça....
Já na minha casa, não faz sentido dizer: "não repare", porque é impossível. A bagunça é tanta que o visitante é obrigado a reparar, ou corre o risco de tropeçar nela e ser soterrado. Tudo bem que eu sou um pouco exagerada, mas de qualquer forma, tem bagunça! Pilhas e pilhas ( e mais pilhas) de jornais e revistas, papéis de todos os tipos, caixas repletas de fitas de vídeo, dvds, torres de fitas cassetes, caixas de disquetes, cds, roupas, bolsas, sapatos, fotos, mais revistas, uma porção de móveis, plantas, enfeites, livros, mais fotos, etc.
Não queria que fosse assim. A casa da minha mãe era igualmente bagunçada quando eu era pequena, a gente tinha cachorro, tartaruga, passarinhos, e eu planejava fazer diferente quando tivesse minha própria casa. Mas a força dos genes não permitiu ( boa desculpa!). Hoje em dia, sem crianças, a casa dos meus pais é um brinco. Quero ver quando chegarem os netos...
Minha mãe costumava brincar que, se um ladrão entrasse e visse a casa revirada daquele jeito, ia pensar: " Xi, já assaltaram". E eu, sinceramente, gostava de ordem, tanto que volta e meia tirava o dia para arrumar tudo do zero - esvaziando gavetas e prateleiras, reodernando e classificando tudo. Era uma arrumação profunda, não uma ajeitada superficial. Até hoje tenho desejos de fazer algo parecido, e é aí que mora o perigo. Ou sendo menos dramática, esse é um dos motivos pelos quais não consigo arrumar nada.
Mas a bagunça tem muitos motivos. Em primeiro lugar a minha dificuldade em assimilar essa transição da vida de solteira à de casada + o fato de sair da casa dos meus pais para morar na minha casa. Costumo doar tudo o que não uso com frequencia, mas papéis, revistas e livros eu tenho uma dificuldade enorme. Ou porque acho que elas podem ser importantes algum dia para mim ou alguém mais, ou porque não quero gerar muito lixo ( reaproveitar é fundamental!). Outro problema é que eu conheço a bagunça muito bem e já me acostumei a localizar alguns ítens em seu lugar fora-do-comum. Além disso, sempre tenho outras coisas importantes e mais urgentes para fazer, que me impedem de tocar aquela operação-limpeza.
Mas nos últimos tempos evoluí em um ponto: não fico me torturando. Sim, a bagunça é horrível, opressiva, às vezes, contraproducente. Mas é o seguinte: ou se arruma ou se vive com ela. Que adianta passar dias pensando: "preciso arrumar, preciso arrumar" ? Querendo que tudo suma ou se ajeite sozinho, que a casa seja maior ou que tenha mais tempo....?
Admiro casas arrumadas, mas começo a desconfiar que a minha nunca vai ser uma delas. Quando chega o dia X, livre de compromissos, que eu esperei tanto e que poderia ser o dia da arrumação, eu acabo saindo com meu marido, com meus afilhados, amigos e outros programas fora de casa. Como me privar desse tempo vago para focar na faxina? E assim, vamos indo, até o dia em que nós todos possamos passar uma tarde divertida arrumando tudo juntos. Enquanto não acontece......... Pode reparar a bagunça, e desculpe qualquer coisa!
Como a frase é mais um hábito, às vezes soa meio imprópria. "Não repare na bagunça" é um dos pilares do nosso protocolo caseiro ( será que em outros países também é assim?).
Certa vez fui a uma reunião de trabalho na casa de um colega da equipe, e o que espantava ali era a ordem: ele tinha pouquíssimos móveis, só os essenciais. O piso de madeira era visível na maior parte do ambiente, já que mal haviam tapetes. As paredes brancas tinham poucos quadros, as janelas não tinham cortinas. E sobre a mesa quadrada em um canto da sala, apenas dois envelopes fechados de correspondência recente. Ah, essa era a bagunça....
Já na minha casa, não faz sentido dizer: "não repare", porque é impossível. A bagunça é tanta que o visitante é obrigado a reparar, ou corre o risco de tropeçar nela e ser soterrado. Tudo bem que eu sou um pouco exagerada, mas de qualquer forma, tem bagunça! Pilhas e pilhas ( e mais pilhas) de jornais e revistas, papéis de todos os tipos, caixas repletas de fitas de vídeo, dvds, torres de fitas cassetes, caixas de disquetes, cds, roupas, bolsas, sapatos, fotos, mais revistas, uma porção de móveis, plantas, enfeites, livros, mais fotos, etc.
Não queria que fosse assim. A casa da minha mãe era igualmente bagunçada quando eu era pequena, a gente tinha cachorro, tartaruga, passarinhos, e eu planejava fazer diferente quando tivesse minha própria casa. Mas a força dos genes não permitiu ( boa desculpa!). Hoje em dia, sem crianças, a casa dos meus pais é um brinco. Quero ver quando chegarem os netos...
Minha mãe costumava brincar que, se um ladrão entrasse e visse a casa revirada daquele jeito, ia pensar: " Xi, já assaltaram". E eu, sinceramente, gostava de ordem, tanto que volta e meia tirava o dia para arrumar tudo do zero - esvaziando gavetas e prateleiras, reodernando e classificando tudo. Era uma arrumação profunda, não uma ajeitada superficial. Até hoje tenho desejos de fazer algo parecido, e é aí que mora o perigo. Ou sendo menos dramática, esse é um dos motivos pelos quais não consigo arrumar nada.
Mas a bagunça tem muitos motivos. Em primeiro lugar a minha dificuldade em assimilar essa transição da vida de solteira à de casada + o fato de sair da casa dos meus pais para morar na minha casa. Costumo doar tudo o que não uso com frequencia, mas papéis, revistas e livros eu tenho uma dificuldade enorme. Ou porque acho que elas podem ser importantes algum dia para mim ou alguém mais, ou porque não quero gerar muito lixo ( reaproveitar é fundamental!). Outro problema é que eu conheço a bagunça muito bem e já me acostumei a localizar alguns ítens em seu lugar fora-do-comum. Além disso, sempre tenho outras coisas importantes e mais urgentes para fazer, que me impedem de tocar aquela operação-limpeza.
Mas nos últimos tempos evoluí em um ponto: não fico me torturando. Sim, a bagunça é horrível, opressiva, às vezes, contraproducente. Mas é o seguinte: ou se arruma ou se vive com ela. Que adianta passar dias pensando: "preciso arrumar, preciso arrumar" ? Querendo que tudo suma ou se ajeite sozinho, que a casa seja maior ou que tenha mais tempo....?
Admiro casas arrumadas, mas começo a desconfiar que a minha nunca vai ser uma delas. Quando chega o dia X, livre de compromissos, que eu esperei tanto e que poderia ser o dia da arrumação, eu acabo saindo com meu marido, com meus afilhados, amigos e outros programas fora de casa. Como me privar desse tempo vago para focar na faxina? E assim, vamos indo, até o dia em que nós todos possamos passar uma tarde divertida arrumando tudo juntos. Enquanto não acontece......... Pode reparar a bagunça, e desculpe qualquer coisa!
quarta-feira, abril 11, 2007
Voltei a Estudar...
Pensei em desistir algumas muitas vezes depois de me matricular na pós, mas com a cara e a coragem enfrentei. No alto dos meus 31 anos voltar à uma sala de aula me parecia, no mínimo, assustador. Primeiro porque não tenho mais o pique que tinha aos 16 anos, nem a disponibilidade para me reunir na casa dos outros e fazer trabalho em grupo, menos ainda tempo para estudar noites a fio, ao invés de curtir o peito do meu luv...
Mas encarei. Fui à primeira aula hoje, depois de exatamente 1 mês do início do curso. Me receberam muito bem e me surpreendi com o carinho daquelas pessoas que eu jamais tinha tido qualquer contato. Estou me sentindo com 16 anos, no primeiro ano da faculdade. No meio de apostilas, cds cheios de matérias, grupo de estudo na internet, livros, livros, livros e artigos.
Isso me renovou! Como eu jamais poderia imaginar... Me deu forças para acreditar que esse ano passará rapidinho e que daqui a pouco eu terei mais uma possibilidade no currículo.
Mas encarei. Fui à primeira aula hoje, depois de exatamente 1 mês do início do curso. Me receberam muito bem e me surpreendi com o carinho daquelas pessoas que eu jamais tinha tido qualquer contato. Estou me sentindo com 16 anos, no primeiro ano da faculdade. No meio de apostilas, cds cheios de matérias, grupo de estudo na internet, livros, livros, livros e artigos.
Isso me renovou! Como eu jamais poderia imaginar... Me deu forças para acreditar que esse ano passará rapidinho e que daqui a pouco eu terei mais uma possibilidade no currículo.
Nem oito, nem oitenta...
Tem dias que sou 8...
É quando acordo mal humorada, me sentindo menos gostosa, e assim, abandono todos os hábitos de que preciso para me sentir bem. Não passo hidratante no corpo por preguiça. Ignoro o filtro solar e o chapéu. Como muito e mal, causando desconforto profundo no meu estômago - que reclama fazendo barulhos horrorosos e indiscretos.
Deixo de estudar o que preciso, para dar vazão à minha carreira. Tenho dificuldade para acordar cedo e encarar um dia pesado no meu trabalho, que, afinal, é onde eu extravaso meus sentimentos e afasto meus fantasmas ocupando minha mente. O trabalho é o alimento da minha alma, já que através dele, conquistei minha independência: financeira e emocional.
Assisto TV, sem sequer prestar atenção no que está passando na tela. Ao mesmo tempo, coloco um cd para ouvir ( sem ouvir absolutamente nada), e abro um livro enquanto belisco algum biscoito. Deixo de aproveitar os momentos preciosos de solidão que tenho a cada dia, sem fazer nada de útil. Não consigo me concentrar em nada do que gostaria. Inconscientemente.
Gasto o que tenho sem planejamento ou poupança, alimentando minhas vontades momentâneas, incompatíveis com alguns planos de vida pro futuro que almejo. Me maltrato de um jeito silencioso - e obviamente, mais doloroso do que qualquer outro poderia ser.
Tem dias em que sou 80.
E vivo cada detalhe dos hábitos mais simples que adquiri e dos mais prazerosos. Acordo muito cedo, extremamente bem disposta e sigo para a academia. Tomo um café da manhã especial, com direito a tudo o que me faz sentir mais bonita, mais leve e de consciência tranquila.
Passo quarenta minutos dentro da banheira, sob a água morna que acaricia meu corpo, para, em seguida, esfoliar minha pele dentro do chuveiro e me lambuzar com aquele óleo de banho especial.
Consigo estudar o suficiente para dar andamento a projetos que trazem felicidade instântanea. Trabalho com tranqüilidade, concentradíssima nas melhores estratégias e mostro efetivamente o meu valor. Divido em etapas o meu tempo livre, para aproveitar cada minuto de um jeito gostoso, fazendo de cada dia uma celebração única da vida. Procrastinação? Quando sou 80, nem sei o que significa isso.
Gasto pouco ou quase nada, porque não preciso de compensações materiais. Não sinto a menor vontade de ir ao shopping. Me trato com afeto singular - e isso é mais do que perfeito.
Tem dias em que eu acordo assim, com uma grande consciência da minha inconstância. Peixes com ascendente em Gêmeos... Dizem que é por causa dos astros, mas confesso que desconheço.
Me perco e me envolvo nos meus pensamentos, quebrando a cabeça. Busco encontrar um jeito de ser aquela mulher de 30 anos, que consegue viver na zona segura entre o 8 e o 80, em algum lugar ali, pertinho dos 44 minutos do segundo tempo...
É quando acordo mal humorada, me sentindo menos gostosa, e assim, abandono todos os hábitos de que preciso para me sentir bem. Não passo hidratante no corpo por preguiça. Ignoro o filtro solar e o chapéu. Como muito e mal, causando desconforto profundo no meu estômago - que reclama fazendo barulhos horrorosos e indiscretos.
Deixo de estudar o que preciso, para dar vazão à minha carreira. Tenho dificuldade para acordar cedo e encarar um dia pesado no meu trabalho, que, afinal, é onde eu extravaso meus sentimentos e afasto meus fantasmas ocupando minha mente. O trabalho é o alimento da minha alma, já que através dele, conquistei minha independência: financeira e emocional.
Assisto TV, sem sequer prestar atenção no que está passando na tela. Ao mesmo tempo, coloco um cd para ouvir ( sem ouvir absolutamente nada), e abro um livro enquanto belisco algum biscoito. Deixo de aproveitar os momentos preciosos de solidão que tenho a cada dia, sem fazer nada de útil. Não consigo me concentrar em nada do que gostaria. Inconscientemente.
Gasto o que tenho sem planejamento ou poupança, alimentando minhas vontades momentâneas, incompatíveis com alguns planos de vida pro futuro que almejo. Me maltrato de um jeito silencioso - e obviamente, mais doloroso do que qualquer outro poderia ser.
Tem dias em que sou 80.
E vivo cada detalhe dos hábitos mais simples que adquiri e dos mais prazerosos. Acordo muito cedo, extremamente bem disposta e sigo para a academia. Tomo um café da manhã especial, com direito a tudo o que me faz sentir mais bonita, mais leve e de consciência tranquila.
Passo quarenta minutos dentro da banheira, sob a água morna que acaricia meu corpo, para, em seguida, esfoliar minha pele dentro do chuveiro e me lambuzar com aquele óleo de banho especial.
Consigo estudar o suficiente para dar andamento a projetos que trazem felicidade instântanea. Trabalho com tranqüilidade, concentradíssima nas melhores estratégias e mostro efetivamente o meu valor. Divido em etapas o meu tempo livre, para aproveitar cada minuto de um jeito gostoso, fazendo de cada dia uma celebração única da vida. Procrastinação? Quando sou 80, nem sei o que significa isso.
Gasto pouco ou quase nada, porque não preciso de compensações materiais. Não sinto a menor vontade de ir ao shopping. Me trato com afeto singular - e isso é mais do que perfeito.
Tem dias em que eu acordo assim, com uma grande consciência da minha inconstância. Peixes com ascendente em Gêmeos... Dizem que é por causa dos astros, mas confesso que desconheço.
Me perco e me envolvo nos meus pensamentos, quebrando a cabeça. Busco encontrar um jeito de ser aquela mulher de 30 anos, que consegue viver na zona segura entre o 8 e o 80, em algum lugar ali, pertinho dos 44 minutos do segundo tempo...
terça-feira, abril 10, 2007
Pequenos Prazeres...
O dia de folga foi especial. Juntos, furamos as paredes e penduramos os quadros, a cortina e os badulaques. Ligamos o som e dançamos grudados, separados e felizes - muito felizes! Nesses momentos simples e prazerosos fico emocionada. Emocionada por ter ao meu lado um homem que se mantém em pé apesar de tantas rasteiras, com um sorriso largo no rosto e uma infinidade de planos para o futuro comigo. Continuamos dançando e seguiremos assim, no ritmo que a música e a vida nos levar!
segunda-feira, abril 09, 2007
Apenas Palavras?
Esclarecendo antes de qualquer coisa, não, não foi comigo. Só que independente disso, é impossível não expressar um mínimo de reação, diante de determinadas coisas...
Como atualmente minhas amigas tem mencionado mantras para determinadas coisas, segue mais um: "Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas e que eu nunca deixe minha alegria ser abalada por palavras amargas."
Vou começar....
Existem pessoas estranhas aqui, ali, em todo lugar... Existem pessoas estranhas no mundo todo...
Agredir alguém, usar contra o outro o que ele só contou para você, tocar no ponto mais vulnerável daquela pessoa, naquilo de mais precioso que ela tem, numa espécie de prazer mórbido, doentio, revela o tamanho mínimo da sua cabecinha, um defeito no seu caráter, algum tipo de moléstia no seu coração. Cuidado!
As palavras têm poder! O quanto eu não sei, mas aprendi isso outro dia... Se você não puder usá-las para o bem, cale-se. Não se deixe dominar pelo desprezível mal costume de usar as palavras para ferir, magoar ou afrontar. As palavras levantam e também derrubam.
Se você as usa com essa finalidade, para derrubar, não se iluda. Em uma hora ou outra, elas poderão se levantar contra você e podem formar uma ferida que vai demorar muito mais para cicatrizar. MUITO mais mesmo. Simplesmente porque o veneno que corre no seu sangue vai (re)agir contra você e o feitiço vira contra o feiticeiro.
Então seria bom que as pessoas acordassem a tempo. E evitassem morrer, mais cedo ou mais tarde, por conta do seu próprio veneno.
Como atualmente minhas amigas tem mencionado mantras para determinadas coisas, segue mais um: "Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas e que eu nunca deixe minha alegria ser abalada por palavras amargas."
Vou começar....
Existem pessoas estranhas aqui, ali, em todo lugar... Existem pessoas estranhas no mundo todo...
Agredir alguém, usar contra o outro o que ele só contou para você, tocar no ponto mais vulnerável daquela pessoa, naquilo de mais precioso que ela tem, numa espécie de prazer mórbido, doentio, revela o tamanho mínimo da sua cabecinha, um defeito no seu caráter, algum tipo de moléstia no seu coração. Cuidado!
As palavras têm poder! O quanto eu não sei, mas aprendi isso outro dia... Se você não puder usá-las para o bem, cale-se. Não se deixe dominar pelo desprezível mal costume de usar as palavras para ferir, magoar ou afrontar. As palavras levantam e também derrubam.
Se você as usa com essa finalidade, para derrubar, não se iluda. Em uma hora ou outra, elas poderão se levantar contra você e podem formar uma ferida que vai demorar muito mais para cicatrizar. MUITO mais mesmo. Simplesmente porque o veneno que corre no seu sangue vai (re)agir contra você e o feitiço vira contra o feiticeiro.
Então seria bom que as pessoas acordassem a tempo. E evitassem morrer, mais cedo ou mais tarde, por conta do seu próprio veneno.
domingo, abril 08, 2007
Ovos coloridos...
O coelhinho da Páscoa não me trouxe o que eu queria, mas ter ido para a praia me deixou mais leve. Também, sem chocolates, sem ovinhos coloridos, sem nada que pudesse detonar minha dieta, aproveitei o sol. Cada mergulho que eu dava, mais renovada me sentia! E não ter hora de voltar para casa foi fundamental para aproveitar cada momento... Desliguei os celulares e dei esse tempo apenas para mim.
Quando voltei para o carro e abri a mala para guardar a barraca, surpresa! A mala estava lotada de bombons, caixas de confetes, barras e ovos coloridos e de chocolate. Para variar, não tive uma reação das mais esperadas. Dei um ataque! Minha dieta iria prás cucuias e eu não conseguiria comer tudo aquilo jamais. Para que gastar tanto dinheiro em tanto chocolate? Por quê não investir essa grana com uma viagem para ficarmos apenas nós dois? Por quê? Por quê? Por quê? Definitivamente não sou chocólatra e meu romantismo já não é o mesmo!
Chegamos em casa e o corredor logo atrás da porta estava com um caminho de ovinhos coloridos para o meu quarto, e na cama, chocolates maravilhosos da marca que eu adoro. Nossa... Como ele conseguiu fazer isso sem que eu visse ou desconfiasse? Pintou todos os ovinhos, um a um, com as cores que eu mais gosto e preparou com tanto zelo e cuidado, que me conquistou como se fosse a primeira noite do resto de nossas vidas.
Quando voltei para o carro e abri a mala para guardar a barraca, surpresa! A mala estava lotada de bombons, caixas de confetes, barras e ovos coloridos e de chocolate. Para variar, não tive uma reação das mais esperadas. Dei um ataque! Minha dieta iria prás cucuias e eu não conseguiria comer tudo aquilo jamais. Para que gastar tanto dinheiro em tanto chocolate? Por quê não investir essa grana com uma viagem para ficarmos apenas nós dois? Por quê? Por quê? Por quê? Definitivamente não sou chocólatra e meu romantismo já não é o mesmo!
Chegamos em casa e o corredor logo atrás da porta estava com um caminho de ovinhos coloridos para o meu quarto, e na cama, chocolates maravilhosos da marca que eu adoro. Nossa... Como ele conseguiu fazer isso sem que eu visse ou desconfiasse? Pintou todos os ovinhos, um a um, com as cores que eu mais gosto e preparou com tanto zelo e cuidado, que me conquistou como se fosse a primeira noite do resto de nossas vidas.
sábado, abril 07, 2007
Inquietudes...
Não consigo ficar parada muito tempo, e também não sei comer comida fria. Prefiro queimar minha língua com a comida quente, do que ficar vendo o tempo passar. Não sei (nem gosto) de esperar por algo que eu posso resolver, mas não consigo. Porque na verdade, eu gosto tanto de novidades quanto gosto de feijão com arroz e batata frita.
No meu caso, essa ansiedade combina perfeitamente com a minha indecisão. Eu fico sem saber o que vou fazer daqui a pouco e menos ainda o que farei amanhã. Talvez eu prefira deixar o amanhã para amanhã e prefira viver meu presente, pelo menos por enquanto. Mas e depois? Eu não aprendi a viver sem pesar, sem pensar, sem ponderar, sem ansiar e sem atropelar. Por um lado isso é muito bom, mas por outro...........
Quem sabe, eu seja mesmo essa mulher de 30 anos, que queria morar dentro de uma redoma para sempre, protegida dos problemas reais e das incertezas diárias? A mulher de 30 que adora comer arroz com feijão e batata frita.
Só que eu sempre critiquei quem vive apenas olhando por cima do muro, para a casa dos outros, e esquece de olhar para seu próprio terreno. Por isso, guardei meu banquinho e sigo brincando de viver minha vida, um dia de cada vez. Amanhã eu penso no dia de amanhã. E depois de amanhã, fica para depois.
No meu caso, essa ansiedade combina perfeitamente com a minha indecisão. Eu fico sem saber o que vou fazer daqui a pouco e menos ainda o que farei amanhã. Talvez eu prefira deixar o amanhã para amanhã e prefira viver meu presente, pelo menos por enquanto. Mas e depois? Eu não aprendi a viver sem pesar, sem pensar, sem ponderar, sem ansiar e sem atropelar. Por um lado isso é muito bom, mas por outro...........
Quem sabe, eu seja mesmo essa mulher de 30 anos, que queria morar dentro de uma redoma para sempre, protegida dos problemas reais e das incertezas diárias? A mulher de 30 que adora comer arroz com feijão e batata frita.
Só que eu sempre critiquei quem vive apenas olhando por cima do muro, para a casa dos outros, e esquece de olhar para seu próprio terreno. Por isso, guardei meu banquinho e sigo brincando de viver minha vida, um dia de cada vez. Amanhã eu penso no dia de amanhã. E depois de amanhã, fica para depois.
sexta-feira, abril 06, 2007
Com todas as letras...
Hoje ela foi surpreendida! Exatamente quando menos esperava, ele se declarou e disse que quer vê-la no domingo, quando voltar para casa. Em meio à crise nacional dos controladores de vôo, ele espera que sua conexão atrase e o tempo de espera seja o suficiente para os dois se encontrarem.
Depois de tantos anos e de tantas oportunidades que tiveram e desperdiçaram, essa sem dúvida, é a mais impressionante. Parece que eles vão se encontrar sim, e terão tempo suficiente para se olharem nos olhos e discutirem a relação. Ou não. Só quem saberá são eles dois e mais ninguém. Que assim seja. Que sejam felizes para sempre ou até onde eles quiserem ir.
quinta-feira, abril 05, 2007
Justiça... Existe mesmo?
Nunca fui boa em falar sobre tristeza, menos ainda em escrever sobre coisas tristes. Porque sempre acreditei que meu sorriso e minha felicidade poderiam ser maiores que tudo. Mas é aí que dias como esses chegam e você não sabe o que fazer... E nem muito menos o que falar. Principalmente se a pessoa que está sofrendo é quem você ama.
Foi aí que eu encontrei alguém, que já disse o que eu sinto, através de poucas palavras e muito sentimento. Então, eu pensei... Por que não mostrar pra quem quiser ler, que essa mulher de 30 que vos escreve, também pode ser lágrima e um pouco de angústia?
Pela janela consigo ver o céu azul, o sol brilhando lá fora, e as folhas das árvores caindo. Natural, afinal estamos em pleno outono. O dia está lindo e dentro da minha casa sinto frio e tenho um certo medo. Meu coração normalmente estava calmo em dias assim. Só que meus olhos parecem não conseguir mais transmitir beleza alguma para dentro de mim. E de repente, sem aviso prévio, as lágrimas começam a cair.
Existem mágoas difíceis de serem administradas, que invadem nossos corpos de tristeza e amargura, nos fazendo agonizar, ansiando para que acabem logo. Não há controle, não há alivio. Apenas dor, como um câncer que se encontra em metástase iminente. Estas dores se tornam mais presentes a cada dia de forma vigorosa, mostrando de maneira clara que o passado nada mais é que um pedaço vivo do presente.
Olho ao meu redor e vejo alguns amigos necessitando de ajuda. Vou ao encontro deles, mas sem compreender direito quem será ajudado no final das contas. Quando consigo perceber, eu já estou deixando ali um guia teórico para quem quiser pegar. Enquanto isso meu coração apertado grita, pedindo socorro.
Quando estão mais tranqüilos, eu respondo com um sorriso de quem vive feliz, plenamente. Assim se passaram seis anos e nada mudou. Então saio e olho para o céu, tentando buscar uma resposta, uma esperança. Ainda que não saiba o que virá daqui para frente.
Decidi ir para a praia. O mar me acalma e permaneço ali, por horas, me questionando. Procuro aceitar algumas brutalidades e maldades que fazem conosco, como uma lição, um aprendizado. Não entendo os motivos, e nem quero entender. Porém, como em todos os ciclos, ele se repete. E nesse momento, o que eu mais queria era entrar em processo de isolamento. Não sei sorrir quando estou triste. Não sei disfarçar que está tudo bem. Não consigo lidar numa boa com injustiças. Não há resguardo, nem amparo nesse momento, sou eu sozinha, sou eu com ele, e apenas nós dois nos segurando para não cairmos.
Agora, eu preciso de paz. Paz de espírito. Preciso de um alívio, uma folga disso tudo. Tem me consumido e me sufoca. O silêncio dita minhas noites, quando vou dormir sozinha. Penso apenas no meu desespero em não conseguir solução para esse problema que se estende há seis longos anos. Preciso de uma noite em que eu possa fechar meus olhos e não sentir o peso do mundo nas minhas costas. Nem nas minhas e nem nas dele.
Foi aí que eu encontrei alguém, que já disse o que eu sinto, através de poucas palavras e muito sentimento. Então, eu pensei... Por que não mostrar pra quem quiser ler, que essa mulher de 30 que vos escreve, também pode ser lágrima e um pouco de angústia?
Pela janela consigo ver o céu azul, o sol brilhando lá fora, e as folhas das árvores caindo. Natural, afinal estamos em pleno outono. O dia está lindo e dentro da minha casa sinto frio e tenho um certo medo. Meu coração normalmente estava calmo em dias assim. Só que meus olhos parecem não conseguir mais transmitir beleza alguma para dentro de mim. E de repente, sem aviso prévio, as lágrimas começam a cair.
Existem mágoas difíceis de serem administradas, que invadem nossos corpos de tristeza e amargura, nos fazendo agonizar, ansiando para que acabem logo. Não há controle, não há alivio. Apenas dor, como um câncer que se encontra em metástase iminente. Estas dores se tornam mais presentes a cada dia de forma vigorosa, mostrando de maneira clara que o passado nada mais é que um pedaço vivo do presente.
Olho ao meu redor e vejo alguns amigos necessitando de ajuda. Vou ao encontro deles, mas sem compreender direito quem será ajudado no final das contas. Quando consigo perceber, eu já estou deixando ali um guia teórico para quem quiser pegar. Enquanto isso meu coração apertado grita, pedindo socorro.
Quando estão mais tranqüilos, eu respondo com um sorriso de quem vive feliz, plenamente. Assim se passaram seis anos e nada mudou. Então saio e olho para o céu, tentando buscar uma resposta, uma esperança. Ainda que não saiba o que virá daqui para frente.
Decidi ir para a praia. O mar me acalma e permaneço ali, por horas, me questionando. Procuro aceitar algumas brutalidades e maldades que fazem conosco, como uma lição, um aprendizado. Não entendo os motivos, e nem quero entender. Porém, como em todos os ciclos, ele se repete. E nesse momento, o que eu mais queria era entrar em processo de isolamento. Não sei sorrir quando estou triste. Não sei disfarçar que está tudo bem. Não consigo lidar numa boa com injustiças. Não há resguardo, nem amparo nesse momento, sou eu sozinha, sou eu com ele, e apenas nós dois nos segurando para não cairmos.
Agora, eu preciso de paz. Paz de espírito. Preciso de um alívio, uma folga disso tudo. Tem me consumido e me sufoca. O silêncio dita minhas noites, quando vou dormir sozinha. Penso apenas no meu desespero em não conseguir solução para esse problema que se estende há seis longos anos. Preciso de uma noite em que eu possa fechar meus olhos e não sentir o peso do mundo nas minhas costas. Nem nas minhas e nem nas dele.
quarta-feira, abril 04, 2007
Devagar, quase parando...
Todos os textos que escrevi sobre Divórcio, Separações, Fins e Afins, estão no meu blog mais íntimo e pessoal.
Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!
Para Ler sobre os Fins e Afins!
Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!
Para Ler sobre os Fins e Afins!
Oras bolas...
Nada como um dia após o outro... Foi bom demais e custei a acreditar que o problema da última quinta-feira, se resolveu em menos de uma semana. Melhor ainda, sem qualquer atitude minha para revertê-lo... Não precisei nem me meter no problema. As cobras se atacaram sozinhas e o ninho se dissolveu. Agora, eu pago prá ver, de camarote!
terça-feira, abril 03, 2007
Fraquezas ou Franquezas?
"Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso - Nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...
Há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas.
Você já viu como um touro castrado se transforma em boi? Assim fiquei eu...Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força.
Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão!!
Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma".
Clarice Lispector
-------------------------------------------------------------------
Clarice, para variar, me dando muitas respostas para o que tenho questionado ultimamente. Pode ser um defeito enorme o meu excesso de franqueza, como também pode ser encarado como uma qualidade ímpar. Essa coisa de não conseguir segurar para mim o que eu penso, de ter que colocar pra fora o que estava guardadinho até então e de ter que deixar sempre tudo muito claro, para quem quiser ouvir assusta. Para quem não quiser ouvir também...
Eu sou assim. Sempre fui assim. Isso faz parte de mim desde pequena, e não posso simplesmente me moldar de uma hora para outra. Nem quero... É claro que me causa alguns problemas, mas não posso criar um personagem em cima do que não sou... Tento apenas não me expor. Ou tento expor o que sinto e penso para quem me conhece realmente. Tento. Apenas tento. Isso não quer dizer que consiga.
Se quiserem me conhecer, conheçam-me exatamente como sou... Com todos os meus defeitos e todas as minhas qualidades, mas sempre sincera, acima de tudo. Com os outros e principalmente, comigo mesma... Em qualquer situação, seja lá qual for.
Há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas.
Você já viu como um touro castrado se transforma em boi? Assim fiquei eu...Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força.
Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão!!
Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma".
Clarice Lispector
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Clarice, para variar, me dando muitas respostas para o que tenho questionado ultimamente. Pode ser um defeito enorme o meu excesso de franqueza, como também pode ser encarado como uma qualidade ímpar. Essa coisa de não conseguir segurar para mim o que eu penso, de ter que colocar pra fora o que estava guardadinho até então e de ter que deixar sempre tudo muito claro, para quem quiser ouvir assusta. Para quem não quiser ouvir também...
Eu sou assim. Sempre fui assim. Isso faz parte de mim desde pequena, e não posso simplesmente me moldar de uma hora para outra. Nem quero... É claro que me causa alguns problemas, mas não posso criar um personagem em cima do que não sou... Tento apenas não me expor. Ou tento expor o que sinto e penso para quem me conhece realmente. Tento. Apenas tento. Isso não quer dizer que consiga.
Se quiserem me conhecer, conheçam-me exatamente como sou... Com todos os meus defeitos e todas as minhas qualidades, mas sempre sincera, acima de tudo. Com os outros e principalmente, comigo mesma... Em qualquer situação, seja lá qual for.
segunda-feira, abril 02, 2007
Pets...
Final da tarde de domingo, reuniãozinha na casa da M. para conhecermos sua mais nova companheira. Lola! Linda! Mínima, absurdamente delicada, frágil com apenas 1 mês e meio de idade, arteira, e toda carinhosa com as visitas.
Me encantei! Jamais havia imaginado que um dia me encantaria por um cachorro de porte pequeno. Menos ainda por um Buldogue Francês.
Já tive dálmatas, pastor alemão, pastor canadense, pastor belga, akita, e queria muito um rottweiller. Marido vetou. Por motivos que vão desde o pouco espaço para criar um cachorro do porte dele em apartamento, ao fato de ficarmos na dependência quando viajássemos para onde quiséssemos.
Só que a Lola nos surpreendeu. Tanto eu como ele, ficamos impressionados com aquela criaturinha tamanho P, e nos empolgamos quando soubemos que da ninhada da Lola, ainda havia sobrado uma fêmea dourada.
Achei mais linda quando vi na fotografia.
Que vontade me deu de ligar hoje mesmo para a dona dos cachorrinhos!!!! Só que ao mesmo tempo, milhares de coisas começaram a pipocar na minha cabeça. Nas viagens, onde deixaríamos nossa cã? Quem cuidaria dela na nossa ausência? Quanto se gasta mensalmente com uma cã do porte dela? Como seriam nossas vidas com essa aquisição para a vida toda?
Quanta responsabilidade!!!!
Estou pensando nos prós e nos contras, mas confesso que mexeu comigo!
Me encantei! Jamais havia imaginado que um dia me encantaria por um cachorro de porte pequeno. Menos ainda por um Buldogue Francês.
Já tive dálmatas, pastor alemão, pastor canadense, pastor belga, akita, e queria muito um rottweiller. Marido vetou. Por motivos que vão desde o pouco espaço para criar um cachorro do porte dele em apartamento, ao fato de ficarmos na dependência quando viajássemos para onde quiséssemos.
Só que a Lola nos surpreendeu. Tanto eu como ele, ficamos impressionados com aquela criaturinha tamanho P, e nos empolgamos quando soubemos que da ninhada da Lola, ainda havia sobrado uma fêmea dourada.
Achei mais linda quando vi na fotografia.
Que vontade me deu de ligar hoje mesmo para a dona dos cachorrinhos!!!! Só que ao mesmo tempo, milhares de coisas começaram a pipocar na minha cabeça. Nas viagens, onde deixaríamos nossa cã? Quem cuidaria dela na nossa ausência? Quanto se gasta mensalmente com uma cã do porte dela? Como seriam nossas vidas com essa aquisição para a vida toda?
Quanta responsabilidade!!!!
Estou pensando nos prós e nos contras, mas confesso que mexeu comigo!
domingo, abril 01, 2007
Basicamente...
Das coisas boas, as melhores são as que se complementam no todo e nos detalhes. E são nesses detalhes que eu te admiro, babo, me surpreendo, adoro, e só você sabe como fazer melhor.
Porque eu me apaixonei por detalhes seus, que fizeram a diferença na minha vida. Te amar é apenas mais um detalhe. Bom mesmo é ser amada por você. Em todos os detalhes e em todo o resto.
As fotos que tirei enquanto você fazia suas artes ficaram lindas. Tudo registrado. O dia foi perfeito e te ver todo sujo de tinta me deixou orgulhosa. No baú que construiu para mim, nos armários que pintou para aproveitarmos na lavanderia, na estante de ferro que era escura e ficou branca. Perfeita para o quarto azul. Perfeita para a nossa casa.
São detalhes que fazem toda a diferença. Do seu lado me sinto protegida e cuidada. Nos mínimos detalhes. Em todos os detalhes.
Porque para te amar, o detalhe foi perceber em tudo, o sorriso que eu tanto procurava. Você soube me mostrar o caminho para encontrá-lo e não perdê-lo mais diante de qualquer dificuldade.
Só você mesmo!
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