Com o passar do tempo, usamos a palavra "relativo" com tanta freqüência que nos perguntamos, de que modo, surgiu a palavra "absoluto". A percepção de tudo pode mudar, de acordo com as circunstâncias e com os olhos de quem vê.
O que num momento parece natural, no outro pode causar repulsa. O defeito que atrai alguém pode ser o mesmo que repele outro. A verdade é relativa, depende do ponto de vista de quem a analisa. A beleza, então, nem se fala: Tem gosto para tudo, do amarelo aos mais esquisitos tons de violeta.
Até o passar do tempo, absoluto por essência, é assim. Dois minutos numa fila para pagar um banco parecem séculos, duas horas de espera para pegar um avião, rumo a um paraíso, passam desapercebidos. A única certeza absoluta, então, é a de que tudo é relativo. E, diante disso, é inevitável perguntar: Num mundo relativo, há espaço para certo e errado?
O que, para o mundo parece errado, para duas pessoas pode parecer certo? O que, para uma pessoa é certo, para o mundo pode parecer errado? Que parâmetros, afinal, temos nos dias do hoje, para fazer nossas escolhas? Parece que certo, certíssimo, é aquilo que faz o coração cantar, apesar de ninguém estar ouvindo.
Certo é o que traz lágrimas aos olhos, em momentos da mais pura satisfação e felicidade. Certo é o que traz alívio, segurança, plenitude. Mais do que tudo, certo é o que não agride a nossa essência, não vai contra os nossos principios. E errado é tudo o que nos impede dessas sensações. Até inventarem novos e satisfatórios critérios para definição.
Enquanto isso as expressões, "até o fim", "para sempre", "jamais", "nunca", e a tal da "despedida", podem ser interpretados como relativos...
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