terça-feira, fevereiro 12, 2008

O mundo gira, gira, gira...


Sempre vai existir um objetivo ou uma meta que procuramos alcançar.

Pode ser a menos lógica, ou aquela que nos dizem que é a mais acertada; pode até nem ser a que nos vai fazer mais feliz. Mas temos que ter sempre uma meta a atingir, nos inúmeros desafios da vida. Sim, muito bonito na teoria.

É impressionante, mas por mais que lutemos contra, nos sentimos atraídos para os desafios que de certa forma, nos chamam a atenção diariamente.

Às vezes dedicamos tempo, dinheiro, energia, para tentarmos alcançá-los, vivemos em busca desse objetivo para atingir aquela meta que achamos que vai nos trazer a glória que procurávamos [ou que alguém nos convenceu de que seria uma glória, mas lá no fundo, sabemos que não representa muita coisa].

Tudo se resume na motivação que encontramos. Se um dos nossos sonhos começa a nos assustar, provavelmente ele se perderá no meio do caminho e perderemos a motivação para seguir em frente - acabamos procurando outro.

Mas será que perseguimos os objetivos que realmente queremos, e será que a meta que estamos buscando nos levará ao pódio? E se formos interrompidos, será um sinal de que não era esse o nosso destino, ou que estávamos no caminho errado?

Gostaria de voltar alguns anos atrás, mais precisamente sete anos, para saber se ainda sobrou parte daquela poção mágica que encontrei. Não sei bem onde, e não sei bem como, mas que me fez discernir os meus objetivos, desistir de alguns e me dedicar a outros.

Para o mundo foi uma pequena conquista, mas para mim foi o maior passo que dei, o de maior coragem até então. Pensei que essa poção mágica seria vitalícia, mas acabou.

Deve ser por isso que dói tanto não conseguir repetir a proeza. Queria aquela poção mágica que me deram há sete anos atrás!

Porque não a encontro? Cansaço? Preguiça? Será o medo de chegar a um patamar, atingir uma meta e aí, tudo mudar novamente? O que será que temos de perder para voltar a ter as rédeas da situação?

Por alguns momentos tenho certeza de que tudo o que escrevi é pura teoria. Em outros, é como se eu soubesse que tudo deveria ser dessa forma, mas não é assim que acontece, nem eu cumpri tudo o que me dispus, nem partilhei toda a felicidade que alcancei, e que procurei noutro lugar. Dei o meu poder, deixei de lado e perdi as rédeas na minha vida. Enfim...

Eu escrevo sobre as crises da minha vida e a dos outros como gostaria que elas fossem ou escrevo como elas são realmente?

Geralmente as pessoas preferem acreditar que aquilo é de um jeito, mas nunca foi. Só é daquele jeito porque querem enxergar dessa forma. Adoçam umas coisas, temperam outras, apimentam daqui e salgam dali, porque talvez seja menos pesado encarar os fatos reais - a vida tem que ser vivida assim, com um pouco de sonhos e ilusões no meio da dura realidade com que se deparam, ou já se depararam a tempos, e só estão querendo se preservar.

Às vezes conseguem usar a poção mágica, outras vezes optam por um escudo de defesa.

Sei que o primeiro é mais eficiente, mas atualmente, me contento com o segundo - apesar de não saber o por quê, o escudo não protege nem meus pés...

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