quarta-feira, janeiro 31, 2007

Queria estar ao seu lado agora!


Depois de muita conversa escrita, me bateu uma vontade de pegar um avião e voar até você... Alguns anos atrás, eu acho que não pensaria duas vezes, mas hoje, penso na reunião que terei no trabalho às 08h da madrugada - daqui a pouco - e desisto das minhas idéias insanas e impulsivas. Não bastava falar no telefone. Queria mais. Queria te dar um abraço forte e poder olhar nos seus olhos, para que vc percebesse o que eu estava sentindo nesse momento... Por quê estamos tão longe? Por quê tantos km nos separam logo hoje? Falar com vc, mesmo que através do computador, faz diferença para mim. Isso é bom demais, mas ainda preferia olhar nos seus olhos e estar ao seu lado.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Feitiço do Tempo...

Uma das melhores sensações que eu já experimentei algumas muitas vezes é a de dever cumprido. Expectativas atendidas e superadas. Costas sem peso. Sorriso fácil no rosto. Uma certa dorzinha nas pernas, que insistiram em permanecer ao longo do dia. Cansaço bom que nos lembra que o dia terminou e muito se fez, muito se produziu, muito se disse e muito se escutou.

Vale a pena não tapar os ouvidos para o despertador e levantar na hora. Quem me conhece sabe o quanto isso é difícil para mim... Vale a pena não fazer vista grossa para a cama desarrumada, criar coragem e colocá-la em ordem. Ela é que te receberá na volta, então melhor que te receba bonita, limpinha e esticadinha. Vale a pena tomar café preto com leite, pão com gergelim e uma frutinha para acordar o organismo. Vale a pena descer as escadas e ter destino certo: seja um trabalho, seja um estudo, seja uma praia, seja para levar as crianças ao colégio. Vale a pena ter acordado para alguma coisa.

Quantas coisas as quais apenas chamamos de rotina são importantes e preciosas para termos uma vida saudável e atribulada? É bom ter uma rotina para chamar de sua. É bom ter um emprego para chamar de seu. É bom ter uma função a ser desempenhada, ainda que lá embaixo de toda a hierarquia. É bom ter um papel definido a ser exercido, ainda que dentro de casa. Do contrário, a cabeça vaga. Do contrário, pensamentos desocupados imperam. Do contrário, a insatisfação se instala. E quando você menos percebe você não está mais vivendo, está se arrastando, engordando, vivendo a vida dos outros e esquecendo da sua.

Viver pressupõe estar alerta, ativo, falante, ainda que se fale apenas com o brilho dos olhos ou com o toque da mão. Viver pressupõe estar inserido em um grupo, em qualquer grupo que seja. Que seja família, que seja o trabalho, que sejam amigos, mas que em todos eles você se sinta amado, querido e útil. Viver é como atuar, só que o palco de quem vive a vida real não é o palco dos teatros e casas de shows. É o seu carro, sua mesa de café da manhã, seu almoço com os colegas do escritório, sua consulta ao médico, seu choppinho amigo depois do trabalho, o engarrafamento, o elevador que você toma ao chegar em casa, o beijo que dá no marido, o abraço forte que dá na mulher, o cafuné que você faz no seu filho, no seu cachorro, nas suas plantas.

Rotina não tem a ver com tédio, nem com mesmice. Rotina é vida. Sua vida, todos os dias! Se a rotina será prazerosa, gostosa e se você chegará em casa na maior parte de seus dias satisfeito, de bem com a vida e com a tal sensação de dever cumprido, ah, isso eu não posso escrever aqui. Só você é quem pode dizer se tem se empenhado em fazer esta realidade possível. Por quê não se dar oportunidade de ver o lado bom das coisas? Tudo depende de como vamos receber aquelas informações... As boas, as ruins e as que não importam...

Eu busco viver meus dias intensamente, independente dos problemas que insistem em me atormentar, das picuinhas que os outros criam no trabalho, e de todos os obstáculos que possam aparecer pela frente. Estou numa fase meio romântica, enxergando a vida num tom mais cor de rosa, e descartando o que realmente não me faz bem nem me interessa. Nada como um dia após o outro... Pode parecer clichê, mas é a realidade nua e crua.

Normalmente nos questionamos quando algo não está tomando o rumo que gostaríamos que tomasse, e muitas das vezes não entendemos o por quê de tudo isso estar acontecendo conosco... Sinceramente? Aprendi, a duras penas, e por longos dois anos, que se estamos passando por isso ou aquilo, é porque temos forças para ultrapassar essas barreiras e amadurecer de alguma forma. Sou e estou muito, muito, muito feliz!

O tempo está voando e parece que as coisas vão realmente começar lá no trabalho... Finalmente!!! Tudo bem que emprego público tem outro ritmo se comparar com o privado, mas para me adaptar, demorei um tempinho - Ô povinho para deixar tudo prá ontem... Talvez eu tenha demorado me acostumar com essa lenga lenga o mesmo tempo que demorou para chegar todo o material de trabalho...

Faltam apenas dois meses para acabar o prazo da entrega da documentação para a auditoria e isso está mexendo comigo... Duro ver a falta de comprometimento das pessoas que não tem noção do que é sério e pior, saber que ou trabalho sozinha ou nada ficará pronto até o prazo... Cansa... Dai-me sabedoria!

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Serendipity - "Uma feliz casualidade..."

Todos os textos que escrevi sobre Divórcio, Separações, Fins e Afins, estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre os Fins e Afins!

domingo, janeiro 28, 2007

Certezas acertadas...

Forte! Ela tem uma força indiscritível em suas palavras. Cada vez que abre seu sorriso largo, transmite energia boa e espontaneidade para todos que a cercam, e que convivem com ela no seu dia a dia.

Por trás do rostinho delicado e do seu jeito peculiar de enxergar a bondade em tudo e em todos, também sabe lutar por aquilo que lhe pertence de fato. Impressionante como não recua por nada. Obstinada, vai até o fim quando acredita.

Sabe o que é seu de direito, e não acredita que a injustiça impere. Até porque para ela só há uma única força maior que a sua palavra. A própria justiça.

E como seu próprio parceiro de aventuras lhe alertou algumas vezes: “ És a moça do sorriso longo, que luta por tudo que tem direito. Cada gota de felicidade que lhe pertence não é perdida. Confiante e radiante segue contagiando a todos. Possui uma luz intensa, como o brilho da água sobre a grama orvalhada. Assim essa mulher de trinta, segue seu caminho, cheia de sorrisos e alegria.”

Que assim seja!

sábado, janeiro 27, 2007

Receitinha...

Eu tenho uma receita de felicidade que qualquer um pode copiar e colar no seu livro de receitas para a vida. Esse livro existe? O meu é único, mas confesso que pulei algumas páginas e não utilizo nenhum manual.

Claro que em alguns momentos, é complicado pensar dessa forma e levar ao pé da letra a receitinha, mas tudo depende de como enfrentamos os nossos problemas.

Primeira etapa: Nos momentos importantes, em que o foco tem que ser outro, esqueça aquilo que você não conseguiu conquistar ou realizar. O príncipe dos seus sonhos. Os filhos perfeitos. O carro novinho. Os amigos numerosíssimos e leais. O corpo sarado. O emprego que você sempre quis. O apartamento bem localizado...

Segunda etapa: Deixe tudo isso para trás. Pense nas conquistas que você efetivamente fez.

Terceira etapa: Pense nas histórias de amor que escrevem parte do teu passado, de quem você é. Em todas as viagens que já fez para lugares simples ou exóticos. Na primeira bicicleta sem rodinhas, brilhando com um laço vermelho, um dia depois do natal. Naquela meia dúzia de amigos com quem você pode contar a qualquer hora do dia ou da noite, sem qualquer constrangimento. No seu apertamento, onde estão entulhadas tantas lembranças de momentos felizes e tristes...

Quarta etapa: Saboreie o que tem. A felicidade é aqui e agora e depende de nós mesmos. É feijão com arroz, regado à champagne. É amar o "sapo" e assumir que ele a faz feliz. É pacote completo. É a vida real. O resto não conta. Nem nas novelas, nem nos filmes, nem nos livros, nem nos blogs.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

A minha mesa ou a sua?

Para mim, se tem alguma coisa na vida que facilita o entendimento de muitas coisas ditas é a metáfora. Pode ser em casa, no trabalho, passando pela mesa de chopp no happy hour com os amigos, todos usam metáforas para expressar alguma idéia. Pois bem. A minha predileta é a de que a vida da gente funciona como uma mesa.

A vida da gente também é sustentada por quatro pés que são a família, o trabalho, os amigos, e, é claro, alguém pra chamar de "seu". Seu namorado, seu marido, seu companheiro, seu affair, enfim, "seu", mas peralá, não vamos trair nosso bom-senso e confundir o simples emprego desse pronome possessivo com sentimento de posse. Isso é uma outra história. Para outro dia...

Quando todos esses núcleos de relacionamento vão bem, a gente dorme e acorda sorrindo, tudo corre bem, afinal, como dizia Voltaire, "tudo de bom ocorre às pessoas com disposição alegre". Nossa mesa está de pé. Pelo menos a minha fica de pé quando tudo está fluindo bem em todos os "setores" já ditos.

Mas façamos uma experiência: se tirarmos uma das quatro pernas de uma mesa, é possível que ela permaneça de pé, mas vai ficar meio bamba ou não vai? Com a gente me parece que também é assim. O nosso equilíbrio emocional só se verifica quando, pelo menos, três dos quatro pés da nossa mesa se mostram firmes, bem resolvidos. Quando nossa mesa fica equilibrada.

Se o problema é em casa, você pega o telefone, liga pro melhor amigo para uma sessão divã, mergulha no trabalho pra não pensar, se aninha nos braços do "seu" à noite e esquece o problema naquele momento, até que tudo se resolva. Você ainda está de pé.

Se o problema é com um amigo, você volta pra casa se sentindo meio mal e, até resolver o "pobrema", se aconselha com sua mãe que tem alguns anos de experiência na sua frente, mergulha no trabalho pra não pensar e porque tem prazo pra cumprir, se aninha nos braços do "seu" à noite e se promete pensar numa solução para o desentendimento. Você ainda está de pé.

Se o problema é no trabalho, conversa com seus pais, com seus tios, que já tiveram problemas assim e foram bem sucedidos, toma um chopp com ninguém mais, ninguém menos, que seus amigos e coloca o problema na pauta para debate, conversa com o "seu" e depois nos braços dele se aninha. Confortada com o apoio da família, dos amigos e do "seu", você acorda no dia seguinte com a pilha renovada pra resolver o problema no emprego ou buscar outro, se for o caso. Você ainda está de pé.

Se o problema é com o "seu" (seu namorado, seu marido, aquele em quem você se aninha ou vice versa), tudo bem, você vai acordar com um aperto no peito, que jeito tem? Mas liga pra sua melhor amiga, troca aquela idéia. Juntas vocês verão quem foi que vacilou primeiro e tudo já começa a clarear. Mergulha no trabalho pra não pensar, pra cumprir o prazo e pra ganhar dinheiro, afinal, você tem que pagar aquele par de sapatos ma-ra-vi-lho-sos que acabou comprando na loja ao lado do restaurante em que foi almoçar com os colegas do escritório. Chega em casa, dá um beijo no seu pai, na sua mãe, no seu irmão, no seu cachorro, na sua vó, que família animada! E sente-se fortalecida para ligar para o "seu" e pedir desculpas ou escutar as desculpas dele.

Tente, de uma só vez, quebrar duas pernas de uma mesa: alguma dúvida de que ela vai ao chão? Agora, tente se imaginar tendo problemas, no mesmo dia, com duas ou três dessas pernas da sua vida: a sensação não é outra que não a de ir ao chão? Mas ainda bem que do chão não passa. Ufa!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Que atire a primeira pedra que estiver pela frente!

Em meio àquela minha faxina de final de ano/início de ano novo, encontrei um monte de coisas que fizeram parte da minha vida, que nem fazem mais e talvez, nem farão... Sentada no chão no meio das caixas, encontrei fotos, anotações, bilhetes, e aquilo tudo me fez voltar ao tempo, recordar e perceber muitas lembranças que vêm à tona diante daquele material todo guardado... Será que vai ser a mesma lembrança se eu me desfizer de tudo aquilo e ficar apenas com a cabeça cheia de memórias da minha adolescência?

Provavelmente todo mundo já traçou um paralelo com o que pensava naquela época e o que pensa agora, com o que planejava naquela época e o que efetivamente aconteceu de lá prá cá? Que atire a primeira pedra! (ou que atire a primeira agenda, daquelas bem pesadas, cheias de fotos, papéis de balas, segredos e códigos...).

Geralmente, aos quinze anos, toda adolescente que se preze, questiona a sociedade, o governo, a família, a sua sombra... afinal o negócio é questionar o que for, e dar sua opinião, sempre tão valiosa aos olhos dos amigos, e adolescentes cheios de razão. É a fase das convicções. Pelo menos as que eles acreditam...

A convicção dos quinze anos é muito forte! "Vou ser isso daqui a tanto tempo, vou fazer aquilo, nada vai me parar!" Tudo é tão pra ontem, o imediatismo lateja, o sofrimento toma proporções exageradas. Sempre gordas demais ou magras demais, sofríamos demais, chorávamos e ríamos com a mesma freqüência - podendo as duas ações acontecer ao mesmo tempo até - sem falar nas dúvidas quanto à profissão a ser escolhida, sobre casamento, sobre a roupa que vestir. Imagina, escolher o que fazer para o resto da vida na instabilidade emocional dos meus quinze, dezesseis, dezessete anos!

Enxergamos as meninas de quinze que fomos nas adolescentes de hoje, com as variações da época, claro. Conheci meus enteados no auge da adolescência... Um com 14 e outro com 12 anos... Independente da época que estamos vivendo, os traços peculiares da idade, como o exagero, a descoberta, o olhar absoluto, estão e sempre estarão presentes num menino de quinze ("menino" - Achávamos ou não achávamos que éramos mulheres prontas aos 15 anos?) Dez anos depois, ainda é igual.

É inevitável não se sentir confortável na casa de seus vinte e cinco anos ao topar com a ansiedade e o medo de passar no vestibular, de perder a virgindade com o namoradinho do colégio, e poder suspirar aliviada por saber que isso te incomodou um dia mas virou fumaça. Achar graça por conseguir hoje enxergar que todo o turbilhão de emoções e de idéias passa. Passa para dar lugar a outro turbilhão de emoção e idéias, ainda bem!!

Ao conversar com uma menina de quinze anos a gente enxerga que os problemas mais sérios na vida dela hoje, a gente também teve. Também achou que o mundo ia acabar porque tinha levado um mega esporro em casa e ficou um mês sem sair ou porque levou uma rasteira daquela que você considerava sua melhor amiga, que ao final, você agradece à vida por ter tirado a infeliz invejosa do seu caminho.

As dúvidas lá dos nossos quinze anos, foram substituídas por outras, nos dando uma imensa tranquilidade pois, se os problemas e dúvidas dos quinze se foram, (oba!!!) os problemas e dúvidas dos vinte cinco já já, arrumam a mala pra partir das nossas cabeças, dando lugar aos questionamentos dos 35, muito provavelmente... Graças a Deus, alguns dirão, afinal, gente é pra crescer e aprender com os problemas do dia a dia.

Crescemos sim. Uns de forma mais dolorosa, outros de forma mais branda... Cada um teve seu processo e, hoje, inaugura outros novos. É bom saber que passados esses dez anos, a gente começa a enxergar que nada é pra ontem, ninguém nesse mundo nasceu sob o manto da perfeição, tudo se torna mais relativo, mais flexível, as preocupações são outras e as nossas escolhas, feitas lá na adolescência ou nos vinte e poucos anos acabam fazendo parte do que somos, do que aprendemos a chamar de vida, de identidade, e se foram certas ou erradas, só o balanço dos próximos anos irá nos dizer. Cá entre nós, confesso que ainda me pego rindo e chorando, chorando e sorrindo, tudo ao mesmo tempo. Ainda e agora.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Vixe Mainha...

Arrumo e desarrumo minhas bolsas como se pudesse carregar o mundo dentro delas... Seja para o trabalho, para o curso, para uma viagem, para uma saída básica com os amigos...

Hoje, comecei a organizar meu armário para doar mais roupas e guardar todas as novidades que comprei nesse início de ano. O carnaval está chegando, fechei minha viagem agorinha e estou empolgada DEMAIS!!!!

Nunca tive o menor tesão em passar o carnaval em Salvador, mas hoje, com 30 anos, decidi que seria a melhor pedida... Sem filhos ainda, com marido que topa todas as bagunças a tiracolo, decidi colocar essa idéia em prática. Minhas amigas me dizem diariamente que enloqueci, que perdi a noção e que fugirei de lá correndo quando alguém chegar mais perto de mim no meio da pipoca...

Só que eu não estou nem aí para o que dizem... Quero é pular muito, dançar muito e aproveitar cada momento. Fotos, fotos e mais fotos! Tenho certeza de que a melhor hora prá essa insanidade é agora...

Já estou dando uma olhada geral no que posso levar na mala..............

terça-feira, janeiro 23, 2007

Shopping, compras e essa tal ansiedade...

Preciso dormir agora, mas esse tema está me tirando o sono... Preciso rever algumas coisas, alguns conceitos, alguns planos e sonhos...
A semana está apenas começando e eu já fiz dívidas para os três futuros meses.... Não sei o que é pior, comer como uma louca quando se está ansiosa ou ir para um shopping e comprar o que vê pela frente ( achando que será muito útil em algum momento da sua vida...). Vou dormir. É melhor pensar a respeito ou tentar pelo menos.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Idas e Vindas...

Mais uma conexão no RJ e ele ligou do aeroporto......
Eu, prá variar, tinha deixado o telefone no silencioso e sequer vi tocar...
Recado na secretária eletrônica...
Que vontade me deu de falar com ele ao ouvir sua voz...
Que vontade de encontrá-lo no aeroporto e fazer companhia até a hora do seu vôo...
Mesmo ciente de que ele estava por lá provavelmente porque fazia conexão retornando da casa da ex-futura-atual-namorada para a sua cidade... Sozinho, prá dar uma variada também...
Independente disso, gostei muito de ter ouvido seu recado, sua voz, e de saber que pensou em mim naquele momento...

domingo, janeiro 21, 2007

Cartas Antigas...

Eu pego papel e caneta pra escrever sobre qualquer coisa que me venha à mente e, como sempre, não tenho saída: você sempre ocupa os espaços vazios, os ocupados e até mesmos os lugares que eu nem sabia que existiam.

Ocupa os poros do papel em branco e enche de brilho os olhos opacos. Entra pela porta, pela janela ou simplesmente pela fechadura, ou por qualquer espaço que permita você chegar, mesmo que de mansinho. Chega fazendo festa no meu peito e dizendo que é pra eu ter calma. Calma? Como eu vou ter calma se é no meu peito, na minha vida e em tudo meu que você está e, o que era pra ser nosso, se torna seu?

Como que eu vou ter calma se a caneta não precisa da minha mão pra escrever a minha história? Como que eu vou ter calma se não é no teu peito que eu durmo à noite? Como? Eu vou largar o papel e a caneta. Vou largar qualquer historia boba ou palavra simples. Vou largar meus vícios, minhas lembranças que não valem a pena. Largarei minhas angústias. Vou largar tudo.

Só não largo você. Nem a historia que eu queria que não tivesse só no papel.

sábado, janeiro 20, 2007

Vamos todos cirandar...

Infelizmente não tem jeito. Por mais que digam o contrário, a linha que separa o marketing pessoal do exibicionismo é tênue demais. Sendo necessário muita cautela para não se expor demais e acabar sendo ridicularizado pelos outros.

É negativo para quem se passa. Para quem passa da medida. Para quem fala. Para quem se expõe demais e fala demais. Para quem se expôe muito além do que o bom senso prega ser razoável. No final das contas, nem lembram do bom senso ou nem sabem o que é isso.

Não sei de onde vem a necessidade de estar sob os holofotes, de estar num palco, de ter uma platéia aplaudindo, ou a necessidade de atenção. Será que não teve infância? Provavelmente não, porque quando crianças, geralmente necessitamos de mimos dentro da nossa casa, mimo na casa dos outros e onde estivermos, da mesma forma que uma planta necessita de água. Queremos chamar a atenção para tudo o que fazemos.

Centro das atenções sempre! Ô mundinho tão nosso e tão egocêntrico... Mas será que alguém esqueceu de dar um tapinha nas costas da criatura e de avisar que ela cresceu? Seria necessário receber esse "toque"?

Fulano! Você já está crescidinho! Pare de implorar por tanta dedicação e atenção, poxa. Será que ele percebe?

Normalmente a gente não percebe quando falamos mais do que devíamos e a língua ultrapassa os limites da boca. Não percebemos os sorrisos constrangidos que surgem (inevitavelmente) por causa daquele discurso egoísta que nem chegamos a fazer.

Tem gente que não se dá conta quando paga mico, nem antes, nem depois, nem durante. A gente só paga e passa o recibo. Até porque fica tudo protocolado, nem que seja na memória de quem presenciou.

Depois de passar pelo ridículo, já era, e a paciência de quem está por perto e nos rodeia também já era. Roda o baleiro e atenção! Rodeio... Sem rodeios... Haja pretensão de novo, hein? Quem disse que você estava no centro desta ou daquela roda? Daremos a meia volta, volta e meia vamos dar. Como aprendemos naquela velha cantiga de infância: " Diga adeus e vá-se embora". Com o rabo entre as pernas.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Pesos e Medidas...

Assistindo televisão ontem de noite, vi uma propaganda que me deixou com água na boca. Não sou muito ligada a carros e afins, mas como é uma das paixões do meu luv, comecei a reparar mais no assunto em questão... Uma das empresas que mais admiro lançou um modelo no mercado, que me impressionou e me fez sair hoje, da minha casa, para procurar o tal carro na concessionária. Não que eu esteja precisando de um carro novo, mas mania ou não do meu luv, estamos pensando em trocar o nosso quando estiver para completar dois anos. Dá uma pena.... O carro está perfeito, e sinceramente, é completamente desnecessário trocar agora ( apesar de acreditar que dá uma desvalorizada se passar mais tempo).

Acontece, que o bichinho da curiosidade me mordeu e lá fui eu ver o carro que me encheu os olhos ao passar no comercial da tv.

Fui. Me encantei - já tinha certeza de que isso aconteceria...

Quando voltei para casa fiquei me questionando sobre o que seria realmente necessário ou supéfluo no meu consumo diário? Prá que investir uma grana num carro novo se o meu ainda está perfeito e sem qualquer tipo de problema? Quantas coisas eu comprei na minha vida, que ficaram encostadas em algum canto, e jamais usei ou pensei em usar? Coisas que doei sem sequer ter utilizado em algum momento.

Não posso dizer que um dos meus defeitos é o consumismo desenfreado porque definitivamente não é, mas me assusta ver a facilidade das formas de pagamento para vários artigos no mercado, e as pessoas cada dia mais se endividando... Uma sociedade consumista sim, sem qualquer tipo de preocupação com a ecologia, reciclagem, etc, etc, etc... Só querem comprar a calça da última moda, o vestido caríssimo para a festa do final de semana, ou o ingresso para aquele show imperdível.

Esquecem dos programas ao ar livre com as crianças, esquecem de reparar o mundo como ele é, esquecem de perceber quem está ao seu lado. Preferem se enfurnar em shoppings, torrar o cartão de crédito e esquecer da fatura no final do mês.

Durante toda a minha vida fiz muitos planos para meu futuro, com datas certas, idades certas para os meus projetos se realizarem e alcancei muitos, mas me frustrei em alguns... Até que ponto é certo investir uma graninha todo mês para que daqui a algum tempo eu possa concretizar determinados sonhos? Até que ponto é certo deixar as coisas para amanhã? Será que eu vou passar de amanhã? Não tenho idéia do que pode acontecer comigo daqui a 1 minuto, como saber o que vai acontecer comigo amanhã? Fala sééééério.... Procuro viver minha vida pensando apenas no dia de hoje. Quero, claro, conforto no futuro!! Só que é fundamental para mim, viver minha vida e meu presente, aproveitando cada momento único e que jamais voltará, da melhor forma possível.

Podendo poupar meu dinheiro suado e colaborar com o meio ambiente, tá valendo!

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Um telefonema... Quanta diferença!

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Vou dar a volta no mundo, eu vou...

... Vou ver o mundo girar...

Dizem que a vida dá voltas, voltas e mais voltas. Que numa dessas voltas, tudo pode mudar. Procede. Mas tem voltas que vêm e parecem não mudar nada: É a volta do que já aconteceu. É a moda que volta, são comportamentos que voltam, são regimes de governo que se alternam. Atualmente, o que está de volta é tudo o que diz respeito aos anos 80, claro, nas suas devidas proporções...

Minha mãe, nos anos setenta, só tinha batas em seu armário. Vejo as fotos daquela década, e me impressiono com o biquini igual ao meu ( mais de trinta anos depois), como somos parecidas e como o que é bom retorna com força total. Ela também as tem, deliciando-se no revival hippie, tão em evidência nos dias de hoje. As calças bocas de sino também voltaram (e já sumiram para voltar mais tarde - quem sabe?). Outros tantos modelitos vão e vêm.. Calças leggings, saias balonées, entre tantas outras coisas horrorosas, revelando alguma falta de criatividade dos estilistas nossos de cada dia. E então eles respondem: não é cópia, é uma releitura. Será? Estamos no período da SP Fashion Week, e se folhearmos as revistas da década de 80, veremos fotos praticamente iguais às dos desfiles atuais.

Algumas pessoas comentam que essa história de que a vida é um moinho é tão verdadeira que até a ditadura militar, em breve, volta, pois seria típico da instauração dos regimes totalitaristas o forte desejo de impôr ordem no galinheiro. Regimes ditatoriais sempre seriam precedidos de um certo caos generalizado. O exército já esteve nas ruas do RJ nas semanas que se passaram... Mas o caminho tomado pelo país depois de 1988, com a promulgação da constituição e seu modelo democrático, preferimos acreditar, é caminho sem volta. Sem volta para o mal. Em frente para o que vier.

E as pessoas que decidem voltar prás nossas vidas, de uma hora para outra? Aff, isso me assusta!

Eu era muito pequena quando a Elis Regina cantava "...ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais". Gosto muito dessa música e me emociono quando escuto. Sempre conversei com meus primos e amigos a respeito, e acredito que somos espécies lapidadas dos nossos pais - diamantes brutos. Não repetimos seus atos, seus vícios, seus preconceitos e seus erros. Nada disso! Optamos por erros novos. Erros nossos. Que podem ser até os mesmos erros cometidos por quem nos criou, mas com uma releitura mais atual. E não só os erros e acertos das novas gerações vêm com novas roupagens. Se compararmos as batas dos anos setenta, as que minha mãe usava, com as de hoje, perceberemos que há algo de novo no corte. Assim como nós. Assim como o resto do mundo.

Os dias atuais podem até ensaiar repetecos do passado, deixando a sensação de dèjá vu, mas atenção: É outro talho. Só por ser outro momento, já é diferente. Que assim seja!

terça-feira, janeiro 16, 2007

Melancia no pescoço!

Dizem que algumas pessoas simplesmente "acontecem" porque têm estrela, ou porque estão no lugar certo e na hora certa, além do famoso e habitual QI - o Quem Indica...

Me pediram para participar de um processo de seleção e entrevista com alguns candidatos à uma vaga de estagiário. Vi de tudo um pouco... Uma das meninas, me deixou intrigada porque conseguiu, do início ao fim, do "boa tarde" ao "muito obrigada", se queimar por completo, portando-se de forma antipática e grosseira, não conseguia responder às perguntas formuladas e, obviamente, inflando no grupo que estava participando da dinâmica e concorrendo à vaga, o desejo ardente de vê-la pelas costas. Chata. Muito chata, coitada.

Será que, naquele momento, ela tinha consciência que se auto-sabotava? Talvez não. Talvez, por força do nervosismo, não demonstrou o que tinha de melhor. Talvez, por timidez, não se mostrou natural e espontânea como de costume. Talvez nem seja espontânea.

Será que percebemos quando estamos nos sabotando? Às vezes sim. Muitas vezes depois do leite derramado. Com o semancol ligado, com sensibilidade e astúcia, conseguimos enxergar que não demonstramos, em algumas situações que a vida nos impõe, o nosso melhor. Então já era? Nada disso. Torcer por melhor desempenho numa próxima oportunidade é o que nos resta. Respirar fundo. Paciência. Sabedoria. Trabalho árduo para alguns e muito simples para outros.

Tem momentos e situações que simplesmente não é notório que não agradamos. Não aproveitamos a chance que a vida nos deu de aparecer. Aparecer no sentido bom da palavra. Não enxergamos quando é o momento porque estamos cegos e ocupados demais em... " Aparecer". O mundo nos assistindo e nós lá, cheios demais, egoístas demais, egocêntricos demais, vaidosos demais, concentrados em nossos monólogos demais -Nos sabotamos. E tem muita gente querendo aparecer mais do que os outros. Enfim...

E isso não ocorre apenas em processos seletivos para um emprego... Acontece nos programas da televisão; Na roda de amigos; No bate-papo com o marido no café da manhã, ou na conversa do final do dia; É no almoço com a melhor amiga. É no bate-papo na internet. Cada interlocutor deveria ser encarado como uma público maravilhoso que merece ser ouvido, e dar mais atenção ao que diz, construindo frases com oxigênio e inteligentes. Em vez de interagir, falamos sozinhos ininterruptamente. Em vez de conquistar a platéia, é repulsa o que se desperta. Em vez de brilhar, passamos opacos, despercebidos e sem perceber nada. E lá se foi a chance. Já foi. Passou. Assim, que nem ônibus que não pára no ponto. E se lamenta. A única palavra que me ocorre como antídoto para este mal é humildade. Em qualquer relação, seja profissional, pessoal ou outro al, etc e tal...

domingo, janeiro 14, 2007

"A Mulher do Meu Pai... "

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados!

sábado, janeiro 13, 2007

Bom Relacionamento Interpessoal...

Trabalhar em equipe não é tarefa das mais fáceis para algumas pessoas... Algumas possuem um certo "dom" e outros, precisam aprender a desenvolver a capacidade de lidar com outras pessoas, com características semelhantes ou mesmo bem diferentes, mas que fazem parte do mesmo projeto, do mesmo estudo, do mesmo trabalho.

Comecei cedo, e com 15 anos decidi que começaria a trabalhar... Passei para o vestibular, e com 16 anos, já estava na faculdade e no primeiro estágio. Começar a carreira em uma multinacional não é para todos, e dei muito valor ao tempo que eu participava daquilo tudo. Busquei o máximo de aprendizado que eu poderia buscar, fiz amizades que trago comigo até hoje, e acima de tudo, aprendi a ser profissional...

Exatamente 15 anos depois, estou noutra fase da minha carreira... Dei muitas voltas e passei por vários lugares até chegar onde estou...

O clima na minha "equipe" já foi melhor... De uns dias para cá, é notória a instabilidade e a fragilidade das relações entre os poucos membros que a integram. Apenas cinco pessoas contando comigo... Talvez se o grupo fosse maior, tivéssemos menos probleminhas de "relacionamento interpessoal"...

O que fazer quando todos tem um mesmo objetivo, e estão no mesmo barco, mas não querem se unir para chegar a algum lugar? Quanta imaturidade... Despreparo.... Inexperiência...

Nunca trabalhei num grupo tão heterogêneo, pequeno e problemático como esse... Um querendo comer o outro, no pior sentido que isso possa ter.

Errar é humano, eu sei. Mas peralá... Tenho encontrado por aí vários seres humanos que não evitam o erro, nem correm do ato... Parece que querem errar... Outras poucas pessoas, são o contrário: se esforçam pelo certo, pelo belo, pelo correto. Mas nem sempre tem sucesso. Daí, erram... Pode ter sido por uma pequena falta de atenção, por um obstáculo, por um excesso de confiança numa informação truncada, falhas na comunicação, ou alguma outra atolação qualquer.

Liderar a equipe problemática é mais complicado ainda.... Haja trabalho.... No sentido braçal e emocional...

Independente dos trancos e barrancos, das discussões descabidas, das futilidades e da competição entre mulheres que precisam mostrar serviço, eu chego com o meu melhor sorriso e sempre tento absorver o mínimo de energias ruins daquele ambiente.

Parece descaso, mas fala sério, tenho muito trabalho para fazer do que me envolver em problemas que nem são meus e nem faço parte.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O poetinha e a felicidade!

No natal, um amigo me deu de presente o DVD de um filme que não assisti no cinema - Vinícius - de Miguel Faria Jr. Como fã incondicional do Vinícius de Moraes, achei bom documentario, interessante mesmo, onde a narrativa biográfica acaba se mesclando com a verve do biografado... Tudo bem, sou suspeita, e bem suspeita, para falar sobre algo relacionado ao Vinícius de Moraes.

Fiquei muito feliz com o presente e o mostrei a outros amigos e prá quem mais quisesse ver.

Feliz.... Feliz?? Não sei bem se essa palavra cabe ao que senti depois de assistir ao filme... Confesso que ampliou o conceito que eu mesma tinha sobre a palavra "felicidade" após assisti-lo.

Entendi que o Vinicius não foi feliz. Passava a vida correndo atrás da felicidade, casou-se nove vezes, experimentou grandes paixões, criou coisas maravilhosas, desapegou-se delas, mergulhou na bebida para diminuir o silêncio interior que parecia doer-lhe muito.

Caiu, levantou-se, e num certo momento acabou dizendo: "é melhor viver do que ser feliz". Um tradutor americano não entendeu essa frase, e trocou por " é melhor viver e ser feliz"...

As duas frases traduziam muito a autenticidade do poeta, que se negava a acomodar-se dentro de uma felicidade inventada, alcançada, pronta. Era melhor viver na tentativa de alcançar do que alcançar propriamente. A viagem está mais no caminho percorrido, do que no destino. O sonho, uma vez realizado, já não é tudo aquilo que esperávamos dele. Procede...

Sábio!!! Há grande sabedoria nesse questionamento. E ao contrário do que parece, nenhuma incoerência com outra de suas máximas: " É melhor ser alegre que ser triste". As duas afirmações são verdadeiras. Visto nessa frase curtinha de Vinícius, "felicidade" seria um conceito bem distante da meta que hoje parece banal, a ponto de haver quem queira ensinar ( ou pior, aprender) a alcançá-la com um cursinho rápido ou uma pequena pílula milagrosa.

Tanto faz se a explicação vem da psicologia, da biologia, ou da religião... Os estados da felicidade são tão efêmeros quanto bolhinhas de sabão. Não há como entendê-los sem o contrário - a infelicidade - cuja causa única, é a esperança, que vem sempre acompanhada do temor de que "aquilo" não se realize.

É melhor viver que ser feliz, dizia o poeta, apostando na expectativa que sabia, cedo ou tarde seria frustrada. Felicidade tem mais a ver com a sabedoria de não esperar nada. De bastar-se a si mesmo, de não entregar-se à expectativa que nos desvia do presente e não nos entrega o futuro. No entanto, todos queremos ser felizes.

Talvez o segredo da felicidade esteja justamente em não ansiar por ela. Em não vê-la como algo a se conquistar.

Felicidade pode ser o contrário de satisfazer seus desejos. Pode ser evitá-los, como dizia o Buda. Talvez não esteja no fim de uma busca para si próprio, mas na busca da felicidade para o outro, como ensinava Confúncio. Talvez feliz seja apenas o sábio que nada espera.

Não penso naquele que se entrega ao desespero... Mas naquele que, vendo na felicidade a satisfação de um desejo, e que desejo é a busca do que nos falta, pode até realizar essa busca, sem a ilusão de que, uma vez satisfeito, atingirá um estado permanente de felicidade. Não é ser feliz enquanto se vê uma diferença entre a própria vida cotidiana e a felicidade.

Se bem entendi Vinicius, feliz é quem não deseja ser feliz. Salve o poeta!

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Sede de que?...

Hoje eu não quero escrever nada....

Acho que a foto que a H. tirou de mim, sem que eu percebesse, na janela da casa dela, reflete tudo o que estou sentindo nesse momento e o que eu estou em busca....

Enquanto todos bebericavam o vinho e comiam aqueles pães, queijos e belisquetes, eu viajava....

Como alguém consegue retratar exatamente o sentimento da gente sem que percebamos???

Quero paz interior... Quero acabar com essa ansiedade e com tantos questionamentos que me perseguem...

Não estou boa hoje... Ansiosa, cansada, tensa, meio triste..... Acho que a TPM está chegando... Espero que seja só isso!

Vou dormir. Porque hoje, já deu o que tinha que dar.

Boa noite.

PS: H, obrigada pela foto e pela sua sensibilidade!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Tem alguma regra?

Essa noite, conversando com um amigo muito especial, daqueles que não se encontra por acaso, decidi que escreveria sobre o amor.... Na realidade, não sobre o amor de parentes, ou de amigos... O amor de um casal...

Como todo produto em excassez no mercado, o amor custa caro... Só quem já viveu um, sabe o preço que pode ser pago ou investido... Um amor de verdade a gente não encontra nas prateleiras, como um vidro de maionese, embora muitos insistam nesta busca inútil.

O amor a gente encontra naquelas vitrines chiques, bem arrumadas, sobre um pedestal dourado, cercado de luxo, glamour, e pompa. Como se fosse uma roupa de gala, bem cortada, daquelas que caem tão bem no seu corpo que te fazem pensar que é capaz de conquistar o mundo e mais um pouco.

Faz a gente erguer o queixo, encolher a barriga, empinar a bunda e o peito... Foi talhado para você, por isso o caimento perfeito... Assim faz com o outro também. Faz um bem danado... Por isso custa caro... Não poderia ser diferente. Tudo de qualidade custa mais caro. O amor exige pagamento à altura da satisfação que nos proporciona.

Só dentro de um relacionamento podemos medir e avaliar se vale ou não à pena investir no amor daquela pessoa que a gente idealiza ficar o resto da vida...

Ele nos leva às nuvens mas, ao mesmo tempo, exige tratamento vip. Gosta de receber seu "salário" através de sutilezas, gestos generosos, carinho, atenção, lealdade, exclusividade.

Para quebrar o tédio que assombra a sala de jantar, leva o lanche para o jardim e arma um piquenique... A cesta foi providenciada com muito critério para esses momentos serem realmente especiais... É criativo, como uma criança em fase de descobertas, e ao mesmo tempo, criativo como uma mulher de trinta anos, depois de tantas idas e vindas, e experiências marcantes e nem tão marcantes assim...

O amor não combina com casa embaixo da ponte, nem cabanas desprovidas de qualquer infra-estrutura como nos contos, e motéis baratos. Isso pode até ser fantasia, mas não é amor. Se é para ser "0800", sem maiores gastos financeiros, que seja com estilo... Pode ser à beira da praia sob a lua cheia, pode ser em casa, com velas acesas, um filme no dvd e muita pipoca de microondas, porque o amor aprecia simplicidade e romantismo, como aprecia também a espontaneidade (nada de bouquets de flores de plástico ou outras belezas pouco expressivas e sem vida).

Ao mesmo tempo que pode ser aventureiro, pode ser antenado... Tem que ser regado com bons papos, cumplicidade, idéias transcendentais, e muito, muito senso de humor...

Como os cachorros, dizem que o amor é fiel ao seu dono... Só a ele... Não o abandona nos momentos de tristeza, enxuga as lágrimas que não são de emoção; fica quietinho e espera a raiva passar; não desaparece nos momentos mais complicados; não falta no oferecimento do ombro, do colo, e ainda escuta uma palavra enviesada sem pensar em devolver porque sabe que naquele momento, o melhor é ficar calado...

Afinal, ele sabe que, depois da tempestade, vem a bonança. É esperto, custa caro sim, além do tempo dedicado a ele. Temos que admitir: investimento melhor não há ( mesmo que temporário, cada amor que aparece nas nossas vidas é único, e não tem cópias...).

terça-feira, janeiro 09, 2007

Escrever, escrever, escrever, ou pirar?...

Com essa frase eu começava minhas narrativas na adolescência. Amava escrever e ler... Comecei com uns oito anos e continuei por muitos outros...

Escrevia na agenda, aquelas mesmo, de adolescentes, coloridas, que ficam lotadas de bilhetes dos namoradinhos, fotografias, papéis de bala, ingressos de show e tudo, tudo em códigos que só eu decifrava....

Escrevia a respeito do que estava sentindo, como estava sentindo, se estava sentindo algo sobre alguma coisa que estivesse fazendo parte da minha vida.

Hoje, praticamente vinte anos depois, a frase ainda me serve bem. Preciso escrever para não pirar... Preciso escrever para tentar administrar meus sentimentos, tudo o que eu penso e me atropela, para que não fiquem perdidos na minha cabeça sem destino.

Ao colocar o que sinto e o que penso no papel (seja ele celulose ou cristal líquido), a cabeça e o coração ficam mais leves. Disso eu tenho certeza, e com a experiência do blog, me surpreendo a cada dia...

É mais fácil organizar o que se passa dentro da gente quando verbalizamos. Só que palavras o vento leva... Verbalizar, nada mais é do que palavras ao vento. Às vezes, escrever se revela uma tática mais eficaz.

Escrevemos sobre o que nos agrada, para lembrarmos mais tarde e dar um sorriso ( ou não).

Escrevemos também sobre o que nos aflige, fazendo a conhecida terapia do papel, que funciona. Funciona mesmo...

É como se extirpássemos os problemas, arrancando-os do nosso cérebro e, uma vez colocados no papel, ficam ali, na nossa frente, olhando pra gente... A gente olhando pra eles, de fora, quase que como terceiros imparciais, quase que perguntando para os problemas:

-- "Qualé, mermão? Qualé a sua? Tá a fim de complicar mais a minha vida?"

Só que ele não responde. Ele não responde qual é a dele... Isso é exercício pra gente fazer, em qualquer lugar, em casa, na rua, no trabalho, onde for...

É um exercício de constatação do que nos incomoda no momento. Uma vez constatada qual é a pedra no sapato, o exercício se transforma e passa para uma segunda etapa: a de nos tornarmos adultos, e corajosos, seguros o suficiente para enfiarmos o dedo no sapato e arrancarmos esta pedra que nos impede de caminhar sorrindo, com satisfação. Não é fácil... Não vem sendo fácil... Eu pensei que fosse mais fácil...

Falar é bem mais fácil. Constatar em qual canto do sapato se aloja essa pedrinha impertinente também pode não ser tão difícil assim... Difícil mesmo é a parte que exige coragem, atitude, coisa que até então eu achava que tinha sobrando e doava para os amigos e para quem mais quisesse. Mas eu tinha... Tinha não, tenho... Cadê? Quero achar!!!

Se acharem minha força de vontade, minha coragem, minha atitude, rastejando por aí, por favor, recolham-nas e me devolvam. Por encomenda, sinal de fumaça, sedex, não importa... O que importa é que me devolvam se encontrarem porque preciso delas com certa urgência...

Desde já agradeço, La Belle®

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Quer poder?.... "Poda-se"....

Todos os dias, eu ouço do meu luv que nós nos completamos porque eu planejo e ele põe em prática... Que não consigo planejar e realizar tudo o que eu coloco no papel e que as coisas não se resolvem assim, dessa forma... Que é muito fácil e prático delegar ordens e afins, enquanto nossas pernas estão para o alto e outra pessoa faz o que determinamos... Nossa... Como ele reclama...

Já li em algum lugar e não me lembro onde, que planejar é muito bom, e às vezes, mais prazeroso do que a realização em si. Ok, ok, vamos combinar que planejar é maravilhoso mesmo - eu que sei... Ficar de pernas pro alto, melhor ainda... Desde que não seja por muito tempo...

Pedalar a bicicleta hipotética do que pode ser, do que pode vir, do que pode existir, do que podemos ter, é realmente um exercício mental que não só aguça a criatividade de que todos somos dotados, como também nos faz querer e pedir um pouco mais (um muito mais, quem sabe) da vida. E isto não é feio. É lindo. Saudável.

Para quem planejou, planejou, planejou, e conseguiu: Parabéns. Aproveite! Para quem planejou e, ao implementar o que tanto desejava, sentiu um vazio esquisito por ter chegado "lá", pense de novo: "lá" é um lugar que não existe, continue planejando mais.

Lembre-se de agradecer às forças ocultas e outras nem tão ocultas (explícitas mesmo!) que viabilizaram a realização dos seus desejos mais íntimos. Deseje mais. Deseje alguém, uma viagem, saúde sempre, caminhar num jardim com borboletas, ficar na beira da praia com seu amor, na beira da praia com seus amigos, fazer piqueniques... Integridade sempre...

Trabalho, muito trabalho + reconhecimento profissional e estabilidade... Money, money, money... Money!

Caipirinha, nights, drinks e boas risadas. Mais um pouquinho de saúde porque nunca é demais... Outra viagem... Um apto ou uma casa... Um filho ou dois, talvez. Ser imortal. Não pirar. Tudo. Nada.

O barato de desejar e planejar é manter-se vivo. Realizar é conseqüência. Constatar que realizou é satisfação. E estímulo para querer mais.

domingo, janeiro 07, 2007

Elegante como um elefante...

O silêncio continua sendo a arma dos inteligentes, embora muitos não se dêem conta quando mais precisam. O silêncio continua sendo precioso e estratégico, mas muita gente anda esquecendo disso, externando sua ponta de deselegância.

Saem ferindo, machucando, magoando. Ora propagando inverdades, ora propagando verdades que lhe foram confiadas em vão. Às vezes sequer foram confiadas ou ditas...

Tem gente que não sabe guardar segredo. Tem gente que não sabe calar, nem nas horas em que o protocolo pede... Falam alto e conversam sobre o índice da bolsa em casamentos e enterros. Antes de falar em economia!

Sim, porque tem aqueles também que querem é falar mal da roupa de quem acabou de passar, destilando o veneno do despeito. E a noiva lá, subindo ao altar... E o morto lá, esperando sua subida aos céus, porque dá licença, aqui embaixo está repleto de gente mal educada (é o que pensa o morto).

Repleto mesmo.

Se até a Glória Kalil, baluarte da elegância de nossos tempos, já confessou ter cometido gafes, que dirá pobres mortais que ainda não descobriram o paradeiro do seu chip da finesse e da discrição no cérebro. E não são poucos.

Para damas e cavalheiros ainda em estado bruto, livros de boas maneiras. Cursos de etiqueta. Passo a passo da elegância. Compre batom. Mas peraí. Será que Glorinha leu livros de etiqueta para ser a pessoa agradável, educada e, ao mesmo tempo, descontraída e natural que vemos nas entrevistas? Duvido um pouco. Nasceu assim, foi lapidada pelos pais e se empenhou em ser gente boa.

Nenhum livro, nenhum curso, nenhum consultor ensinará ninguém a ser gente fina, a ter jogo de cintura, a saber circular em todas as rodas da cidade com a mesma naturalidade e o mesmo respeito. Sem autoconhecimento, sem ler, sem escutar boa música, sem ter colo dos pais e amigos, sem troca de idéias, sem saber detectar - e valorizar - um olhar apaixonado, sem viajar por aí com disposição alegre e olhos atentos, sem dizer bom dia, obrigada, com licença, sem respeito ao próximo e ao meio, sem reconhecer o valor de um sorriso franco, sem isso tudo não há elegância.

Não existe elegância sem que se viva de verdade.

Elegância não é ler livros de etiqueta e repetir comportamentos sugeridos como um bando de robôs. Elegância é graça, encanto, e não sou eu que o digo, mas o grande Professor Aurélio Buarque de Holanda. Graça, encanto, charme, je ne se quois. Está tudo aí dentro. De mim, de você, de todos nós. Mas é uma pena que tanta gente não consiga olhar para dentro de si mesma de vez em quando para trazer à luz o seu melhor. Para eles, livros de etiqueta! Na veia.

sábado, janeiro 06, 2007

Futurologia...

Tenho esbarrado em várias pessoas que gostam de exercer essa nova "ciência" - que não existe e geralmente não procede, porque lá na frente sempre alguma coisa acaba sendo alterada por um motivo ou por outro...

Eu sempre planejei muito a minha vida, e o que eu queria para mim daquele momento para a frente. Planejava o que queria na minha carreira e na minha vida sentimental, porque eu achava que o universo conspirava a meu favor e sempre conseguia realizar meus planos e sonhos. Por mais difíceis que fossem...

Alguns não conseguiam acreditar, mas eu nunca dei importância. Queria era me sentir realizada.

Um belo dia acordei e descobri que estava quase chegando lá. Os 30 anos estavam cada vez mais próximos e vinham sem manual de instrução, para desespero da maioria das usuárias.

Para mim, obviamente, não seria diferente... O que fazer, então?

Caí na real de que tudo estava indo rápido demais e que eu estava me perdendo em muito planejamento e pouca atitude, quando estava com 27/28 anos, prestes a casar...

Parecia uma bomba relógio...

Eu não sabia se casava ou se continuava levando minha vidinha de solteira, namorando com meu luv, sem maiores pretensões de constituir uma família e responsabilidades, por causa do "pacote completo" que vinha com ele - " Pague 1 e leve 4" ( ex-mulher completamente desequilibrada e dois filhos adolescentes)... Isso me assustava, não tenho como negar.

Nunca "planejei" me envolver com um homem que viesse com o "pacote", e menos ainda casar com um exemplar desses, mas infelizmente meu planejamento foi pro espaço, porque bati o olho e soube na mesma hora, que ele era o homem que eu casaria...

Casei com os dois pés atrás, e confesso que nem aproveitei todos os preparativos para a festa... Eram tantas dúvidas e questionamentos na minha cabeça, que eu não conseguia curtir nenhum detalhe de todo aquele "evento"...

Conversava com meus amigos e me diziam que essa "crise dos 28 anos" era até comum... Que tinha algo relacionado com os anéis de saturno, mas sinceramente, nem desenvolvo esse assunto porque não entendo nada a respeito... Eu preferia acreditar que estava passando por uma fase de transição e por isso tantas mudanças de uma hora para outra.

Tudo acontecia ao mesmo tempo e agora... Deu medo...

Mesmo assim, diante das ameaças da "minha ex" ( denomino essa criatura assim porque além de não me deixar em paz, não consegue me esquecer e viver a vida dela... Parece que eu que destruí o relacionamento dela e isso jamais aconteceu.. Cruzes...), diante de todas as expectativas da nova proposta de emprego que eu recebi, para começar imediatamente após o casamento, diante da mudança de vida, e da falta daquela estrutura toda que eu tinha na casa dos meus pais, resolvi que era sim a hora de mudar e seguir em frente.

Foi o momento que eu precisei assumir as rédeas do meu destino e assumir a responsabilidade de ser feliz, de uma forma ou de outra com o que eu escolhesse. O início foi MUITO complicado ( outro dia eu conto).

A faxina para a minha nova fase de vida começava... Abri a lixeira e joguei fora tudo aquilo que não prestava mais e que não poderia me acompanhar na nova fase que eu estava entrando. As histórias de amores mal resolvidos e que insistiam em rondar para saber se a carne era fraca ou não; os arrependimentos pelas coisas que fiz e infelizmente não poderia voltar atrás para consertar; os relacionamentos sociais com gente que não tinha nada a ver comigo; as roupas que não favoreciam o meu tipo físico, etc...

Amigas minhas me disseram que passaram por essa "análise" aos 30 anos... Eu passei aos 27/28 anos, talvez porque o passo de casar, para mim, estava sendo maior do que as minhas pernas poderiam dar naquele momento..

Quando chega esse momento da "análise", você tem de perceber que:

1) Relacionamentos amorosos têm a função de completar (somar, multiplicar, dividir), portanto, jamais podem ser insípidos, mornos, sem graça. Além do mais importante: não tem a menor graça sentir-se sozinho ao lado de alguém - A pior solidão é a solidão a dois;

2) Somente valem a pena os arrependimentos relativos às coisas que você deixou de fazer, porque, agora, com 30 anos, mais experiente, mais segura, mais "centrada" e poderosa como nunca, você vai conseguir fazê-las (se ainda te interessarem);

3) Todos os momentos da tua vida são preciosos e, portanto, devem ser vividos como verdadeiras celebrações. Quer coisa mais chata do que conviver com pessoas que não te acrescentam nada?;

4) Para ser bonita, você tem de valorizar o seu corpo e não o corpo que o mundo fashion e os modismos determinam.

Todas essas coisas lhe causam dúvidas?

Você ainda acha que é melhor estar mal acompanhado do que sozinho? Ainda pensa que tem de agradar quem não lhe agrada?

Permita que outras pessoas conheçam o seu jeito de pensar ( mulheres de 30 estão sempre dispostas a incorporar, no seu dia dia, novas filosofias de vida). Não se feche, achando que é a única em crise...

Talvez, assim, você venha a sentir um pouco da leveza, que tem sido a nota principal da minha vida, nos últimos anos e meses. Seja bem vindo, sempre.

Muito prazer,

La Belle®

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Toda mulher de 30 anos deveria ter...

Claro que não se pode generalizar, e algumas mulheres de 20 tem a vida mais bem resolvida do que muitas de 30 anos....

Imagino esses ítens "básicos" colados em post-its nos monitores dos computadores, nas agendas, no espelho do carro, no mural de fotos do quarto... Como as adolescentes, que guardavam tudo o que podiam e não podiam, para recordar num futuro próximo e rir das besteiras que davam o maior valor...

** A propósito... Ninguém merece post-its e afins colados no computador do trabalho, como se fosse um mural.. E quando colocam fotos da família inteira, adesivos de bichinhos e coisas do gênero? Ambiente de trabalho é ambiente de trabalho e deve ser tratado como tal e com seriedade. Bom senso SEMPRE. **

Recebi esse email, e achei bem interessante porque procede... Procede para a mulher de 20, para a de 30, a de 40, a de 50 e assim por diante...

ITENS BÁSICOS NA VIDA DE QUALQUER MULHER

• Um velho amor que ela pudesse recordar - alguém que lembrasse dela como uma pessoa especial...
• Dinheiro próprio para poder ter um lugar só dela, mesmo se ela nunca quiser ou precisar ir até lá...
• Uma roupa perfeita para usar se o chefe ou namorado pedir que ela esteja pronta em uma hora...

** Queridas amigas, sabemos que, dependendo do chefe e dependendo do homem, temos que ficar prontas em 15 minutos, porque a oportunidade pode ser boa demaixxx para se perder! Muita pressa nessa hora! **

• Uma juventude que ela tenha deixado para trás com satisfação...
• Um passado interessante que a permita revivê-lo quando for mais velha...
• A percepção de que ela realmente terá uma velhice com algum dinheiro guardado...
• Um jogo de chaves de fenda, uma furadeira e um sutiã preto de renda...
• Uma amigo que a faça sorrir, e outro que a permita chorar...

** Nesse ítem eu estou bem servida.... Tenho grandes amigos que cabem muito bem nessa definição... Ufa. **

• Um lindo móvel que não tenha sido herdado de ninguém da família...
• Oito pratos iguais, copos altos de vinho e uma receita que faça com que seus convidados sintam-se honrados...

** A receita para mim é o detalhe mais complicado... **

• Um recomeço que não seja desrespeitado...
• Uma sensação de controle sobre seu destino...
• Cuidado com a pele e com o corpo para contrabalançar os outros poucos aspectos da vida que não melhoram após os trinta...

** Sob o meu ponto de vista, pouquíssimos aspectos não melhoram aos trinta... Não canso de dizer que aos trinta, só não vai dar certo, se você não quiser que dê!! **

• Uma carreira sólida, um bom relacionamento e tantos outros aspectos que melhoram após os trinta...

** MUITÍSSIMOS OUTROS ASPECTOS MELHORAM APÓS OS TRINTA ANOS.. **

TODA MULHER DEVERIA SABER...
( Independente da idade ou das experiências que já teve ou busca para suas vidas):

• Como se apaixonar sem se perder...
• Como ela se sente com filhos...
• Como sair de um emprego, terminar um romance e discutir com uma amiga, sem destruir o relacionamento...
• Quando investir, e quando desistir...
• Como pedir o que quer, da maneira que irá conseguir...
• Que ela não pode mudar o comportamento de suas panturrilhas, a largura dos seus quadris e nem o temperamento de seus pais...
• Que sua infância pode não ter sido perfeita, mas já passou...
• O que ela faria ou não por amor...

** Alerta máximo! extremo cuidado! Muita cautela... Quando aparece a pessoa certa ( nem que seja para aquele momento), as coisas dão certo... Se não derem, não interprete como um sinal de que você precisa aprender a lidar com desafios... Simplesmente, não tem de ser. Faça a fila andar! Provavelmente, o próximo vai fazer melhor prá você, e prá sua pele...

• Como viver sozinha, mesmo que não goste...
• Em quem pode confiar, em quem não confiar e porque ela não pode resolver tudo pessoalmente...
• Onde ir... Ficar com sua melhor amiga na mesa da cozinha... Em uma pousada no campo... Quando sua alma precisa se acalmar...
• O que ela pode ou não realizar em um dia, num mês, ou em um ano.

Gente, tenho tantas outras coisas para falar... Os pensamentos estão realmente me atropelando...

Essa semana de "férias" está me fazendo muitíssimo bem!!!!

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Tempestades, imaturidade ou falta do que fazer?

Tem gente que, por mais que a vida esteja tranqüila, sempre procura algum problema para resolver... Alguns sequer surgiriam naturalmente, mas na falta do que fazer, ao invés de criar algo que valha à pena, cria-se um problema ou outro...

A intensidade de sentimentos é imprescindível quando a gente percebe que o momento exato chegou. Ou você faz alguma coisa importante pelo seu crescimento pessoal, ou corre o risco de virar um elefante branco na sua própria vida...

Eu acredito que não podemos nos acomodar... Que temos que experimentar novas comidas, novos horários, novos lugares, novos filmes e até novos amigos, novas pessoas. Mudar não faz mal para ninguém. O que faz mal é a busca incessante por alguma coisa que não existe - ainda não inventaram remédio para curar o que é impossível. Nem relógio para voltar no tempo, se a gente por acaso perder alguma coisa olhando para o lado errado. Esse é o grande problema...

Como são estranhas essas pessoas que se apegam às tempestades internas. Entenda como tempestades aquelas loucuras intensas que a gente não segura, que consomem por dentro e que fazem você ir a pé de um canto ao outro da cidade só para ver alguém. Entenda por aquilo que não te faz dormir de noite, só pela expectativa e pela ansiedade.

A vida da gente seria mais fácil sem essas "tempestades".

O caos interno significa necessidade de mudar... Mudança de qualquer maneira. O problema é esse!! A "mudança de qualquer maneira" poderia ser mais aproveitada, se não fosse o impulso de apenas mudar por mudar.

Tem pessoas que mudam apenas pela necessidade de se sentirem vivos de novo. Seja o corte de cabelo que viram na televisão ou na revista - e que geralmente não dá certo porque o cabelereiro é outro, o seu rosto é diferente daquela pessoa que vc viu com o corte, etc... Seja no amante que parecia mais atraente quando morava em outra casa- e agora, dividindo o mesmo lar, percebe que trocou gato por lebre e não é nada do que havia imaginado... Seja no emprego novo que parecia tão mais interessante- e agora você não consegue produzir nada que valha à pena, até chegar o final do expediente...

É a tempestade que clamou e você prestou ouvidos. Bem feito. Falava isso prá mim com uma certa frequência... Hoje sou mais cautelosa e menos impulsiva.

Outro tipo de "tempestade" muito comum atualmente é a " tempestade em copo d'água"... Até livros de "auto-ajuda" já foram publicados e vendem com um certo sucesso para um determinado tipo de público...

Me impressiona como as pessoas recorrem a todos os tipos de "explicação", reais ou não, para aliviar as suas angústias. Que seja assim, sem que perturbem terceiros com suas lamúrias...

Faço parte de um grupo de mulheres que se conheceram através de uma comunidade do Orkut, e trocam e-mails com uma certa frequência... A grande maioria dessas mulheres se conhece pessoalmente, mas algumas, porque moram longe, ou por falta de tempo e afins, não tiveram a oportunidade de participar de nenhum encontro.

Todas tem entre 30 e 45 anos, algumas solteiras, outras casadas, algumas com filhos e outras sem, algumas donas de casa, outras profissionais gabaritadíssimas, algumas amadureceram com as porradas da vida e outras, me parece que pararam no tempo e agem como se não tivessem passado pela adolescência - Descobrindo coisas e sensações que geralmente descobrimos quando estamos com 12 a 24 anos... Prolongando muito isso aí...

Por quê o meu texto sobre esse assunto?

Porque eu leio determinadas coisas que algumas pessoas escrevem e fico meio boquiaberta... Quanta imaturidade... Quanto despreparo.... Mulheres que se dizem maduras, bem resolvidas, criteriosas, batendo boca por causa de fofoca, intrigas e fuxicos... Fazendo uma tempestade em copo d'água que ninguém consegue aturar...

Leitura desagradável e descabida. Sem o menor sentido...

Não sou de criticar comportamento de pessoas próximas sem estar olhando na cara delas.... Sou assim. Falo olhando nos olhos... Gostam de mim ótimo... Não gostam, só lamento... Sou educada e ponto. Meio sarcástica, admito, mas educada e ponto...

Só tenho mais o que fazer do que ficar lendo abobrinhas e discussões inúteis sobre quem falou o quê, de quem, e para quem, se a pessoa que falou está ou não participando da discussão... Pessoas que criam perfis falsos no Orkut, para ofender outras e criar desafetos... Atitude de quem já passou dos 30? Acho que nem adolescente ( fase em que nos aproximamos de vários tipos de tribos) eu conseguia conviver com gente assim...

Minha caixa de e-mails lota prá nada de bom... Pelamordedeusooo.

Mulheres de mais de 30 que se reunem, bebem horrores, falam e fazem coisas que jamais fariam sóbrias, e se arrependem no dia seguinte quando veêm as fotos das besteiras que rolaram.... Ficam reféns de pessoas que presenciaram e que nem sempre estão com as melhores das intenções.... Quanto despreparo...

Não sou preconceituosa com nada... Não mesmo e quem me conhece sabe disso, mas poxa vida... Eu via isso quando estava na faculdade e tinha 16 anos...

Posso estar escrevendo mais do que devia, mas prá mim, a carência é uma merda. As pessoas se sujeitam e se aproximam de outras apenas para não se sentirem sozinhas. Que tipo de amizade é essa? Prá mim não passa de carência, de não querer ficar sozinha, de querer falar e estar com pessoas que nem ao menos queria de verdade... Jamais uma pessoa assim consegue criar uma amizade com laços mais profundos..

Já me disseram que devemos fugir de pessoas que se fazem de vítimas e querem que sintamos pena delas... São os piores tipos de vampiros emocionais... Parece que estão proliferando por aí...

Vejo isso com uma certa frequência atualmente...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Cronica: "Acaboooouuuuu!!!"

Aff... Depois de ler essa crônica, acho que não preciso escrever mais nada a respeito do que eu penso dessas duas criaturas... Leram meus pensamentos...

Por Tutty Vasques:

Se em vez de cidade do norte do estado fosse bairro da mesma região da capital, Campos seria a Tijuca. Um lugar simples, conservador, apegado à família, longe do mar e da badalação, esteticamente apagado, comercialmente decadente, feio e muito querido de sua gente. Conheço Campos menos que a Tijuca, mas tenho certeza de que, se Rosinha e Garotinho tivessem sido criados onde eu fui, seriam até hoje pacatos moradores da Rua Uruguai. Ou não!

Aconteceu comigo de ir muito mais longe do que imaginava, mas não existe – nunca existiu nem existirá – outra história de casalzinho de banco de praça como a que sucedeu no Palácio Guanabara. Uma pena que não tenhamos sido apenas bons vizinhos. Tenho certeza de que eles achariam o mesmo se eu fosse eleito um dia para governá-los. Não é possível um troço desses!

Eu estava falando isso por que mesmo? Ah, sim, porque acabou, amigo carioca, acabou o pesadelo de ser governado pelos Garotinho. Este réveillon não vai ser igual àquele que passou. A virada para 2007 inaugura o fim de uma era em que o Rio de Janeiro perdeu o orgulho de sua afamada identidade política, mas não é hora para lamúrias. Ei, você aí que não consegue encontrar um bom motivo para comemorar o Ano-Novo, ponha a cabeça pra fora da janela e grite com pulmão de Galvão Bueno: "Acabooouuu, acaboooooouuuuuu!!!".

Os Garotinho estão voltando para a Rua Uruguai ou pra República do Chuvisco. Que fiquem em Ipanema se quiserem, mas Palácio Laranjeiras nunca mais.

Nunca mais aquela conversinha mole de tudo a 1 real. Nunca mais exorcismos aos domingos, nunca mais aquelas roupas cafonas, esses nomes ridículos, nunca mais notícias sobre o fluxo menstrual dela ou a greve de fome dele. Nunca mais Álvaro Lins, Chiquinho da Mangueira, Pudim...

Nunca mais historinhas como a do rapaz gordinho de apelido "Bolinha" que, para impressionar a namorada, invadiu a pracinha montado, caiu do cavalo e, machucado no peito, conquistou para sempre o coração de sua amada. Ou aquela outra do desastre de automóvel que transformou o jovem político ateu, de formação marxista, em seguidor de Jesus Cristo. Vocês se lembram da primeira imagem de 2006, a foto da governadora de ponta-cabeça nas corredeiras de Bonito (MS)? Meu Deus, que vergonha!

Acabooouuuuu!!! Nunca mais um governo com nome de locutor esportivo. Nunca mais pousos de barriga, panes em helicópteros. Nunca mais contos da carochinha como o da regressão mental do ex-governador após queda de palanque. Nunca mais!!! Nunca mais tanta coisa esquisita, basta de espírito de quermesse no trato da coisa pública. Nunca fomos tão provincianos! Viramos piada de paulista: sabe a última da Rosinha? Com um telhado de vidro desses, francamente, quem vai atirar pedra no Maluf dos outros? A política perdeu inteiramente a graça para o carioca, mas, insisto, não é hora de chorar o leite derramado. Sorria!!! Você sobreviveu ao maior acidente democrático da história do Rio de Janeiro!

Em nenhum outro lugar deste país sua gente tem tanta motivação para festejar a chegada de 2007. Vamos lá, rapaz, abrace um cabisbaixo na rua e lembre a todos os passantes que acabou, entende? Acaboooouuuuu!!! Se, do Oiapoque ao Chuí, ninguém sabe ao certo o que virá por aí, só nós sabemos como foram esses últimos oito anos de humilhação democrática. O Rio de Gabeira, de Brizola, de Lacerda e de ......... condenou-se pelo voto à gozação nacional, como se já não bastasse o papel diminutivo que Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo vêm fazendo ultimamente no Brasileirão.

O carioca anda levando ao pé da letra a máxima "futebol, política e religião não se discutem". Mesmo "mulher" vira assunto perigoso quando a maior autoridade da paróquia é a dona Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira, crente de que está abafando na terra de Leila Diniz, terreiro de Danuza Leão.

Estamos mal na fita, mas, pelamordedeus, gente, tá chegando a hora, caramba! Corre lá pra botar mais champanhe no gelo, chame os amigos para a ceia, prepare os fogos com a máxima segurança, nada pode sair errado num momento político tão importante quanto será para o carioca este réveillon. Acabou, pessoal, acabou. Acabooooouuuuu, cacilda!!!

Acabou a era Garotinho. O casal vai voltar para o rádio, para Campos, para a Rua Uruguai, pra... Não importa o destino! Os Garotinho vão sumir do noticiário, das conversas de botequim, vão sumir de sua vida, caro leitor. Não é cedo para soltar fogos coisíssima nenhuma: feliz Ano-Novo! – temos desta vez boas chances de não frustrar um desejo antigo de todo carioca.

** Nem preciso fazer nenhum comentário sobre..... **

Palmas pro Tutty Vasques.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Conflitos entre pais e filhos...

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Adeus Ano Velho... Feliz Ano Novo... !!

Essa foi uma foto tirada de uma visão privilegiada no resort onde passamos a virada do ano....

Ainda estou meio em estado de êxtase diante da festa e de tudo o que aconteceu! Volto aqui após o feriado para escrever como foi o meu réveillon e tudo o que podemos vivenciar na nossa nova "casa". A princípio, muitos planos, em meio a muitas dúvidas relacionadas ao meu futuro profissional...

Recebi várias ligações inusitadas e consegui falar com muitas pessoas queridas. Boas energias e sem dúvidas, boas vibrações para o novo ano! Por que pensar em trabalho nesse momento? Tô fora...

Algumas coisas engraçadas aconteceram e acabamos participando da situação meio sem querer... A sogra do Julio ficou presa no elevador com mais três pessoas da família deles... Só conseguiram socorro depois de 40 minutos e passaram a virada do ano trancados na caixinha, sem ar, sem socorro, sem acesso nem janela prá verem os fogos... Coitados. A velhinha com 84 anos, inteirona, já estava mais prá lá do que prá cá, e foi um corre corre prá que ela não passasse mal no meio do nada.

Que estresse. Pior, que os caras do resort, quando receberam a ligação pedindo socorro, acharam que era trote... Estou com pena deles e do que vai acontecer essa semana, depois da reclamação que será redigida de próprio punho e encaminhada à empresa... Ui...

Ainda bem que dos males o menor, e todos levaram aquela confusão na brincadeira. Pelo menos tentaram disfarçar o nervosismo e administraram bem aquele momento.

Agarrei no pescoço do meu luv, pegamos as duas tacinhas que ganhamos + o champagne, fomos a pé para a praia particular, onde começaria o show após os fogos e dançamos muito para espantar todos os fantasmas.

Não entrei no mar, nunca fiz isso num réveillon, nem sei fazer simpatias... Acredito nos pensamentos positivos e acredito que nesse momento, mais do que nunca, precisamos acreditar que dias melhores virão. Independente do que já aconteceu e do que tem acontecido.

Feliz ano novo prá todos, com muita PAZ, saúde, sucesso, amores e realizações. Alegria, alegria!!!

Tim tim e feliz 2007!