
Saem ferindo, machucando, magoando. Ora propagando inverdades, ora propagando verdades que lhe foram confiadas em vão. Às vezes sequer foram confiadas ou ditas...
Tem gente que não sabe guardar segredo. Tem gente que não sabe calar, nem nas horas em que o protocolo pede... Falam alto e conversam sobre o índice da bolsa em casamentos e enterros. Antes de falar em economia!
Sim, porque tem aqueles também que querem é falar mal da roupa de quem acabou de passar, destilando o veneno do despeito. E a noiva lá, subindo ao altar... E o morto lá, esperando sua subida aos céus, porque dá licença, aqui embaixo está repleto de gente mal educada (é o que pensa o morto).
Repleto mesmo.
Se até a Glória Kalil, baluarte da elegância de nossos tempos, já confessou ter cometido gafes, que dirá pobres mortais que ainda não descobriram o paradeiro do seu chip da finesse e da discrição no cérebro. E não são poucos.
Para damas e cavalheiros ainda em estado bruto, livros de boas maneiras. Cursos de etiqueta. Passo a passo da elegância. Compre batom. Mas peraí. Será que Glorinha leu livros de etiqueta para ser a pessoa agradável, educada e, ao mesmo tempo, descontraída e natural que vemos nas entrevistas? Duvido um pouco. Nasceu assim, foi lapidada pelos pais e se empenhou em ser gente boa.

Não existe elegância sem que se viva de verdade.
Elegância não é ler livros de etiqueta e repetir comportamentos sugeridos como um bando de robôs. Elegância é graça, encanto, e não sou eu que o digo, mas o grande Professor Aurélio Buarque de Holanda. Graça, encanto, charme, je ne se quois. Está tudo aí dentro. De mim, de você, de todos nós. Mas é uma pena que tanta gente não consiga olhar para dentro de si mesma de vez em quando para trazer à luz o seu melhor. Para eles, livros de etiqueta! Na veia.
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