sábado, março 31, 2007

Queda Livre...

Olho as asas-deltas pulando da Pedra Bonita e fico imaginando a sensação de liberdade que deve se ter lá do alto.. Não tenho a menor vontade de pular da janela da minha casa, quanto mais do alto sei lá de quantos metros. Mas tem gente que gosta. Procuram esportes radicais, pulam das alturas, e fogem dos sonhos que os levariam aos céus.

E quando a gente se pega voando em nossos sonhos e se perdendo nos nossos pensamentos? Costumam dizer que quanto maior o vôo, maior a altura, e maior a queda... Eu não acredito nisso... Até porque, já voei alto demais nos meus sonhos. Caí de alguns e doeu, levantei, voltei a sonhar, voei alto de novo, e consegui alcançar o sucesso inúmeras vezes.

Nunca tive medo de voar. Nem nos sonhos, nem nos pensamentos, nem de asa-delta, nem de avião, nem de vassoura. Talvez esse ditado popular fosse uma forma boba, de se conseguir reprimir desejos e projetos mais audaciosos. Eu vivo o presente, a minha realidade, sem ilusões. Mas tenho os pés lá na frente, e projeto meu futuro a todo momento.

Já foi a época em que eu tive medo de cair. Passei um tempo subindo menos degraus do que deveria, porque achava que o tombo da escada seria dolorido. Vivo em busca do que eu sempre planejei para mim. Do alto, nos meus sonhos, ou daqui de baixo, na minha realidade. Não importa. Importa que tenho planos e objetivos. Metas e caminhos a percorrer. Isso me deixa motivada a seguir subindo.

Voar é para os que tem sonhos e asas. Voando mais alto, mais bela a paisagem.

sexta-feira, março 30, 2007

Momentos...

As coisas parecem estranhas quando a gente começa a acreditar que o mundo é grande demais pra esses sentimentos que nos preenchem todos os dias e em todos os momentos.

Você parece estranho quando me cobra o que eu nem sei se é ou não é. Eu pareço estranha quando planejo o que vai me acontecer depois de 16 de abril, se na verdade, nem sei o que vai acontecer na próxima semana.

Mas na verdade talvez eu saiba o que vai acontecer próxima semana. Talvez eu saiba o que vai acontecer depois de abril. Talvez eu saiba o que acontecerá no ano que vem...

E nesse mundo tão grande, pra sentimentos de todos os tamanhos, nós dois somos um só. Que de tão juntos, ficamos enormes e em algum momentos, ficamos mínimos.

No lugar certo ou errado, mas juntos. Nos fins de semana e durante a semana toda também. Porque não custa nada sonhar. E eu... Sonho de olhos abertos.

quarta-feira, março 28, 2007

Magia...

O sol brilha lá fora, brilhando quando toca os cabelos vermelhos daquela menina, e quando reflete no seu olhar. Ela insiste em não querer crescer...

Teimosa como ela só! Age como se o mundo fosse a Terra do Nunca.

O fato de não querer sentir nos ombros as dores do mundo é uma tentativa inútil de acreditar que tudo pode mudar, e ter fé sempre. Fé nas pessoas, no dia-a-dia, nas coisas e nos sentimentos puros que ainda habitam o seu coração. Por mais distantes que eles possam estar.

Porque amor e esperança são duas palavras que ela insiste em não deixar distante da sua rotina e da sua realidade. Porque mesmo que ela se torne uma mulher de trinta anos, madura, segura, indepente e promissora, essa inocência que reflete no espelho quando sorri nunca a abandonará. Todos que a cercam percebem isso. Todos que a cercam comentam sobre isso.

Porque ela é mesmo essa esperança e esse amor. Ela tem essa luz. Ela brilha. E isso não tem Capitão Gancho, Bruxa Meméia, nem Bruxa do Leste, que a faça perder. Ela já nasceu assim.

terça-feira, março 27, 2007

Tempero...

A vida volta e meia nos prega peças, e aparecem situações, onde precisamos tomar decisões importantes, capazes de mudar o nosso dia inteiro ou quem sabe a nossa vida inteira.

Quando acordamos, decidimos.

Decidimos se vai ser mais um daqueles dias normais, com pessoas normais e coisas normais, ou se vai ser um dia pesado, com coisas pesadas e pessoas pesadas. Se vai ser um dia feliz, com pessoas felizes e coisas felizes.

Comecei a observar que tudo depende de como queremos enxergar nossos problemas e enfrentar nossas dificuldades.

Porque o que nem todo mundo percebeu ainda é que nossos dias, quem conduz somos nós mesmos e a felicidade é mais um ingrediente que a gente coloca ou não, nessa mistura de sentimentos que preenchem a nossa vida. Tem gente que esquece de sorrir... Esse sem dúvida, é um ingrediente indispensável!

segunda-feira, março 26, 2007

Simples assim...

Em apenas dois dias ( final de semana), consegui fazer tudo e mais um pouco do que eu havia programado para fazer durante a semana inteira e não havia conseguido.

Começamos com o show inesquecível direto do trabalho, parada obrigatória no Baixo para comermos uma pizza, seguimos para casa completamente extasiados, demoramos para dormir.

Praia de manhã cedinho, brunch com amigos, passada rápida no Parque Lage e encontramos meus xodós, cineminha no final da tarde regado à muita pipoca, livraria até a madrugada, papo furado com os mesmos amigos, Lagoa... Muito namoro, mais um pouquinho de namoro, até dormirmos exaustos.

Café da manhã especial, faxina no apê a quatro mãos, leitura do jornal + duas revistas semanais que haviam acabado de deixar na caixa do correio, almoço de família.

Compra de materiais para a obra no prédio que termina amanhã (!!!), lanche no Bibi do JB regado à muito bate-papo com amigos prá dar uma variada, Vasco ganhando de 3X0 do Flamengo ( fazendo a alegria do maridôncio e da tricolor aqui), parada obrigatória na locadora para mais um filminho no domingo.

Pipoca de microondas, sorvete da HD só para nós dois, namoramos, namoramos mais um muito, assistimos ao filminho, dormimos assistindo ao filminho, e acordei no meio da madrugada. Decidi ligar o computador e escrever um pouco.

Essa falta de rotina nos meus finais de semana os fazem inesquecíveis e especiais!

domingo, março 25, 2007

Sons...

De novo o silêncio, e me pergunto onde é que foi parar todo aquele barulho que ainda a pouco eu conseguia ouvir. Lá fora, só o barulho da chuva caindo no telhado e batendo na janela...

Quase que ouço as batidas do meu coração - e poucas vezes eu consegui ouvi-las... É uma sensação estranha e incômoda, até...

Às vezes acho o silêncio complicado, porque quando ele prevalece, quase sempre penso em coisas que não deveria pensar. Ao mesmo tempo, sei que ele é fundamental - pelo menos para mim. Lembro das vitórias, mas também acabo lembrando das derrotas no meu caminho...

Sinto-me tola por não poder dominar estes pensamentos... Por outro lado, escuto minha própria voz, e tento conversar com as paredes - que se mantém imparciais nessa "conversa". Nesses momentos mais críticos e angustiantes, em que eu não quero dividir os meus problemas com ninguém, as paredes me fazem companhia de alguma forma, eu é que sei... Agora, sou fiel à elas. Achei melhor assim. Não quis desabafar nada, nem coisa nenhuma, com amigos próximos ou amigos distantes.

Ontem me perguntei se a decisão que tomei me fará feliz, e se o rumo que as coisas estão tomando é o mais acertado, mas não obtive resposta...

A pergunta não saiu daqui de dentro do meu peito, ficou guardada. Ninguém ouviu, e mesmo que tivesse, ninguém poderia responder. Só quem poderia, seria eu mesma.

Terei que pagar para ver, mais uma vez. De novo o silêncio me fará companhia. Mas isso já não me preocupa, é necessário. Minhas dúvidas, meus medos, meus remorsos, meus grandes-amores-eternos... Tudo vem à tona.

Dúvidas sem respostas ( não para sempre)... Medos sendo esquecidos - cada dia mais... Remorsos sendo superados... Amores que imaginávamos serem para a vida toda, que acabaram... Outro amor para a vida toda aparecendo... A vida seguindo seus dias...

O silêncio fazendo mais barulho que o som... Aqui dentro de mim ele grita e me obriga a perceber que tantas perguntas são desnecessárias... As respostas não serão dadas por outra pessoa além de mim mesma...

sábado, março 24, 2007

Flores, flores...

Todo final de ano as floriculturas ficam amarelas, tomadas por girassóis abertos, de todos os tamanhos e em todos os bouquets. Não sei desde quando, não sei nem porque, mas essas flores me fascinam, me acalmam a alma, aquietam meu coração...

Queria estar no meio de um campo cheio de Girassóis. Acho que me sentiria imensamente feliz. Essas flores me passam a sensação de recomeço, de possibilidades, de esperança, de vida! Por isso, decidi que a igreja, no dia do meu casamento, estaria enfeitada com Girassóis por todos os lados.

Sempre ganhei orquídeas, flores do campo ou rosas de presente. As pessoas tem medo de errar e não inovam. Acabam tornando-se previsíveis e sempre pedem ao florista para preparar aquele bouquet de flores do campo bem bonito para enviar a alguém.

Um belo dia, meu namorado ( agora marido) me fez uma surpresa. Mandou para o meu trabalho um bouquet ENORME de Girassóis e um cartão lindo que me emocionou. Confesso que o bouquet me deixou mais emocionada, até porque, era o dia em que comemorávamos 1 mês de namoro. Apenas 1 mês.

No cartão, ele dizia que essas flores pareciam sorrir e eram para me fazer sorrir, porque eu já o fazia sorrir desde que havia me conhecido. Nooooossa... Andei nas nuvens. E sem dúvida, os Girassóis acabaram simbolizando a nossa relação.

Para mim, as flores representam muito mais do que apenas um arranjo para colocar num vaso e enfeitar o ambiente.

Representam almas, sensações, caminhos, encontros, palavras, sutilezas, pensamentos, vontades, desejos, reconciliação, amores, despedidas, reencontros, simplicidade, paixões...

Representam um emaranhado de sentimentos que estão contidos, seja em quem as ganha, seja em que as dá, ou em quem simplesmente as olha. Podem surgir acompanhando propostas, dúvidas, perguntas, certezas, afirmações... Ou apenas acompanhando a beleza.

Hoje ganhei Girassóis, sem datas para comemorar, sem motivos especiais... Isso foi o suficiente para me deixar com um sorriso bobo no rosto até agora.

sexta-feira, março 23, 2007

Reprise...

Tem dias que acordo com receio da minha vida virar uma reprise - pq nesses dias, tenho a persepção de que estou andando em círculos.

Quando sinto isso, fico pensando em várias coisas que aconteceram comigo, e as lembranças que imediatamente vêm à minha mente, são as que há tempos não deveriam mais estar aqui.

O M., me disse que eu preciso jogar fora alguns pensamentos... Respondi, que eles voam como bruxas em suas vassouras e fogem muito antes que eu encontre uma lixeira...

Fazer o quê? Ele tem razão. Vivo dizendo que sei que é verdade - mas essa mulher de 30 que vos escreve, é complicada... E hoje, ela vai ao encontro de uma das "bruxas" que aprendeu a deixar voar ao seu lado.

Esta já não a incomoda muito mais, só incomoda um pouquinho...

quinta-feira, março 22, 2007

Natural...

Aos 30 anos, com certeza, já fizemos um pouco de tudo.

Anos e anos de colégios ( estudei em quatro), cursos de línguas, academia, faculdade, mestrado, e uma porção de atividades realizadas em grupo. Muito natural, claro, que façamos amigos com procedências diversas, através dos quais conhecemos outros, e nos encontramos sempre que fulano ou sicrano promove algum tipo de evento.

Então, freqüentamos várias tribos, com as quais nos relacionamos de modos diversos. Com uns, é mais divertido jogar conversa fora, falar da vida, dividir sentimentos. São encontros de que saimos renovados, felizes, leves, já pensando quando será o próximo.

Já com outros, o vínculo é tão frágil que nos sentimos "sugados" cada vez que encontramos.Temos que fazer um esforço sobrenatural para conversar, trocar idéias e experiências. Situação muito parecida com o barulho horroroso de uma porta empenada.

E, cada vez que isso acontece, desapareço. Definitivamente, tem coisas que não preciso passar mais com essa idade. Nem com outras, para ser mais sincera.

quarta-feira, março 21, 2007

Perdida...

Tem vezes que me escondo dentro de mim e fecho os olhos para não me ver. Tamanha é a vergonha que sinto das minhas fraquezas. Tamanha é a raiva que sinto por não conseguir abandonar alguns hábitos. Tamanha é a dificuldade que tenho para superar determinadas perdas. Tamanha é a minha vulnerabilidade diante de determinados assuntos.

Tem vezes que eu preciso me perder. Preciso girar inúmeras vezes em torno de mim mesma, com o coração acelerado, em busca de encontrar novamente a segurança da estrada. Não consigo ver nada além dos buracos, de todos os tamanhos, causando inúmeros acidentes. Alguns mais graves e outros menos, mas todos ali, procuravam chegar no mesmo lugar.

terça-feira, março 20, 2007

Before Sunrise...

Quase dez anos se passaram.... Mesmo assim, as lembranças ficaram marcadas de uma forma que não sei explicar. Nos conhecemos e aconteceu. Olhos nos olhos. Língua com língua. Coração com coração. Pele com pele. Suor misturado. Mãos entrelaçadas.

Assim éramos nós dois. Iguais. Diferentes. Complementares.

Tão absurdamente envolvidos naquele momento, andando no calçadão da praia, e falando sobre nossas vidas e nossos planos para o futuro, que sequer percebíamos a presença de outras pessoas por perto. Nada interessava. Nem o tempo passando e o dia amanhecendo. Tudo na mais perfeita sintonia. Tão bom que não poderia ser errado.

Mas, foi. Nos perdemos por causa da distância geográfica e escrevemos a nossa história em apenas uma noite. Jamais imaginaria que aquela noite seria uma das mais perfeitas e envolventes da minha vida. Que aquele cara me marcaria tanto, com tantas coisas ainda para eu viver. A imaturidade me impedia de acreditar que ele poderia ser o homem que eu queria para mim. As nossas histórias foram escritas separadamente, e com outros personagens.

Agora existimos apenas assim, no plano das lembranças perfeitas - e ao mesmo tempo, rebeldes. Eventualmente elas fogem, correndo desesperadamente e batem na minha porta pedindo para viver. Nem que seja um pouquinho. O pior, ou melhor - sei lá - é que eu acabo deixando entrar.

Nos reencontramos no final do ano passado. Quase dez anos depois daquela noite...

segunda-feira, março 19, 2007

Presente de Grego...

Graças à minha família, aos meus amigos mais próximos e aos mais distantes, meu aniversário foi espetacular. Fiquei emocionada com tantas surpresas e tanto carinho, vindo dos lugares que eu menos esperava.

De onde eu imaginava que viesse algum carinho, só veio a surpresa.... No momento que eu menos esperava.

domingo, março 18, 2007

30 Anos...

Amanhã, faço aniversário. E o que isto significa, além dos anos que estão passando cada vez mais rápido e o tempo em si, que insistiu em correr depressa demais?

Significa que estou mais experiente que aos vinte, ou pelo menos deveria estar. Significa que estou há trinta anos convivendo com o meu melhor e o pior de mim, ainda que tentando indiscutivelmente desvencilhar-me deste último, a cada momento.

Significa que os trinta e um estão chegando, e que com ele aprenderei a lidar com mais algumas cobranças na minha rotina - a de administrar o estigma da pseudo-infertilidade - todos falando sempre o mesmo assunto, todas as amigas grávidas, pressão da família aqui e ali; administrar a desaceleração da capacidade reprodutiva, do meu metabolismo que fica mais lento a cada dia e a olhos e medidas vistos pedindo combate através da alimentação adequada e de exercícios mais direcionados.

Pelo menos do folclórico "encalhamento-da-mulher-solteira-aos-trinta " me livrei. Aff, esta chateação já não passa nem perto há quase três anos, quando uni-me ao meu luv. Menos uma " tragédia" da maturidade feminina a ocupar meus pensamentos mais íntimos, e a afetar o meu fígado - que já é ruim desde a adolescência, aliás - as rugas e vincos na pele do rosto, que enrugada seja! [muitos sorrisos largos diariamente]. Todos os estigmas: todos, determinantemente, besteiras.

Posso escutar a celebração... Parabéns!!! Você faz aniversário hoje, vamos comemorar, que legal! Legal para mim, é compreender que a sabedoria dos meus trinta anos é ingênua perante a que me aguarda daqui a uma década, mais legal ainda é não querer trocá-la pela insegurança e inconstância que me perseguia há dez anos atrás. Confesso que essa incostância me persegue até hoje.

Legal é saber que eu encontrei um amor verdadeiro aos vinte e quatro, mas que este encontro poderia ter acontecido aos trinta e quatro e que, em qualquer momento, só diria respeito a mim, a ele, a nós dois, e a mais ninguém. Mais legal ainda é enxergar que, na vida, não há tempo certo, nem regras, para encontrar um grande amor. Há olho certo. E é você quem percebe o momento em que o olho está treinado para enxergar príncipes sim, e não sapos, rivais, ameaças ou algozes.

Legal é poder decidir quando é a hora de aumentar a família. Quando é a hora de trazer alguém ao mundo, ou simplesmente decidir não trazer. Fazer um filho, não por inexperiência ou pela cobrança e pressão impostos por desejos alheios. Não fazer um filho, tampouco, pelo temor anunciado da provável escassez de óvulos ou dos espermatozóides atletas e sarados, mas sim porque chegou num momento da vida em que o amor nutrido é maior que vocês dois juntos e por isso necessita de um espacinho a mais para se acomodar com conforto.

Este amor maior de três ou de quatro, pode vir aos quinze, aos vinte e cinco, aos trinta e aos trinta e cinco anos. Há quem o experimente aos cinquenta e cinco e consegue curtir da mesma forma e com a mesma intensidade. Escolher a hora para curtir um novo membro da família é que vale à pena. Chorar sobre o leite derramado faz mal e não dá é para se arrepender.

Amanhã, faço aniversário. E o que isto significa, além dos anos que estão passando cada vez mais rápido e o tempo em si, que insistiu em correr depressa demais?

Significa que a Chapeuzinho aprendeu com a idade: Abriu os olhos e aguçou o olhar, para observar mais; Segurou a língua e abriu menos a boca para ferir menos as pessoas e se expor menos ainda; Trocou as trocentas palavras sem sentido por um texto bem construído. Resolveu crescer numa ascenção sem fim.

Amanhã, faço aniversário. E o que isto significa, além dos anos que estão passando cada vez mais rápido e o tempo em si, que insistiu em correr depressa demais?

Significa que acompanhei. Que não fiquei parada vendo a vida passar pela minha janela, enquanto meu corpo e minha cabeça pediam por movimento e solidificação.

Significa que aprendi a entender e a gostar cada vez mais de atitudes, que eu não entendia e hoje sei perfeitamente qual o significado.Bom-senso, segurança, otimismo, responsabilidade e a maturidade, enfim. Pela estrada afora, nos interessa que tem muita coisa boa neste pacote de aniversário, bônus, mesmo que com ônus.

Que venham os cabelos brancos pois eles não vêm sozinhos. O que fazer com eles, eu decido depois.

sábado, março 17, 2007

Certo X Errado

Com o passar do tempo, usamos a palavra "relativo" com tanta freqüência que nos perguntamos, de que modo, surgiu a palavra "absoluto". A percepção de tudo pode mudar, de acordo com as circunstâncias e com os olhos de quem vê.

O que num momento parece natural, no outro pode causar repulsa. O defeito que atrai alguém pode ser o mesmo que repele outro. A verdade é relativa, depende do ponto de vista de quem a analisa. A beleza, então, nem se fala: Tem gosto para tudo, do amarelo aos mais esquisitos tons de violeta.

Até o passar do tempo, absoluto por essência, é assim. Dois minutos numa fila para pagar um banco parecem séculos, duas horas de espera para pegar um avião, rumo a um paraíso, passam desapercebidos. A única certeza absoluta, então, é a de que tudo é relativo. E, diante disso, é inevitável perguntar: Num mundo relativo, há espaço para certo e errado?

O que, para o mundo parece errado, para duas pessoas pode parecer certo? O que, para uma pessoa é certo, para o mundo pode parecer errado? Que parâmetros, afinal, temos nos dias do hoje, para fazer nossas escolhas? Parece que certo, certíssimo, é aquilo que faz o coração cantar, apesar de ninguém estar ouvindo.

Certo é o que traz lágrimas aos olhos, em momentos da mais pura satisfação e felicidade. Certo é o que traz alívio, segurança, plenitude. Mais do que tudo, certo é o que não agride a nossa essência, não vai contra os nossos principios. E errado é tudo o que nos impede dessas sensações. Até inventarem novos e satisfatórios critérios para definição.

Enquanto isso as expressões, "até o fim", "para sempre", "jamais", "nunca", e a tal da "despedida", podem ser interpretados como relativos...

sexta-feira, março 16, 2007

Opostos se atraem... DUVIDO!

Aquela teoria de que os opostos se atraem certamente foi inventada por uma pessoa com idade mental de 12 a 16 anos. Porque passada essa faixa etária, não tem jeito de um relacionamento funcionar, se as diferenças forem abissais. Eu que o diga!

Não importa quantas tentativas sejam feitas neste sentido. É claro que algumas diferenças são irrelevantes ou, pelo menos, não impedem uma aproximação inicial. Gostos musicais, questões temperamentais, modo de ver a vida ( pessimismo x otimismo, por exemplo). Mas, pares formados por pessoas "certinhas" e ovelhas negras, cultíssimos e absolutamente ignorantes, riquíssimos e paupérrimos tendem somente a dar certo nas comédias românticas americanas ou em novelas da televisão. 

Na vida como ela é, os semelhantes ( relacionando os aspectos essenciais) se atraem - e se complementam. Essa relação de complementaridade parece estar na ajuda recíproca que as duas pessoas podem se dar, para atingirem objetivos - individuais e comuns.

Nos dias de hoje, talvez se possa dizer, sem risco de se parecer pragmática demais em relação a questões emotivas, que o parceiro ideal é um sócio, alguém que vem para agregar mais valor à vida do outro, que vai acompanhá-lo, lado a lado, na consecução de sua finalidade social. Ou seja: ficou para trás aquela imagem do homem e/ou mulher que aparece na vida de seus respectivos parceiros, para resolvê-la ou impulsioná-la em alguma direção.

Mais do que nunca, amor é investimento na proporção ideal de 50% de cada lado. Sociedade com responsabilidade limitada, entre pessoas que dividem, entre si, cotas iguais de sonhos e objetivos.

quinta-feira, março 15, 2007

Despertador...

Em um minuto, muitas coisas podem acontecer. O primeiro beijo. O último. A primeira briga. Uma grande decepção. A substituição da esperança pelo pessimismo.

O telefone pode tocar e do outro lado, ser aquela pessoa que faz o teu coração palpitar como adolescente apaixonada. Um e-mail especial pode chegar e te fazer questionar que tipo de pessoa é aquela, que reage daquele jeito, a uma mensagem de três linhas.

Em um minuto, você pode encontrar alguém que não encontra há séculos e ter certeza de que nenhum conceito é tão relativo quanto o tempo. Por isso mesmo, constata que não precisa conviver diariamente para resgatar sensações indiscritíveis. Aquelas que julgava ter abandonado, perdido ou acabado em algum lugar do passado.

Em um minuto, é possível descobrir que se perdoou alguém do fundo do coração, despedindo-se, com facilidade, de tudo o que aquela pessoa significou um dia para você. E sentir o imenso alívio causado pela despedida. Inclusive quando é para você mesmo que está dizendo adeus, esperando nunca mais encontrar.

Em um minuto, alguém que você admira tanto pode te fazer um elogio, te fazendo pensar no seu potencial como uma realidade concreta, em vez de mera abstração. E isso pode te dar aquele beliscão que você precisava para acordar, há tanto tempo e não sabia.

Em um minuto, você pode mudar de postura. Ver os erros como oportunidades para aprender. Ver os acertos como indicativos de que você já aprendeu. Por falar em oportunidades, em um minuto, você pode perceber que cada uma delas é única e, portanto, "it´s now or never", o famoso, "ou dá ou desce"...

Em um minuto, decisões importantíssimas podem ser tomadas, mudando para sempre o seu caminho. Você pode entender que destino é uma mera convenção social, ou uma palavra sem sentido que repetem para explicar o medo do desconhecido. Porque a única coisa certa na vida é que o futuro reflete as nossas escolhas do presente. E, mudando as escolhas, estamos automaticamente construindo um futuro diferente.

Em um minuto, a vida pode ir do nada para coisa alguma. Mas, também pode dar guinadas surpreendentes. E te levar para o lugar onde você sempre quis estar, com aquela vista panorâmica para todos os obstáculos que, até então, te impediam de chegar lá.

Tudo isso de repente... Não mais do que de repente, como diria Vinícius...

quarta-feira, março 14, 2007

That's the point...

Estou me sentindo sufocada! Existem perguntas e respostas presas na minha garganta, loucas para pularem em busca do mundo encantado, aquele das histórias bem resolvidas.

Elas se repetem sem autorização, e ficam ali, camufladas com uma certa roupagem cafona, pensando que enganam quem as observa - ou quem as ouve - como eu. As conheço. De cor e salteado. Cada detalhe.

Já dei o meu consentimento. Não pretendo colocar barreiras. Vão. Livres e soltas. Corram a distância, ao mesmo tempo, tão grande e tão pequena, que o separam de mim. E façam-no entender que é chegada a hora das perguntas.

Reclamem, com vigor, o direito de cumprir seus papéis. Esclareçam. Gritem. Esperneiem. Expliquem. Porque quem lhes deu alforria não quer mais esperar... Cansei.

terça-feira, março 13, 2007

Andanças...

Decidi andar, com os olhos e os ouvidos bem fechados. Porque assim, de certa forma, adiaria a sensação dolorida que comodamente se instalava naquelas ruas. Já tinha percorrido aquele caminho tantas vezes que poderia fazê-lo mentalmente, em poucos segundos. Mas, não era o que eu queria.

Preferia caminhar na praia, olhar o mar, pensar na minha vida e associá-la ao movimento das ondas, docemente embalada pelo barulho da água batendo na areia. Se tivesse que sentir o gosto da água salgada na minha boca, que fosse de modo suave, enquanto ao mesmo tempo, podia me sentir abraçada pelo vento e pela umidade do ar naquele ambiente.

Se tivesse de ser sufocada pelo turbilhão de dúvidas, que, ao menos, me sentisse flutuando sobre as certezas. Se tivesse de sentir medo, que fosse apenas para lembrar que vivi tantos outros momentos de um jeito melhor e mais leve do que aquele. Afinal, para chegar à terra firme, é preciso navegar... Cadê a tábua das marés?

segunda-feira, março 12, 2007

Boi na linha...

Cheguei em casa, tranquei a porta, tirei os sapatos pelo caminho e me dirigi até a secretária eletrônica para escutar recados. Quatro. Os quatro da mesma pessoa. No primeiro, ela dizia: " Tiago, eu te amo, se você não atender este telefone agora, eu vou me matar!". Percebo que Tiago não atendeu ao apelo da menina porque ela, logo em seguida, ligou novamente. Nesse recado, ela não falou quase nada... Só disse: " Imagino que você esteja ocupado nesse momento, ligarei depois". Aff... Ela ligou mais uma vez, sua respisração ficou gravada na secretária eletrônica e desligou. Na última tentativa, o recado revelou um suspiro forte e profundo, seguido da seguinte frase: " Tudo bem, Tiago, você venceu. Tchau. Adeus".

Eu, que não me chamo Tiago, fico ali consternada eouvindo, inúmeras vezes, o sofrimento daquela menina. Eu, que não tenho primos, irmãos, cunhados, marido, ex-namorados, nem vizinhos que se chamam Tiago, me ponho a pensar em como terá sido a história de amor que envolveu tanto aquela garota, a ponto de utilizar a própria vida como moeda de barganha por alguns momentos ao telefone com seu amado. Meu pai não se chama Tiago, nem meu avô, nem o porteiro do prédio. Conclusão: o recado não era para ninguém na minha casa MESMO.

E então, especulo, novamente. E se aquela menina realmente fez o que disse? E se ela acabou com a própria vida por não ter falado com o seu adorado Tiago, sem sequer imaginar que ligou para o número errado?

E se Tiago se arrependesse de tudo? Se saísse procurando por ela pela cidade, chegasse à casa em que ela morava, desse de cara com os preparativos para o seu velório, e a mãe dela chorando sobre o caixão revestido de cetim brilhante, coberto de velas derretidas e flores murchas, e o pai dela, desolado, querendo esganar o pivô de toda aquela tragédia mexicana?

Pobre Tiago... Pobre garota... Romeu e Julieta do século XXI, em que o veneno letal atende pelo nome da companhia telefônica local. Totalmente sem graça, totalmente sem charme. Mas que dá uma sensação esquisita, um aperto no peito, ouvir um recado desse, ah, dá.

domingo, março 11, 2007

Essa tal felicidade...

Por Lya Luft... ( E que retrata muito bem esse meu momento).

Quando o que passou não importa mais.
Quando a conta no banco está mais ou menos, mas ainda tem as contas em dia e perspectivas de maiores ganhos.
Quando acordar do teu lado é o melhor antídoto contra a vida furiosa que corre lá fora.
Quando não receber um " bom dia" de alguém que deveria ser especial, não conta tanto como contaria há um tempo atrás. Quando a canção do rádio é boa demais e te envolve, a ponto de fazer você sair dançando sozinha onde estiver.
Eu comprovo.
Felicidade existe!

sábado, março 10, 2007

Mar Aberto...

Procurei abraçar o que era conhecido, enquanto o futuro me encarava com olhos condescendentes. Estou frágil, amedrontada e ao mesmo tempo, intoxicada pela emoção do que virá daqui para frente.

Pensei em como minha vida seria perfeita, se todos os momentos de transição fossem como o mar calmo de Cumuru, em que eu pudesse navegar com segurança sem maiores temores. Não haveria razão para, de repente, a maré virar e chegar um problema tão intenso como uma tempestade tropical, um furacão ou o ataque de piratas.

Durante muito tempo vivi tranquila, convencida de que encontraria a felicidade na brisa suave que podia me tocar a face, despretensiosamente, todos os dias.

Até descobrir que o calor do sol, sobre a minha pele, me seduzia, me fornecia energia vital, sem a qual não conseguiria mais existir. Foi quando o futuro, ainda sorrindo, estendeu-me a mão. E desta vez decidi aceitar sem pudor.

sexta-feira, março 09, 2007

Me impressionou...

Eu sempre observei as borboletas e buscava entender a dinâmica destes animais no meio da cidade, no meio da estrada, no meio do mato. Deixando para trás o passado, voando para um futuro cheio de sonhos... Hoje, esperando o taxi, vi uma borboletinha branca, linda, sobrevoando o canteiro de flores próximo a onde eu estava. Talvez de tanto observar e me encantar por elas, sem que eu percebesse, ela se aproximou e descansou em mim.. As pessoas me olhavam quando cheguei no trabalho, mas eu, desligada e mau humorada que sou em plena sexta-feira de manhã, sequer imaginei o que estava acontecendo.

Lá estava ela, a borboletinha branca, pousou no meu ombro e ficou... Vá entender? Me acompanhou de casa ao trabalho, andou de taxi, desceu comigo em frente ao prédio e me fez companhia por todo esse tempo. Quando descobri que ela estava ali, tentei ficar imóvel para que permanecesse. Como se isso bastasse para que ela continuasse no meu ombro.

Saí da sala, fui para a portaria do prédio e a coloquei sobre as flores da entrada. Na mesma hora ela voou e eu me emocionei mesmo sem saber o por quê. Foi embora. Meu final de semana está apenas começando!

quinta-feira, março 08, 2007

Sistema Solar...

Tem horas que me questiono se é melhor ouvir isso do que ser surda:

"...É que o Sol está localizado na sua décima segunda casa, a que simboliza o Karma, onde encontram-se as dificuldades que uma pessoa passa ao longo da sua vida, para se desenvolver emocionalmente e mentalmente. É denominado Inferno Astral. Esta casa nos ensina a liberdade que resulta da confiança nas leis naturais do Universo."

Se o sol estivesse dentro de mim nesse momento, não expressaria tão bem a minha realidade atual.

Mesmo com todas as dificuldades que surgiram nos últimos dias, saber que existem vários planos para a comemoração do meu aniversário me deixa com um sorriso largo no rosto!!

Idéias diferentes, objetivos diferentes, finalização do projeto no trabalho e novas perspectivas, me deixam otimista e com mais garra para lutar contra ou a favor do que vier pela frente no ano novo astral, que chegará em exatos 10 dias. Isso tem me deixado mais leve, e certa de que dias melhores virão!

quarta-feira, março 07, 2007

Conversa vai, conversa vem...

Conversar serve para muitas coisas.... Para passar o tempo, para matar uma saudade, serve para resolver problemas, para obter alguma informação, serve para resolver pendências, ou para esclarecer alguma dúvida, mas para mim, acima de tudo, uma conversa serve para o auto-conhecimento. Seja uma conversa com um amigo mais íntimo, ou com alguém que acabei de conhecer.

Acredito que esse auto-conhecimento pode vir quando se tem lucidez e clareza de idéias, que nos possibilitem expor uma sensação incômoda de forma mais precisa; ou quando se tem um interlocutor, que as vezes banca o analista, mas na verdade, é um super-amigo emprestando-lhe o ombro, os ouvidos e suas experiências de vida; ou quando se troca experiências e figurinhas com alguém interessado naquilo que você tem a dizer, conversar alivia tensões e estresses do dia a dia, tranquiliza o espírito e mostra de forma clara ao "problemático" que não era com ele o problema, que o mundo todo tem grilos e é necessário filtrá-los.

Uns filtram na praia, mergulhando, pegando onda, saindo de barco, pescando. Outros filtram nas ruas, na estrada, dirigindo, pilotando uma moto, ou pisando no acelerador. Outros filtram nos cadernos, num papel de rascunho, escrevendo, desenhando, ensaiando. E outros filtram conversando.

Expor o que eu sinto, se sinto, como sinto, sem preconceitos, sem medo de ser selado, tachado, analisado, rotulado ou repreendido, nos possibilita olhar para nós mesmos, enxergarmos o que dói, o que está fora do lugar, o que tem nos feito mal, o que cutuca o nosso cérebro e o nosso coração.

Se observarmos e verbalizarmos o que nos incomoda, somos capazes de compreender a razão desse incômodo e consequentemente, minimizar a angústia. É muito mais simples fazer essa análise, nua e crua, com a ajuda de um amigo especial.

Aquele amigo neutro, que está fora da situação, e reparte com você os seus grilos, seus medos, suas inseguranças, pode te mostrar o outro lado da moeda, além de te fazer enxergar que nenhum ser humano é perfeito, nem funciona 100% . Quem procura a perfeição durante as 24h do dia, pode pifar no último minuto. E pifar definitivamente, não é vergonhoso para ninguém. Reconhecer que não deu, menos ainda, apesar, de que muitas pessoas vivem de aparência, e só demonstram o lado colorido da vida delas.

Não dá para brilhar eternamente. Mesmo as pessoas que possuem um brilho natural, brilham mais quando estão felizes, e na maioria das vezes, é porque correram atrás e conseguiram alcançar algum objetivo. Esse brilho vem da batalha, da conquista, das lágrimas que caíram no caminho. Não vem da purpurina ou do lado colorido daquela vidinha que insistem em mostrar.

Acordar com um aperto no peito por causa de ansiedade, por medo, por insegurança, é convite básico para uma boa conversa, e para um bom bate-papo despretencioso. Se expor é completamente permitido. Demonstrar fraquezas ídem. Voltar atrás também. Reconhecer que está de mau humor, irritado, estressado, também é aceitável. Sentir medo é normal, é natural. Não faz ninguém mais nem menos vitorioso.

Enquanto a conversa acontece, vários sentimentos são expostos e acabam sendo analisados sob outros pontos de vista. Conversando com algumas amigas, fico impressionada em como superdimensionam uma sensação ruim, ou problemas antigos... Por quê carregar tantas culpas? Por quê remoer acontecimentos que já passaram e não tem mais como voltar atrás? Por quê permanecer lamentando o que não faz mais sentido algum?

Pode parecer que estou jogando o "Jogo do Contente", aquele mesmo do livro da Pollyana, mas não focar em coisas negativas e procurar pensar apenas no que há de bom faz um bem danado. Não dá para ficar se reprimindo por causa disso ou daquilo, afinal, todo mundo se sente meio "assim-assim" de vez em quando. Nessas horas todo mundo quer ser todo mundo. Vá entender...

Conversar com alguém, expor nossos fantasmas, nos ajuda a enxergar aquela luz no fim do túnel. Nessas horas, é sempre bom lembrar de escolher aquele amigo de sapatos e óculos cor-de-rosa para te transmitir a mesma energia.

terça-feira, março 06, 2007

Vem de berço...

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados!

segunda-feira, março 05, 2007

Amigos e Amores da Internet...

Lendo a respeito do brutal assassinato de uma mulher de 43 anos, que havia se encontrado com um grupo de meninos em torno dos 18 anos, e havia os conhecido através da internet, ouvi comentários do tipo: " É o que dá conhecer alguém pela internet".

Nossa, não é bem assim, convenhamos. A violência não tem mais um lugar específico, nem hora, nem motivos e é protagonizada por pessoas de históricos completamente diferentes, sem mencionar, que inúmeros casais se conheceram pela internet e mantém uma união sólida e sem surpresas macabras. E outros tantos, que se conheceram "como manda o figurino" e já passaram por poucas e boas.

Tudo bem, tudo bem, mas reconheço que independente disso, há algo nas relações virtuais que ao mesmo tempo que fascina, também assusta, e talvez por isso elas são vistas com desconfiança. Acredito que esse "algo" esteja na rapidez com que se as pessoas criam o vínculo. Não há outro relacionamento que elimine tantas etapas assim.

Nas relações "reais", você primeiro analisa onde está prestes a pisar, depois convida para um chopp, liga na semana seguinte, e por aí vai. Trocando emails, mensagens no MSN, Orkut ou Skype vc faz tudo isso em poucas horas. Meia duzia de mensagens é o que basta para uma intimidade "relativa" começar a surgir.

Com cada um no seu micro, o casal fica livre da timidez, e cria personagens muito mais sedutores e atraentes, que não gaguejam, que não vacilam, que não embolam as frases ditas: ao contrário, reescrevem quantas vezes for necessário para que elas saiam bem....... expontâneas e naturais.

Não há nada de mal nisso se for analisar como apenas mais uma forma de encontro com inúmeras vantagens. Porém a rapidez da internet esta se reproduzindo fora dela, e assim, ficamos vulneráveis e expostos.As pessoas querem saltar da tela dos seus computadores imediatamente, como se passar do virtual para o real fosse uma mera questão de continuidade, mas não é.

É preciso rebobinar a fita, reiniciar o programa, de repente, até dar uma pausa básica - ter um mínimo de cautela. Só que assusta observar que todos querem fugir da solidão o quanto antes, atropelando os dias e as fases, e acabam casando poucos meses depois de se conhecerem, com a mesma urgência das primeiras mensagens trocadas virtualmente, priorizando a paixão e dispensando o bom senso. Bom senso? Será que pensam nisso?

Conhecer alguém exige dedicação e uma certa demanda de tempo. Uma vida inteira, nem sempre basta. Aposta-se naquele relacionamento como se aposta numa loteria. Há os sortudos de primeira, batem os olhos e são têm uma certeza quase que divina: É ele! É ela! Mas e quem nao tem esse radar ultra-super-potente, que tenha calma. Toda a calma do mundo. Pressa prá que?

Viajar juntos, almoçar, jantar juntos, ficar sem dinheiro juntos, conhecer os amigos um do outro, testemunhar as relações familiares de cada um, observar as reações de ciúmes, as paranóias e os pitís, dividir as pizzas, dividir o banheiro, passar por uns sufocos. Se depois de tudo isso a vida a dois continuar cor-de-rosa, uma maravilha, um paraíso, parabéns, podem usar seus "apelidos", pq já sabem onde estao se metendo no mundo real.

Não há regras! O que importa é ser feliz.

domingo, março 04, 2007

A Bomba Estourou!

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados!

Bush em SP...

Alteração em toda a rotina no hotel onde ficou hospedado... Exército vistoriando a tudo e a todos na região... Manifestações em todo o país contra o presidente dos EUA... Feridos em SP... Declaração de que os EUA irão consumir mais biocombustíveis...

Para saber mais informações sobre essa notícia é só clicar aqui na Folha de SP.


[Fotografia retirada de camiseta alternativa]

sábado, março 03, 2007

Mais uma sobre o Processo!

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados!

sexta-feira, março 02, 2007

Os Filhos, as Dores e a Justiça...

Todos os textos que escrevi sobre os filhos dele estão no meu blog mais íntimo e pessoal.

Uma espécie de universo particular que eu dividirei com as pessoas que quiserem trocar figurinhas acerca desse assunto tão complexo!

Para Ler sobre Enteados!

quinta-feira, março 01, 2007

Pare o mundo! Eu quero descer...

Passei MUITO tempo tentando achar, uma frase que expressasse o que estava sentindo desde que cheguei de viagem. Não quero gritar à toa, tenho motivos de sobra no trabalho... A minha mesa está de cabeça para baixo ( a quantidade de papéis sobre ela é tão absurda que, se eu pudesse transformá-los em soldados, conquistaria o mundo...); tenho milhões de coisas a fazer nos laboratórios; e ainda não tomei nenhuma providência prática para a comemoração básica do meu aniversário que ocorrerá daqui a alguns dias.

Todos os prazos para a entrega dos processos e as reuniões agendadas me deixaram um pouco insegura. Querendo fugir, a todo custo dessa realidade. Ansiedade.