domingo, março 25, 2007

Sons...

De novo o silêncio, e me pergunto onde é que foi parar todo aquele barulho que ainda a pouco eu conseguia ouvir. Lá fora, só o barulho da chuva caindo no telhado e batendo na janela...

Quase que ouço as batidas do meu coração - e poucas vezes eu consegui ouvi-las... É uma sensação estranha e incômoda, até...

Às vezes acho o silêncio complicado, porque quando ele prevalece, quase sempre penso em coisas que não deveria pensar. Ao mesmo tempo, sei que ele é fundamental - pelo menos para mim. Lembro das vitórias, mas também acabo lembrando das derrotas no meu caminho...

Sinto-me tola por não poder dominar estes pensamentos... Por outro lado, escuto minha própria voz, e tento conversar com as paredes - que se mantém imparciais nessa "conversa". Nesses momentos mais críticos e angustiantes, em que eu não quero dividir os meus problemas com ninguém, as paredes me fazem companhia de alguma forma, eu é que sei... Agora, sou fiel à elas. Achei melhor assim. Não quis desabafar nada, nem coisa nenhuma, com amigos próximos ou amigos distantes.

Ontem me perguntei se a decisão que tomei me fará feliz, e se o rumo que as coisas estão tomando é o mais acertado, mas não obtive resposta...

A pergunta não saiu daqui de dentro do meu peito, ficou guardada. Ninguém ouviu, e mesmo que tivesse, ninguém poderia responder. Só quem poderia, seria eu mesma.

Terei que pagar para ver, mais uma vez. De novo o silêncio me fará companhia. Mas isso já não me preocupa, é necessário. Minhas dúvidas, meus medos, meus remorsos, meus grandes-amores-eternos... Tudo vem à tona.

Dúvidas sem respostas ( não para sempre)... Medos sendo esquecidos - cada dia mais... Remorsos sendo superados... Amores que imaginávamos serem para a vida toda, que acabaram... Outro amor para a vida toda aparecendo... A vida seguindo seus dias...

O silêncio fazendo mais barulho que o som... Aqui dentro de mim ele grita e me obriga a perceber que tantas perguntas são desnecessárias... As respostas não serão dadas por outra pessoa além de mim mesma...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu to aqui. Não vou mais embora.

Respondi o que deu, vou dar uma respirada e volto pra ver se posso fazer mais.

Beijo