
Assim éramos nós dois. Iguais. Diferentes. Complementares.
Tão absurdamente envolvidos naquele momento, andando no calçadão da praia, e falando sobre nossas vidas e nossos planos para o futuro, que sequer percebíamos a presença de outras pessoas por perto. Nada interessava. Nem o tempo passando e o dia amanhecendo. Tudo na mais perfeita sintonia. Tão bom que não poderia ser errado.
Mas, foi. Nos perdemos por causa da distância geográfica e escrevemos a nossa história em apenas uma noite. Jamais imaginaria que aquela noite seria uma das mais perfeitas e envolventes da minha vida. Que aquele cara me marcaria tanto, com tantas coisas ainda para eu viver. A imaturidade me impedia de acreditar que ele poderia ser o homem que eu queria para mim. As nossas histórias foram escritas separadamente, e com outros personagens.
Agora existimos apenas assim, no plano das lembranças perfeitas - e ao mesmo tempo, rebeldes. Eventualmente elas fogem, correndo desesperadamente e batem na minha porta pedindo para viver. Nem que seja um pouquinho. O pior, ou melhor - sei lá - é que eu acabo deixando entrar.
Nos reencontramos no final do ano passado. Quase dez anos depois daquela noite...
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