sábado, dezembro 29, 2007

Viradinha!

Faltam só dois dias para o final de 2007 e eu ATRASADÉRRIMA para dar uma variada.

Ausente do blog. Ausente dos amigos [completamente sem intenção, mas com muito aperto no peito por estar distante dos que mais amo, e ao mesmo tempo, muito mas muito feliz por ter tomado uma das decisões mais acertadas da minha vida].

O natal foi BEM surpreendente, se é que eu posso chamar aquilo de surpresa, mas conto no ano que vem.

Muitos beijos para os que não encontrarei até a virada do ano, muitas felicidades para os que passam por aqui e compreendem toda essa minha correria, toda a minha ausência e essa minha vida-louca-vida que muda a cada segundo [sem qualquer tipo de exagero].

Volto logo, e com boas notícias! Sejam felizes e que 2008 seja infinitamente perfeito para todos nós!

Que venha o ano do infinito: 200∞

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Invasão...

Quem me conhece sabe que sou da madrugada. Adoro trabalhar de noite, escrever de noite, e curtir a noite. Só que hoje, depois de tantos dias na correria, cheguei da academia e depois do banho, apaguei. Dormi com a tv ligada, e com uma luz baixa no corredor que liga a sala ao banheiro. Atípico, totalmente atípico.

Acho que dormi por volta das 21h, exausta, compreensível, mas acordei com um barulho na rua. Até aí nada. Levantei meio grogue, fui ao banheiro, lavei meu rosto, voltei ao quarto e acendi a luz. Só então, liguei o computador e decidi me conectar à internet. Isso já eram mais ou menos uma e pouco da manhã.

Outro barulho. Minutos depois. Curiosa, toda vida, lá fui eu na janela [coisa que deveria ter feito quando ouvi o primeiro, ou nem deveria ter feito nesse segundo].

Dei de cara com quatro caras escalando meu prédio, e chegando até a minha janela... Como assim?????? Um, que estava de guarda-chuva [pasmem] e que não tinha a menor pinta de ladrão, gritou pros outros:

"- Vaza, vaza, tem gente na janela!..."

E eu, boba que só, abri a janela, e vi o por quê dos fios se mexendo entre o poste e a janela do andar de baixo. Ladrões escalando o prédio, embaixo de uma chuva absurda, incapazes de cairem e quebrarem uma perna - se fosse eu, já teria caído a tempos.

Na hora, que a bobalhona apareceu na janela e eles me encararam, percebi que tinha algo BEM errado e peguei meu celular, o telefone sem fio, corri pelo escuro da sala e fugi de casa com a intenção de que se eles entrassem, eu estaria do lado de fora e os trancaria lá dentro... Tadinha... Sem noção!

Liguei para a polícia, infelizmente não tinha o telefone do capitão Nascimento para me salvar, mas registraram a ocorrência e disseram que me mandariam "alguém" para verificar. Mandaram. Uns quinze minutos depois, que pareceram uma eternidade, e que foram o suficiente para eu desabar de chorar, ligar pro meu marido [do outro telefone] e ficar completamente refém da situação.

Os policiais chegaram, uma patrulhinha de cada vez, e percebi que todos se surpreenderam. Ninguém na rua, os porteiros dos prédios vizinhos escondidos e incapazes de relatarem o que viram, e eu, ali, sozinha, chorando, com o nariz vermelho, dois telefones na mão, chave, e dez reais.

Dez reais. Onde eu iria com dez reais, se no mês de dezembro o taxímetro é bandeira 2 e para eu fugir de taxi teria que sair pela portaria do prédio?

Enfim....

Fiquei eu, os oito policiais que apareceram com seus fuzis, armas em punho, e escalaram os telhados [o meu, os dos lados e os de trás]. Nada. Claro que não teria nada. Talvez se eu não tivesse aparecido na janela e dado de cara com as criaturas eles estivessem esperando sentados as visitas que eu recebi nessa madrugada.

Mesmo assim, foi um horror. Duas horas com oito policiais, embaixo de muita chuva, vasculhando os telhados, e mandando eu "me abrigar" para não me machucar no caso de algum confronto. Aff...

Marido quase morreu a mais de 300km de casa, via telemar. Ligou trocentas vezes para saber todos os passos do que estava acontecendo e eu ali... Com cara de bunda, refém na minha própria casa, exposta a um perigo que jamais pensei que passaria assim, sozinha.

Dos males o menor. Os policiais foram super parceiros. Atenciosos, protetores, bem diferente dos que a gente sabe que existe por aí.

Ainda tive que escutar de um deles: " - Cadê sua família? Você fica aqui sozinha? Não tem pais? Com a sua idade, seria mais adequado que morasse com um responsável, alguém mais velho..."

Mereço? Ele "achou" que eu tinha menos de 18 anos... FALA SÉRIOOOOO !!!

Traumas à parte, estou mais calma. Com o nariz menos vermelho, os telefones ao meu lado, e com todas as luzes da casa acesas.

Susto. Só um susto, graças ao meu anjinho da guarda!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Trabalho, trabalho, trabalho!

Estou TÃO enrolada, TÃO atarefada, TÃO atolada, TÃO estressada, que não consigo parar para respirar e dar uma espairecida por aqui.

Jogaram um pepino na minha mão, e eu não tive como soltar. Encarei.

Até o dia 21 não terei vida social e menos ainda, tempo para parar e escrever o que tem acontecido, minhas ansiedades, minhas experiências e minhas alegrias.

Preciso dividir com vocês tudo o que aconteceu nesse meio tempo, mas assim que as coisas acalmarem eu colocarei tudo em dia.

Obrigada pelas visitas, pelo carinho, pelos recados, e pelos emails. Vocês são especiais. Volto já!

sábado, dezembro 01, 2007

Todo mundo tem um pouco...


Passei o dia com algumas pessoas que mais admiro na vida [uma delas em especial] e conversa vai, conversa vem, ela me disse que é sempre bom respeitar os loucos, porque eles realmente acreditam naquelas loucuras. Que esse é o mundo deles, e para eles o nosso mundo também é muito louco.

Parece que eu quem estou louca, mas resumindo, somos todos loucos, porque ninguém tem a razão, aliás todos têm razão - só depende do ponto de vista. Um dia todos perceberemos que não somos donos da verdade nem da sanidade mental, cada um é como é. Cada um com seu cada qual - já dizia alguém por aí.

Por isso o importante é respeitar a loucura alheia, exigindo que respeitem a nossa, e cada um de nós viverá bem assim. Cada um no seu mundo de loucura, e acreditando naquilo que quer ou naquilo que precisa.

Importante é o respeito mútuo, cada louco no seu galho. Um louco se junta com outro que está no mesmo ritmo ou na mesma sintonia, e os que não temos tantas afinidades, deixamos para lá. Apenas respeitamos suas ideias, desde que respeitem as nossas.

Conheço gente que escolheu viver no mundo da fantasia, outros no da realidade, os que escolheram o da bondade, os que preferem viver no da maldade, e ainda aqueles que preferiram viver numa mistura de todos.

O que importa é que cada um se sinta bem no mundo que escolheu viver. Independente do que os outros pensarão e desde que não incomodem ninguém. Por isso fica louco quem tenta lutar e convencer os outros que o seu mundo é o ideal, que é o mais adequado.

Palpites, conselhos e críticas sobre o mundo dos outros [a vida que cada um decidiu seguir], nunca gerou bons resultados, só saímos mal vistos pelos seus habitantes. Acabei de constatar isso agora e assino embaixo. Deixar que cada um conduza a sua vida e olhar mais para o nosso próprio umbigo, dá mais resultado! Eu acredito que dê.

Cada um é como é, e escolhemos lidar com quem queremos, de acordo com a nossa loucura ou com a nossa sanidade mental. Isso só depende apenas do ponto de vista de cada um e do quiserem chamar…