sábado, novembro 07, 2009

Contato com os Leitores...

Adoro [adoro mesmo] receber cada email de vocês sobre meus textos e sobre suas experiências, mas seria maravilhoso se pudéssemos dividir com todos os outros leitores seus comentários. Fiquem à vontade para participar desse espaço! Nada de timidez, participem, e se for o caso, adotem um codinome - mãos à obra!

sexta-feira, novembro 06, 2009

Desapego...


O despertador toca. Acordo. Queria poder dormir um pouco mais. Se cinco horas não me foram suficientes, queria entender o por que será que eu acredito que mais 15 minutinhos resolverão meu problema? Ahhh o apego... Apego à minha cama quentinha, ao 18º no ar condicionado, à escuridão total do meu quarto, ao aconchego no peito do marido... Não quero, não quero, não quero ter que abrir mão de nada disso. Mesmo sabendo que não tem jeito e é inevitável. Que preciso encher meu peito de disposição para enfrentar mais um dia de trabalho até poder voltar para a minha cama no final do dia.

O dia está só começando e os desapegos também. Na dificuldade para sair do ar condicionado e enfrentar o calorão até o banheiro. Depois, da coragem para sair do chuveiro, que estava tão relaxante... Levantar da mesa após tomar meu café é outro esforço descomunal... Finalmente, com toda a preguiça do mundo, me despeço [seria perfeito se pudesse ficar mais um pouquinho em casa!] e vou trabalhar.

Ao longo do dia, resistirei à várias outras separações, pequenas às grandes... Pode parecer besteira, mas é uma pena desligar o ipod quando entro para uma reunião, quando colegas de trabalho se despedem e deixam saudade ou quando acabo constatando que muitos contatos se perderam ao longo da vida. São muitas as amarras que me prendem às coisas, mas o pior: nem sempre me agarro ao que é agradável... Não consigo deixar de me torturar por ter cometido um erro, de repetir inúmeras vezes para mim mesma uma crítica que fiz injustamente, ou de remoer uma mágoa qualquer.

Infelizmente, o apego é um dos meus maiores motivos de sofrimento, mas só depois de ficar doente, pude perceber. Nunca tinha pensado nisso, e achava que não - mas me enganei redondamente. Curtia meu apego com muita categoria, e até me orgulhava dele [ aff ]... Voltava das férias e passava dias aérea, com a cabeça longe, revendo momentos inesquecíveis e mágicos - morrendo de saudade. Todo o cenário, toda frase, toda música, toda palavra, me lembrava dias maravilhosos vividos e que ficaram na lembrança. E eu jurava que assim que tinha de ser.

Ô sentimento inútil... Nada, nada, mas nadinha mesmo é nosso para sempre.

Melhorei consideravelmente em relação a isso. Já não fico mais estressada no último dia de férias - pelo contrário.. o último dia é tão ou mais feliz que o primeiro. Não me incomodo mais quando perco algum objeto de estimação; não sinto mais um aperto no peito quando lembro que o tempo está passando e a idade está chegando com tantas responsabilidades; não sinto mais um aperto no peito quando me despeço daquele amigo que não verei mais ou quando preciso sair de um lugar que jamais voltarei.

É um alívio deixar tudo seguir seu rumo... Confesso que ainda tenho dificuldades com a cama quantinha, com o chuveiro gostoso e ausência de alguns amigos, mas apesar desses "barbantes", pude experimentar a liberdade de partir as amarras - e recomendo a todo mundo !!

quinta-feira, novembro 05, 2009

Não Repare a Bagunça...

É um dos pilares do nosso protocolo caseiro. É de praxe desculpar-nos com os visitantes, sinceramente ou não, assim como perguntamos: "tudo bem com você?" mesmo que não haja real interesse em saber. Como a frase é mais que um hábito, pode soar meio imprópria dependendo do momento.

Certa vez fui a uma reunião na casa de uma colega de trabalho, e o que espantava ali era a ordem: ela tinha pouquíssimos móveis - só os essenciais.

O piso de madeira era visível na maior parte do ambiente, já que não havia tapetes. As paredes brancas tinham poucos quadros e as janelas não tinham cortinas. Sobre a mesa redonda no canto da sala, apenas três envelopes fechados de correspondência recente. Ahhhh... Essa era a bagunça...

Na minha casa não faz o menor sentido dizer: "não repare!", porque é simplesmente impossível. A bagunça é tanta que o visitante não tem como não reparar ou corre o risco de tropeçar em alguma coisa e ficar soterrado. Pilhas e pilhas [e mais pilhas] de revistas, papéis de todos os tipos, caixas repletas de dvds, cds, fotos, roupas, sapatos, bolsas, mais revistas, uma porção de móveis e enfeites, um aquário perdido no meio de tudo isso, plantas, livros e livros e livros, mais fotos, etc, etc, etc....

Claro que eu não queria que fosse assim e eu planejava fazer tudo diferente quando me mudei para essa casa, mas a força da falta de tempo não me permitiu [boa desculpa!].

A bagunça na minha casa tem muitos motivos.... Em primeiro lugar, minha dificuldade em separar o que deve ser jogado fora e não faz mais parte da minha vida, nem fará algum dia. Outro problema, é que conheço minha bagunça como ninguém pode supor e já me acostumei a localizar alguns ítens em seu lugar fora-do-lugar. Além disso, sempre tenho coisas importantes e urgentes para fazer, que me impedem de tocar aquela operação limpeza.

Nos últimos tempos, devido aos meus problemas de saúde e toda a correria entre um hospital e outro, evoluí em um ponto: não fico mais me torturando. Sim, a bagunça é horrível, opressiva, e muitas vezes contraproducente. Mas é o seguinte: ou se arruma, ou se vive com ela... De que adianta passar dias e dias pensando "preciso arrumar, preciso arrumar!" ?? Querendo que uma fada madrinha surja e faça tudo desaparecer ou se ajeite sozinho, que a casa seja maior ou que se tenha mais tempo... ?...

Admiro MUITO as casas organizadas e arrumadíssimas, mas começo a desconfiar que a minha nunca será uma delas. Quando chega o dia "X", livre de compromissos, que eu esperei tanto e que poderia ser o dia da arrumação, eu acabo sumindo com o homem da minha vida para uma praia bem distante de casa. Como nos privar disso por causa de uma faxina??

E assim vamos indo, até o dia em que nós dois possamos passar um dia divertido arrumando tudo juntos. Enquanto não acontece.......... Pode reparar a bagunça e desculpe-nos por qualquer coisa.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Simplificando a Paz...

Ainda não existe um manual para desarmarmos as farpas que criamos para nós mesmos....

De uns tempos para cá, tenho me perguntado se para ter uma vida mais simples é necessário ser paciente...

É fato, e isso eu sempre soube, que a impaciência nunca simplifica nada para ninguém, só complica e nos faz gastar muita energia. Além de desviar nossa atenção do que realmente interessa, entre outras coisas que deixam a nossa saúde debilitada.

Promover a paz interior é simples, e promover a irritação agride demais o nosso organismo [pelo menos o meu].

Então a vida seria mais pacífica se não nos irritássemos com tanta frequencia, se não houvesse tanta gente criando problemas, se não existissem todos esses carros nas ruas, tantos compromissos inadiáveis, tantos projetos, tantos prazos, tantas contas, tantos recados, tantas tarefas? Não, não seria mesmo.

A saída para me manter saudável, não é fugir daquele estímulo externo que me deixa irritada, mas eliminar a predisposição de ficar irritada. Nenhum problema, por maior que seja, justifica atropelar todo mundo com a força de um trator - mas tem gente que age assim como se fosse a atitude mais acertada do mundo. Se fosse assim mesmo, por que é que em alguns momentos, a gente tem a sensação de que "a cabeça está cheia", e de que basta uma gota para transbordar? Ora, ora... Porque falta espaço.

Usuários de computador sabem que quando há pouco espaço na memória, a máquina fica lenta, trava [mas nós quem ficamos impacientes]. É por isso que se recomenda-se apagar arquivos inúteis que estejam ocupando espaço na máquina. A mesma coisa acontece com nosso lixo interior, que presente nas nossas cabeças, perturba nossa paz de espírito. É necessário se desapegar do zum-zum-zum de pensamentos inúteis. Como? Alguém sabe a fórmula?

Acho que não vou mais brigar por causa de vagas de estacionamento ou por causa do vizinho que insiste em martelar a parede de madrugada. Não porque tenha me convencido de que isso é uma bobagem [eu já sabia que era bobagem quando briguei]. O que posso conseguir agora é eliminar a impaciência antes que ela se instale e viver em paz comigo mesma.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Um turbilhão de emoções...

É notório que de uns tempos para cá não consigo mais parar para escrever nesse espaço. Não seria verdade dizer que parei de escrever ou que não estou mais conseguindo colocar as idéias em algum canto, mas o que aconteceu, o que tem acontecido e que ainda está acontecendo atualmente é muito mais complexo para mim, do que eu poderia supor.

Quero pode escrever sem censura, e mais ainda, poder obter mais informações a respeito, ou trocar figurinhas com quem já teve a mesma experiência, mas................... Voltarei amanhã.

Precisarei de um certo tempinho para trazer à tona tantas coisas que aconteceram nesse período que fiquei ausente, mas tenho certeza de que logo, logo, tudo estará em dia.

Obrigada a todos que continuam vindo aqui diariamente !! Obrigada a todos que ainda me enviam emails, mensagens, e comentários a respeito de todos os textos que fazem parte desse blog. Obrigada !!

segunda-feira, julho 20, 2009

Voltei! Voltei! Voltei!

E com força total!

Esse ano não tenho parado quieta num só lugar, e isso acaba dificultando o acesso aos blogs dos amigos, ao meu cantinho, e o tempo que eu dedicava a esse espaço ficou cada vez mais restrito.

Os planos eram esses mesmos... 2009 seria um ano de muito trabalho, com muitas viagens, e muitas realizações, para que em 2010 as coisas sejam direcionadas para um único objetivo. Enquanto isso, ainda tenho pouco mais de cinco meses para viajar muuuuito, trabalhar muuuuuito, curtir meus amigos, minha família, e aprender o que não aprendi quando tinha que ter aprendido.

Para começar com o pé direito, a partir da próxima semana estou agendando aulas de automaquiagem. Não tenho mais muitos horários disponíveis, mas tudo se acerta. Quem tiver interesse, entra em contato comigo via msn, twitter, ou email, para que possamos definir o horário e a data.

Terei que me atualizar por aqui. Fiquei muito tempo afastada e com certeza muita coisa mudou.... Passarei nos blogs queridos e deixarei meus comentários assim que conseguir colocar toda a leitura em dia. Sempre de madrugada - para variar.

Entãoooo... Vambora, que para mim, a semana está apenas começando !! [e meus projetos também !!].

** A propósito... FELIZ DIA DO AMIGO para todos aqueles que continuaram visitando meu espaço diariamente, para todos que me enviaram emails tão carinhosos e mantiveram contato comigo, mesmo sem atualizações e textos novos no blog. Que essa semana seja perfeita e com muitas realizações para cada um de vocês !! Obrigada pelas visitas diárias, durante todo esse tempo de blog abandonado. Posso afirmar que isso não acontecerá novamente. Obrigada !! **

quarta-feira, junho 03, 2009

domingo, março 15, 2009

Controle da Qualidade [oba !!]


O presente veio de uma querida, que eu tanto admiro: a Isabella, do TQG. Bella, estou honradíssima e me deu até um gás para voltar a escrever. Muito obrigada !!

Normalmente, os selinhos de Qualidade são acompanhados por tarefas a serem seguidas, então vamos lá...

1. Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de morrer;
2. Convidar oito parceiras (os) de blogs amigos para também responder;
3. Comentar no blog de quem convidou;
4. Comentar no blog de nossos (as) convidados (as) para que saibam da convocação.

Agora, as oito coisas que gostaria de fazer antes de morrer:

1. Aumentar minha família.
2. Gostaria de fazer meus enteados reconhecerem o amor do pai e tudo o que foi feito por eles e para eles, a vida inteira.
3. Quero aprender a dirigir antes de morrer, de preferência, ainda esse ano.
4. Reunir todos os meus amigos e minha família numa festança para comemorar a amizade.
5. Conseguir terminar meu doutorado e atuar na minha área de estudo.
6. Gostaria de ter disciplina para fazer exercícios todos os dias [para sempre] e me manter saudável, disposta, e feliz.
7. Quero plantar várias árvores.
8. Viajar, viajar, viajar, todos os anos da minha vida.

Além do selinho também recebemos uma brincadeira! O Desafio dos 7 Pecados. As regras do desafio são: Revelar a nossa relação com os pecados capitais e nomear os oito blogs para responder ao desafio.

Gula: Não consigo resistir ao pãozinho com manteiga, bem quentinho todos os dias pela manhã.
Vaidade: Só o fato de atuar na área de beleza, imagem pessoal e cosméticos já responde por mim, né? Sou vaidosa sim, e poder trabalhar com isso, só me dá prazer.
Preguiça: Sempre peço mais cinco minutinhos [por isso meus relógios tem sempre 5 minutos adiantados].
Ira: Fofoca, mentira e incompetência me tiram do sério. Estou tentando "trabalhar" isso para lidar melhor com algumas situações.
Luxúria: Ôpa...
Avareza: Meu cofrinho já foi pro beleléu há tempos.
Inveja: Mal do século. E como tem gente invejosa por aí se dando bem...

O selinho de Qualidade e a brincadeira sobre os pecadinhos, vão para:

Andréa
Antônio
Audin
Bethinha
Lu Longo
May
Nanu
Tita
Val

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

- Convite -

Fui convidada a participar do blog de um querido, escrevendo um texto sobre minhas sardas. Claro que aceitei de primeira, apesar de confessar que não foi tarefa das mais fáceis...

O convite me deixou muito feliz. Pude escrever sobre o que me intrigava, todas as vezes que eu percebia mais uma sarda no meu corpo. O texto, na íntegra, foi postado por aqui na data de ontem.

O que foi reproduzido no blog do Nuno vocês podem conferir aqui.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Experimentando...


Uma mulher desempenha diversos papéis na vida antes de decifrar quem é na realidade. Ela é sociável e firme num minuto, frágil e medrosa no seguinte. Pode trajar um vestido de noite e se aventurar numa balada ou vestir um terninho e enfrentar uma reunião.

Essas fases não são períodos aleatórios passados fazendo coisas que ela nunca mais fará, ou saindo com gente de quem se esquecerá para sempre. Ela carrega pedaços de cada fase por toda a vida, e cada qual é parte integrante do processo de aprendizagem que a transforma na mulher confiante e feliz que ela está fadada a ser. Como jovens e mulheres, o destino nos presenteia propositadamente com esse estado de múltiplas personalidades, e é nossa função rir e aprender com tudo isso (já que não é possível ir atrás do destino e enchê-lo de palmadas por nos torturar dessa forma).

Nunca paramos de aprender nem de mudar, mesmo depois de crescidas. Continuamos a desempenhar vários papéis variados – a esposa, a mãe, a tia, a colega de trabalho, a avó, entre outros. A vida é uma jornada de crescimento e de transformação, mas é isso que a mantém interessante.

Assim, podemos usar nossas experiências para ajudar outras mulheres a passarem pelas suas. Podemos ser pacientes com nossas amigas, irmãs, colegas de trabalho, filhas, netas, permitindo que experimentem cada fase por completo, jamais esperando que cheguem onde estamos hoje sem dar os passos necessários para chegar lá. Podemos rir e encontrar consolo em saber que nenhuma fase da vida dura para sempre, e que sempre podemos contar com a mudança. Siga em frente com sua vida e lembre-se das lições que aprendeu na juventude. Ria das coisas engraçadas que fez, encare sua versão mais jovem com alguma clemência e sempre celebre e abrace as mulheres que você será aos 30 anos.

Quando pequena, meus pais me diziam que minhas sardas caminhavam pelo meu corpo enquanto eu dormia, e que se por acaso eu acordasse no meio da noite, elas parariam no local onde estavam, e meu corpo ficaria sardento como meu rosto... Claro que eu ficava com os olhos bem fechados para não presenciar as sardas perambulando na calada da noite sobre mim, e quando amanhecia, eu verificava se todas estavam no mesmo lugar. Coisas de criança. Tudo muito lúdico, tudo muito encantador, tudo fascinante.

Hoje, mulher de 30 anos, casada, independente, percebo que no fundo, lá no fundo, meus pais tinham uma certa razão, e que a história que me contavam sobre as sardas passearem na calada da noite me parece perfeita, ao verificar o rosto do meu marido, com sardas, depois de casarmos [ele não tinha nenhuma quando o conheci]... Será realmente que elas andam quando acordamos de madrugada??

Eu queria um final perfeito. Hoje aprendi, da forma mais difícil, que alguns poemas não rimam e que algumas histórias não tem começo claro, um meio ou um fim. A vida não é saber, é ter de mudar, e é agarrar o momento e fazer dele o melhor, sem saber o que vai acontecer a seguir. Deliciosa ambigüidade.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Múltipla Escolha...

Como nas provas do colégio, do vestibular, da faculdade e dos concursos...

Assinalar a alternativa correta que justifica a inércia na minha vida:

A) Ele está testando a minha paciência.
B) Ele está querendo que eu aprenda a me virar sozinha.
C) Ele está ocupado resolvendo coisas realmente mais sérias.
D) Ele está dormindo.
E) Ele está de férias e delegou as tarefas ao "Murphy".


Os que fizeram pré-vestibular ou cursos preparatórios [aqueles específicos para concursos públicos] aprenderam que nas questões objetivas devemos primeiro descartar as alternativas erradas:

A) Ele está testando a minha paciência - Se eu nunca tive paciência, então não tem o que se testar !!
B) Ele está querendo que eu aprenda a me virar sozinha - Ai ai ai... É covardia, logo numa hora dessas...
C) Ele está ocupado resolvendo coisas realmente sérias
D) Ele está dormindo. - Mas peralá... Deus não dorme, caramba. Pode até cochilar, mas dormir não dorme!
E) Ele está de férias e delegou as tarefas ao "Murphy".

Fiquei na dúvida entre duas alternativas... E mais ainda... Fiquei em dúvida do que é realmente sério nessa vida.

Tem momentos em que minhas urgências me assustam... mas ultimamente, o que tem me assustado MESMO, é perceber que não consigo fazer nada para alterá-las.

domingo, fevereiro 01, 2009

Participando...

Recebi este meme da Bethinha, e atrasada para variar, responderei e repassarei imediatamente !!

Regras do jogo:
1. Coloque o link de quem lhe indicou o meme
2. Escreva estas 5 regras para deixar a brincadeira mais clara
3. Conte 6 fatos aleatórios sobre você
4. Indique 6 blogueiros pra continuar a brincadeira
5. Avise aos blogueiros que eles foram indicados

Então, pra quem (ainda) não sabe:
1. Não gosto de chocolate,
2. Converso com as flores, com as árvores e com os bichos que encontro,
3. Prefiro a madrugada do que as manhãs ,
4. Não troco uma viagem [a dois] de carro por uma de avião,
5. Coleciono fotos, álbuns e papéis de carta desde criança,
6. Acordo dançando todos os dias.

Para seis blogueiros queridos:
1. Fer
2. Antônio
3. Vivia
4. Nanu
5. Lu
6. Val

sábado, janeiro 03, 2009

Filtros...

Alguém aqui já ouviu falar em "escuta ativa"?

Não tinha conhecimento de que existia um método desses até o A. levantar a questão numa das nossas conversas. Quando busquei informações sobre o assunto, percebi que realmente, um dos maiores problemas percebo nas relações entre as pessoas que trabalham comigo, é a falta da tal “escuta ativa”.

Realmente temos uma grande dificuldade em ouvir [mas em ouvir mesmo]. Ouvir, implica em perceber, entender, ou pelo menos admitir que cada um sente aquilo que sente, que muitas vezes não faz o menor sentido na minha vida ou na sua, mas para aquela pessoa faz sim - e muito.

O melhor caminho para apoiar, é prestar atenção ao que o outro diz. Talvez o primeiro passo seja admitir que ele sente como nós e sofre como nós. Abrir espaço para ele sentir, e para apoiar sem querer modificá-lo em nada. Perceber nas pequenas frases ditas, palavras relacionadas ao que ele está sentindo e saber responder porque o ouviu realmente.

Quantas vezes falamos, falamos, e sentimos que ninguém nos ouve? Quantas vezes falamos o que estamos sentindo, e a resposta que nos dão é a menos acertada, e nos faz sentir pior do que estávamos? Não tem nada a ver com o fato de que algumas pessoas só escutam o que lhes é conveniente... Não tem nada a ver com o fato de que algumas pessoas esperam que você diga o que elas querem escutar naquele momento.

Parece que os outros não têm tempo nem disponibilidade para dar colo a quem quer que seja.

O problema é que quando aquela pessoa é importante, não dá para vê-la sofrer. É como se fosse nossa obrigação evitar que algo aconteça... Esquecemos que isso pode acontecer com qualquer um e que nosso papel é apenas acompanhar e dar apoio, e abrir espaço para que ele seja como é: com todas as suas angústias e medos. Quem convive comigo diariamente, sabe do meu “caos mental”. De um tempo para cá tem sido assim, e quem está por perto, é porque realmente se importa comigo.

O que percebo, normalmente, é que algumas pessoas querem companhia apenas quando estão baixo astral. E ninguém vai modificar a vida delas para que se sintam melhores. Sem falar, que tem pessoas que não saem nunca dessa situação e se mantém na maior parte do tempo deprimidos.

Pode parecer utópico, mas se o "método da escuta ativa" fosse uma disciplina obrigatória na escola talvez nos tornássemos pessoas mais completas, talvez nossas relações inter-pessoais seriam melhores e mais fáceis, talvez existiriam menos competições no trabalho, menos divórcios e talvez as pessoas se sentiriam menos solitárias.

Se conseguirmos ouvir, conseguiremos falar. Se aprendemos sentir, ou simplesmente constatar os nossos sentimentos, as pessoas parecerão muito mais reais, nós pareceremos muito mais reais, a vida parecerá muito mais real e com muito mais significado.

quinta-feira, janeiro 01, 2009