quarta-feira, maio 30, 2007

Decifra-me ou...

Uma noite de Outono inteira com você. Aqui, aí, na minha área ou na sua, hoje ou amanhã, e farei nossos todos os dias e todas as futuras estações.

A esperança de vivermos intensamente o que desejamos, domina a minha mente e invade a minha alma. Me faz deixar de lado cada um dos medos que anteriormente me impediam de enxergar adiante. Sei que você pensa exatamente da mesma forma e sente as mesmas sensações.

Essa vontade inexplicável que me toma faz com que a coragem supere o medo, sabendo que para tanto há alguma razão mesmo que agora eu a desconheça. Somente uma noite, inteira de lua cheia, e de Outono - apenas isso, e te darei o daqui para frente.

Começaria com uma manhã, daquelas em que a gente se espalha pelo chão e fica observando as nuvens lá no alto, movendo-se com serenidade e criando imagens que nossos sonhos conseguem eternizar. Daquelas em que as horas param e esquecemos dos relógios, dos compromissos e ficamos completamente egoístas, pensando apenas em nós dois.

Pode se estender pela tarde também, com passeios de mãos-dadas e sorrisos estampados em rostos que se tocam. Mas então, como a Lua que assume seu posto no céu, destacando-se no meio das estrelas, será à noite que você possuirá naturalmente o que há tempos eu preferia manter privado do seu conhecimento e vice-versa.

As folhas continuarão caindo, uma a uma ao longo do caminho arborizado, formando uma trilha quase imperceptível na escuridão, mas saberemos onde estamos e para onde vamos. Ah, basta uma noite de Outono inteira. Basta e se inicia.

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