sexta-feira, junho 18, 2010

Um dia, outro dia, e outro também...

Hoje, entre uma conversa e outra com amigos de longa data, sempre parávamos no mesmo assunto: o cansaço.... Era um que reclamava de estar cansado, outro de estar esgotado mentalmente, outro fisicamente, e todos, estressadíssimos. O assunto seguinte: a procrastinação. O que volta e meia deixamos para amanhã mas que podíamos ter realizado hoje...

Todos já fomos flagrados imersos num período de maré mansa intermitente, naquela inércia inexplicável em que o único comando que nosso cérebro envia para nossos músculos é: " já vou, só mais um minutinho, daqui a pouquinho eu faço". Se não todos, a grande maioria.

A maior parte da população se encontra ocupadíssima com suas obrigações diárias e prazos a cumprir. Sonhos e projetos reclamam realização, principalmente quando alguém faz questão de nos lembrar. A cabeça acompanha [ou pelo menos tenta acompanhar] toda essa demanda - é necessário. Mas tem dias em que as engrenagens mentais e físicas parecem não querer funcionar. Trava tudo. Nem um boot funciona.

Trava o dispositivo da paciência. Trava o dispositivo da criatividade. Trava o comando "vou para a academia mesmo com todo esse frio". Trava tudo. Apenas duas alavancas se dispõe a funcionar: a alavanca da contemplação e a alavanca da observação. Mais nada... Talvez a do levantamento da caneca de chá. Afinal, as idéias brotam, ainda que hoje não sejam colocadas no papel [quem sabe amanhã?].

E o amanhã chega logo em seguida, nos ensinando que a vida pode ter muitas verdades que não conhecemos, mas que uma delas nos foi apresentada ontem de uma forma muito sutil: a de que todos nós precisamos de um dia em branco para respirar e nos inspirar a fazer do dia seguinte um outro dia bem mais colorido. Simples assim.

5 comentários:

tania disse...

Ah, como conheço essa sensação! Realmente... quem já não teve dessas fases nas quais parece que nada avança e que até nossos movimentos estão em câmera lenta? Pois é, mas no meu caso alterno fases assim, principalmente quando estou desmotivada ou infeliz no trabalho, com fases de atividade intensa e acelerada nas quais mal paro pra dormir. Ou nem consigo dormir. Acho que sou meio - brincando aqui ou falando metaforicamente - bipolar. Vou de um extremo a outro e retorno.
Mas, te entendo, amiga, te entendo...

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Adorei Labelle!!!!

vivo assim, reclamando de cansaço, final de período na faculdade me stressando, período de entrega de trabalhos, período disso e daquilo... preciso mesmo é desse dia de ócio kkkk

bjs

RWL disse...

é incrível como esses momentos de inércia mental e corporal nos atingem em momentos em que menos esperamos, ou nas situações que exigem ações de nossa parte, seja no trabalho, seja na vida pessoal. O mais curioso desse post foi ver que ele reflete claramente como estou me sentindo hoje. Nos resta então aproveitar essa parada técnica para pensar na vida.

Beijão!!!

Beth Blue disse...

Nossa, nem me fale. De cansaço eu entendo. Sem falar que estou totalmente fora de forma então o cansaço físico é inevitável na correria do dia-a-dia.

Pior mesmo é o cansaço mental...em 90% dos casos é este o meu cansaço e preciso sempre prestar atenção aos sinais antes que seja tarde demais.

Mental ou físico, cansaço é sempre um sinal de que a gente deve parar e respirar fundo antes de prosseguir.

bom domingo!

Lilly disse...

Sabe o que é pior nisso tudo? É que quando a gente finalmente resolve simplificar a vida, deixar o cansaço e passar para a realização dos sonhos, com tempo, com calma, a gente sofre um choque como o do drogado que precisa se desintoxicar. A gente se encolhe, sofre mesmo, até conseguir se reprogramar, entender que a vida mudou, que a gente precisa de um novo padrão de comportamento. O sofrimento é físico e psicológico. Resumindo: stress vicia MESMO.
Beijos.