Por um momento, ela acreditou que poderia brincar com a sua vida. Logo em seguida, acreditou que poderia brincar com a dos outros. Montou. Desmontou. Fez. Refez. Criou. Quebrou. Consertou. E no final muitas coisas continuaram da mesma forma, outras mudaram completamente, e ela, pobrezinha, não, não está bem. Ela achou que tinha esse poder. Que poderia planejar a sua vida, que só dependia dela e de mais ninguém, e achava que conseguiria realizar tudo dentro do que sonhava independente do tempo e de quem estivesse por perto. Se enganou. Se enganou redondamente. Naquela altura do campeonato já haviam outras pessoas envolvidas. Brincadeira tem hora, e ela esqueceu dessa regra básica de convivência.
Perdeu o controle. Teve que se deparar com a realidade e perceber que sonho planejado se tornou um fracasso, sem sequer ter acontecido. Ficou no meio de um redemoinho de decepções. E o pior, é que ela continuava achando que está no controle.
Ela tinha um plano mas ninguém se lembrava. Besteira! O tal plano infalível, falhou. O feitiço virou contra o feiticeiro. Foi brincar onde não devia.
Agora não tem mais como sair dessa e as conseqüências são doloridas. Por mais que ela tente segurar a onda, nem sempre consegue. Dessa vez realmente não dá. É como mergulhar numa piscina sem saber nadar por que acha que tem altura para ficar de pé. E não alcança. Acaba se debatendo para não morrer afogada, mas não aparece ninguém para ajudá-la. Ela não merece ajuda.
Já dizia um grande filósofo atual: “Não sabe brincar, não desce pro play”.
Ela desceu. Achou que daria conta. E agora está ali... Triste porque perdeu a confiança da pessoa que mais confiava. E o pior, é que ela nem tem o plano B para colocar em ação. Já era.
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