sexta-feira, dezembro 22, 2006

A fila anda?

Pensei muito antes de escrever algo a respeito desse assunto... M. me ligou e ficamos mais de 2h no telefone, conversando sobre o novo affair dela...

Confesso que fiquei um pouco apreensiva, porque ela sofreu muito no término dos últimos namoros e a gente sempre se preocupa com as pessoas que a gente gosta. Não quero que ela se envolva noutra furada, mas quem tem que decidir o rumo da vida dela não sou eu...

Veio me contar que está com 29 anos e que precisa investir num relacionamento, para poder pensar em casar e constituir uma família para não ficar prá titia. Nossa... Há muito tempo eu não ouvia essa expressão...

Acontece que ela veio me contar que não sabe se entra ( se é que já não entrou) num relacionamento com o chefe dela... Casado, com três filhos, 16 anos mais velho... Tem grana... Isso, nesse momento, é o que importa prá ela.

Outro dia, estava lendo uma revista antiga, que falava sobre relacionamentos, monogamia e sentimentos confusos.

O entrevistado debatia a monogamia como um mal do relacionamento, mas também admitia que é frustrante pensar que a mulher dele está com outro...

Acredito que o mal do relacionamento é a efemeridade. O entrevistado dizia isso, e eu concordo com ele.

Você está com uma pessoa, mas tem outras cinco na fila que quer experimentar... Depois de muito rodar, você chega a conclusão que deveria ter ficado com a primeira. Aí, quando tenta voltar para a primeira, aquela pessoa já passou na mão de mais meia dúzia para se encontrar.

Alguma coisa se perdeu no caminho, mas já foi tanta gente na vida dela, que não sabe mais se foi você ou outra pessoa que a marcou.

É como aquela mulher indecisa na loja de sapatos, que experimenta uma dúzia para querer só um. O primeiro, claro. Só que ela nem lembra mais qual era.

No caso da M., pensei imediatamente na matéria que saiu na revista Veja mês passado.... Falava sobre a dificuldade de uma mulher com mais de trinta anos casar ou constituir uma família. Segundo as estatísticas da revista, a maioria das mulheres de trinta que ainda não haviam arrumado um "pretendente" iriam morrer solteiras... Tenho certeza de que muitas das minhas amigas pensaram em cortar os pulsos...

Por quê essa necessidade de estar com alguém, de conquistar alguém, por causa da idade?? Seria o relógio biológico gritando para providenciar um filho? Seria um momento da vida dessa mulher, onde ela já conquistou um patamar interessante na sua carreira e agora se dedicaria à família que ela gostaria de construir?

Me preocupa essa ansiedade da M....

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